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quarta-feira, 19 de maio de 2010

SELEÇÃO DE LETRAS DE MÚSICAS COM CONTÉUDOS DE HISTÓRIA PARTE II




Luis Carlos Costa Nascimento



SELEÇÃO DE LETRAS DE MÚSICAS COM CONTÉUDOS DE HISTÓRIA
PARTE II

A seleção de letras de músicas que constitui o texto abaixo é fruto de uma pesquisa que venho, há algum tempo, realizando. A intenção de disponibilizar uma primeira versão vem no sentido de tentar contribuir com os professores de história que se interessam em usar a música em sala de aula. Esta primeira versão é apenas uma seleção sem classificação ou analise teórica, mas que seguiu três passos. A princípio buscou-se identificar e reconhecer se as letras tinham alguma relação com o pensamento e conhecimento histórico. Dai a classificação seguindo um determinado método e uma teoria historiográfica. Por ultimo, se realizou a seleção dos conteúdos de história do ensino fundamental e médio, reclassificando as letras segundo a particularidade de cada forma do conhecimento histórico. Quanto à interpretação e analise das músicas/letras e os conteúdos históricos, ficam a cargo da realidade histórica em que estão os alunos, seus conhecimentos e habilidades intelectuais e da visão de mundo do educador. Posteriormente estarei disponibilizando uma nova versão com aproximadamente setecentas letras com uma proposta de classificação e analise teórica, de seleção de conteúdos e letras, bem como, da minha vivência pedagógica com a música em aulas de história nas escolas públicas municipais (Campina Grande) e Estaduais da Paraíba.








Gaviões da Fiel - Samba-Enredo 2000

Bate as asas Gavião
Voa para a liberdade
Sou fiel sou povão
Quero igualdade
Fraternidade é um sonho universal
500 anos de Brasil no carnaval
"A Luz da Razão" surgiu
E atravessou o mar
Clareou em Vila Rica
A esperança desta terra libertar
Herói inconfidente
Sua morte não foi em vão
Símbolo da lealdade
Contra opressão
O povo, à luta
Em busca de seus ideais
Na Bahia um movimento inflamava
Todas as camadas sociais
"Au Revoir", lá vem o rei
De Portugal com a riqueza e a nobreza
Prá favorecer a poderosa corte inglesa
Abriu as portas para o mundo
Trouxe a arte, a cultura e o progresso
E a Gaviões hoje canta em prosa e verso
Hei de ver
Em cada canto do país
Minha pátria independente
E nossa gente realmente ser feliz





Gaviões da Fiel - Samba-Enredo 1999

Tem bumba-meu-boi reisado e marujada
Tem Gaviões, sacudindo a arquibancada
Tem bumba-meu-boi reisado e marujada
Tem Gaviões, sacudindo a arquibancada
Salve!
Salve o guerreiro da fé, cavaleiro guardião
A sua espada se levanta contra o mal
Que é que eu sou?
Sou Gavião, tenho garra vou à luta conquistar meu
ideal
Sou Gavião tenho garra vou à luta conquistar meu
ideal
Mais quando
Quando o nobre valente partiu
Outra nação do seu trono se apossou
Surge um crença no povo clamando sua volta
Numa manhã encoberta nas ondas do mar
Na esperança, que o rei irá voltar
E viva o Rei D. João é festa, é aclamação
Acreditar não ser o D. Sebastião
E viva o Rei D. João, que restaurou seu país
No seu Império, fez o povo mais feliz
E viva o Rei D. João é festa, é aclamação
Acreditar não ser o D. Sebastião
E viva o Rei D. João, que restaurou seu país
No seu Império, fez o povo mais feliz
Mais a busca
A busca pelo mito continua e se espalhou pelo Nordeste
do Brasil
Canudos, Serra do Rodeador, Pedra Bonita, quanto
sofrimento e dor
Praia dos Lençóis, no Maranhão, vem reviver a lenda da
ressurreição
E desde limiar da nossa história, o sacrifício do
touro se fez tradição
E hoje, todo o céu iluminado, brilha a estrela do
touro rei encantado
Tem bumba-meu-boi reisado e marujada
Tem Gaviões, sacudindo a arquibancada
Tem bumba-meu-boi reisado e marujada
Tem Gaviões, sacudindo a arquibancada





Gaviões Da Fiel - Samba-Enredo 2002

É hora da virada (vem amor)
Tenho fé e esperança no coração (que legal)
O meu país menino vai mudar
E a felicidade há de brilhar
Sou Gavião, sou Rei...(eu sou, eu sou)
No tabuleiro da vida, ô, ô, ô.
Sou fiel a um ideal
É xeque-mate to na área é Carnaval
Talvez
Precise mil e uma noites prá contar
Do oriente o vento leva o meu cantar
Trazendo poesia
Paixões, romances de amor sem fim...
Um jogo envolvente enfim
Que encantou o Velho Mundo
Tem muamba
O mercador tem muamba
Tem novidade
Vem jogar o Chaturanga
Na dança das pedras
Tem peão lutando pra sobreviver
Contra o FMI
Que em seu cavalo alado
Sempre mal intencionado
É a rainha do poder
Quero meu Brasil
Jogando limpo...
O povo dando um xeque na corrupção
Um xeque na impunidade
E a bateria sacudindo a multidão
É hora da virada (vem amor)
Tenho fé e esperança no coração (que legal)
O meu país menino vai mudar
E a felicidade há de brilhar





Gaviões Da Fiel - Samba-Enredo 2004

Viajei e voei
E encontrei nessa cidade
Idéias e paixões, revoluções por liberdade
O eldorado sonhado desperta a cobiça... por nosso
tesouro
A proteção vem da fé
E o índio agradece, obrigado José
O bandeirante explorou e o barão plantou... o ouro
negro
E o estado cresceu, o mundo então conheceu
O grande centro de um país em movimento
E no decorrer dessa viagem
Pensamento segue em outras direções
Greve; democracia;
Quem sabe um dia comandar essa nação
Eu quero é comer... da arte nacional...
Desfrutar dessa cultura
E esquecer a influência internacional
Surgiu o futebol, nasceram as paixões
Sou Gaviões, eu sou Corinthians
O verdadeiro campeão dos campeões
Ninguém vai me calar
Nem conseguir mudar
Esse orgulho de ser Gavião
Nesse Carnaval e emoção
É ser Fiel de coração





Pra Não Dizer que Não Falei das Flores - Geraldo Vandré

Caminhando e cantando, seguindo a canção
Somos todos iguais, braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Caminhado e cantando e seguindo a canção

| Vem, vamos embora, que esperar não é saber
| Quem sabe faz a hora, não espera acontecer

Pelos campos há fome, em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordões
Inda fazem da flor o seu mais forte refrão
E acreditam nas flores, vencendo canhão

Há soldados armados, amados ou não
Quase todos perdidos de arma na mão
Nos quartéis lhes ensinam antigas lições
De morrer pela pátria e viver sem razão

Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a história na mão
Caminhando e cantando, seguindo a canção
Aprendendo e ensinando uma nova lição





Globalização - Tribo de Jah

Globalização é a nova onda
O império do capital em ação
Fazendo sua rotineira ronda
No gueto não há nada de novo
Além do sufoco que nunca é pouco
Além do medo e do desemprego, da violência e da impaciência
De quem partiu para o desespero numa ida sem volta
Além da rovolta de quem vive as voltas
Com a exploração e a humilhação de um sistema impiedoso
Nada de novo
Além da pobreza e da tristeza de quem se sente traído e esquecido
Ao ver os filhos subnutridos sem educação
Crescendo ao lado de esgotos, banidos a contragosto pela sociedade
Declarados bandidos sem identidade
Que serão reprimidos em sumária execução
Sem nenhuma apelação
(refrão):
Não há nada de novo entre a terra e o céu
Nada de novo
Senão houvesse o dragão e seu tenebroso véu de destruição e de fogo
Sugando sangue do povo,
De geração a geração
Especulando pelo mundo todo
É só o velho sistema do dragão
Não, não há nenhuma ilusão, ilusão
Só haverá mais tribulação, tribulação
Os dirigentes do sistema impõem seu lema:
Livre mercado mundo educado para consumir e existir sem questionar;
Não´pensam em diminuir ou domar a voracidade
E a sacanagem do capitalismo selvagem
Com seus tentáculos multinacionais querem mais, e mais, e mais...
Lucros abusivos
Grandes executivos são seus abastados serviçais
Não se importam com a fome, com os direitos do homem
Querem abocanhar o globo, dividir em poucos o bolo
Deixando migalhas pro resto da gentalha, em seus muitos planos
Não vêem seres humanos e os seus valores, só milhões e milhões de consumidores
São tão otimistas em suas estatísticas e previsões
Falam em crescimento, em desenvolvimento por muitas e muitas gerações
(refrão)
Não sentem o momento crítico, talvez apocalíptico
Os tigres asiáticos são um exemplo típico,
Agora mais parecem gatinhos raquíticos e asmáticos
Se o sistema quebrar será questão de tempo
Até chegar o desabastecimento e o racionamento
Que sinistra situação!
O globo inchado e devastado pela superpopulação
Tempos de barbárie virão, tempos de êxitos e dispersão
A água pode virar ouro
O rango um rico tesouro
Globalização é uma falsa noção do que seria a integração, com todo respeito a integridade e a dignidade de cada nação
É o infeliz do grande capital,
O poder da grana internacional que faz de cada país apenas mais um seu quintal
É o poder do dinheiro movendo o mundo inteiro,
E agora:
Ricos cada vez mais ricos e metidos
Pobres cada vez mais pobres e falidos
Globalização, o delírio do dragão!






Guerra – War - Tribo de Jah


Até que a filosofia
Que torna uma raça superior
E outra inferior
Seja finalmente
Permanentemente
Desacreditada e abandonada
Haverá guerra, guerra
Rumores de guerra...
Até que não haja
Jamais cidadão
De primeira e segunda classe
De qualquer nação
Até que a cor da pele
De um homem
Não tenha maior significado
Que a cor de seus olhos
Haverá guerra
Rumores de guerra...
Até que direitos iguais
Prevaleçam para todos
Sem distinção
De raça, de credo ou de cor
Haverá guerra, guerra
Rumores de guerra...
Até esse dia
O sonho da paz final
Da almejada cidadania
E o papel da moralidade
Internacional
Não serão mais
Que mera ilusão
A ser perseguida,
Mas nunca atingida
Porque haverá guerra
Rumores de guerra...
Até que os ignóbios regimes
Que mantém nossos irmãos
Oprimidos
Em condições sub-humanas
Sejam destruídos
Prá sempre banidos
Eeeeh!...
Até esse dia
Não se conhecerá a paz
A idéia e um mundo
Em harmonia
Não se dará jamais
Porque haverá guerra
Rumores de guerra
Eh!...
Guerra ao sul
Guerra ao oeste
Guerra ao norte
Guerra no leste
Haverá guerra
A guerra se alastrará
Haverá guerra...
"Guerra! Guerra! Guerrra!
Rumores de guerra
Guerra tribal"
"Babilônia em chamas
Fazem tribo de Jah
O Rappa sintonia
Calma, paz, tranquilidade
Paz!"...





Raça de Heróis - Guilherme Arantes

Sente o rufar dos tambores
Ouve os metais que anunciam
Um cavalgar de coragem
Todo temor silencia
Nosso reino é assim
Território sagrado
Pra sempre
Resiste em nós
Uma certeza de aço
Sela os portões desse reino
E não há dor nem cansaço
Todo sofrer é pequeno
Nosso reino é assim
Território sagrado
Pra sempre
Resiste em nós
Raça de Heróis
Virá salvar a terra
Raça de heróis, heróis, heróis





HISTÓRIA DO BRASIL - Edson Gomes

Eu vou contar pra vocês
Certa história do Brasil
Foi quando Cabral descobriu
Este país tropical
Um certo povo surgiu
Forçado a trabalhar
Nesse imenso país

E era o chicote no ar
Era o chicote a estalar
E era o chicote a sangrar

Um, dois, três
Até hoje dói
Um, dois, três
Bateu mais de uma vez

Por isso é que a gente não tem vez
Por isso é que a gente sempre está do lado de fora
Por isso é que a gente sempre está lá na cozinha
Por isso é que a gente sempre está fazendo...
Ou o papel pior

Um, dois, três
Até hoje dói
Um, dois, três
Bateu mais de uma vez





Haiti - Caetano Veloso/Gilberto Gil

Quando você for convidado pra subir no adro da
Fundação Casa de Jorge Amado
Pra ver do alto a fila de soldados, quase todos pretos
Dando porrada na nuca de malandros pretos
De ladrões mulatos
E outros quase brancos
Tratados como pretos
Só pra mostrar aos outros quase pretos
(E são quase todos pretos)
E aos quase brancos pobres como pretos
Como é que pretos, pobres e mulatos
E quase brancos quase pretos de tão pobres são tratados
E não importa se olhos do mundo inteiro possam
estar por um momento voltados para o largo
Onde os escravos eram castigados
E hoje um batuque, um batuque com a pureza de
meninos uniformizados
De escola secundária em dia de parada
E a grandeza épica de um povo em formação
Nos atrai, nos deslumbra e estimula
Não importa nada
Nem o traço do sobrado, nem a lente do Fantástico
Nem o disco de Paul Simon
Ninguém
Ninguém é cidadão
Se você for ver a festa do Pelô
E se você não for
Pense no Haiti
Reze pelo Haiti

O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui

E na TV se você vir um deputado em pânico
Mal dissimulado
Diante de qualquer, mas qualquer mesmo
Qualquer qualquer
Plano de educação
Que pareça fácil
Que pareça fácil e rápido
E vá representar uma ameaça de democratização
do ensino de primeiro grau
E se esse mesmo deputado defender a adoção da pena capital
E o venerável cardeal disser que vê tanto espírito no feto
E nenhum no marginal
E se, ao furar o sinal, o velho sinal vermelho habitual
Notar um homem mijando na esquina da rua
sobre um saco brilhante de lixo do Leblon
E quando ouvir o silêncio sorridente de São Paulo diante da chacina
111 presos indefesos
Mas presos são quase todos pretos
Ou quase pretos
Ou quase brancos quase pretos de tão pobres
E pobres são como podres
E todos sabem como se tratam os pretos
E quando você for dar uma volta no Caribe
E quando for trepar sem camisinha
E apresentar sua participação inteligente no bloqueio a Cuba
Pense no Haiti
Reze pelo Haiti

O Haiti é aqui
O Haiti não é aqui





Benfeitores do Universo - Cartolinhas de Caxias, 1953

Acordem
Benfeitores do universo
Que vou render tributo aos meus heróis
E nesta apoteose à grandeza
Eu peço a presença de todos vós
De todos vós
Antonio Francisco Lisboa
O maior vulto da arte colonial
Pedro Américo, emérito pintor
João Caetano, o nosso maior ator
Salve José do Patrocínio
O denodado baluarte nacional
Exaltemos Carlos Gomes
Orgulho da nossa terra
No cenário musical
Ruy Barbosa, símbolo da inteligência
Oswaldo Cruz, mártir da ciência
Santos Dumont, o pai da aviação
E Castro Alves, poeta da abolição
Acordem heróis





GRÉCIA

Na Península Balcânica
Formada pelos helenos
Que foi invadida por gônios, aqueus, eolos e dórios
Está escrito em poemas, a origem de sua história
De autoria de Homero são a Ilíada e Odisséia
A Grécia por seu governo, cidade estados tinha
Atenas era democrática, Esparta na Oligarquia
Direitos políticos na Grécia somente para os cidadãos,
Escravos eram pro trabalho, mulheres para a reprodução
Grécia dá samba, isso é coisa antiga
Civilização que marcou a nossa vida
Por falta de terras na Grécia, novas áreas ocupadas,
Mais cidades fundadas e guerras foram geradas
E a expansão gera o choque entre os gregos e persas
Vencendo as Guerras Médicas , Atenas é a grande potencia
Idealismo ateniense, contrariando Esparta,
Guerra do Peloponeso que enfraquece a Grécia
É a vez de Alexandre, o grande da Macedônia,
Que invade a Grécia e domina o mundo sem cerimônia
Da Grécia veio o teatro, a democracia,
Presente a cultura grega até na Filosofia





ROMA

Roma as margens do Rio Tibre
Na Península Itálica
Surgindo de Rômulo e Remo, diz a origem lendária.

Nas terras férteis do Lácio se estabelecem pastores
Exércitos são formados para evitarem invasores
Em Roma a Monarquia era dividida em classes sociais
Patrícios dominam o Senado
Numa economia agro-pastoril
Com o golpe da aristocracia, República é implantada
Quem manda agora é o Senado.
Expansão iniciada, territórios obtendo em função de suas conquistas.
Tornou-se, portanto, uma potencia Imperialista.
Domínio do Mediterrâneo, aumento da escravidão.
Lutas de classes, e os Plebeus, direitos exigiram,
Camponeses perdem terras, vão viver em outras áreas.
E os Irmãos Cracos sugerem uma reforma agrária.

Roma as margens do Rio Tibre
Na Península Itálica
Surgindo de Rômulo e Remo, diz a origem lendária

Vêm as crises políticas surgindo os Triunviratos
Mas, só serão resolvidas quando o Império é implantado
É o apogeu romano nos séculos I e II
Mas, a sua decadência começa no século III
Pelos bárbaros é invadida
A Europa é dividida
Deixa de herança o Direito e a importante Língua Latina

Roma as margens do Rio Tibre
Na Península Itálica
Surgindo de Rômulo e Remo, diz a origem lendária





SOCIEDADE MEDIEVAL

Eu vou contar é cantando a sociedade medieval
Início no século V, tem no XV seu final
Entra a proteção do Reino contra muitas invasões
O Rei distribui as terras para nobres capitais
São senhores feudais, justiças eles vão fazer
Exércitos, impostos e leis, servos têm de obedecer
O senhor firma com o Rei obrigação de verdade
Em troca de proteção, mantendo a sociedade.
Economia de subsistência, os servos têm que plantar.
Precisando de produto, com companheiro vai trocar.
Clero, nobreza e servo, a divisão social,
Sem mobilidade hierárquica, é chamada estamental.

Sociedade que começa na Europa Ocidental
Poder descentralizado, esse é o sistema feudal.

O clero rezava muito e terra sempre ganhava
E, guardando a sociedade o nobre guerreava.
Nas terras de clero e nobres, o servo muito trabalhava.
E, com suas ferramentas a todos alimentava.
Pagava impostos para a Igreja, pagava também para nobreza.
Levava vida de um cão, sem ter nenhuma moleza.

Sociedade que começa na Europa Ocidental
Poder descentralizado, esse é o sistema feudal.





REFORMA E CONTRA REFORMA

Luteranismo, Calvinismo, Anglicanismo mudaram o Cristianismo
O século XV começa com grande conturbação
Pregadores populares oferecem a salvação
No século XVI, Basílica em construção
Igreja vende indulgência pra ter de volta o irmão
Na Alemanha Lutero da Igreja discordou
Escreveu as suas teses e a excomunhão ganhou
Da salvação pela fé surgiu o Luteranismo
A fé no seu nobre, o povo foi logo seguindo.

Luteranismo, Calvinismo, Anglicanismo mudaram o Cristianismo.

Predestinação na Suíça é a marca do Calvinismo
Fundada por João Calvino, apóia o Capitalismo
Só o trabalho interessa, não tinha moleza não,
Se fulano tinha lucro, obtinha a salvação.
Henrique VIII na Inglaterra fortalecer-se queria
Decretou com autoridade, Ato de Supremacia
Com a ajuda do Parlamento toma as terras da Igreja
Anglicanismo surgindo, o Henrique virou a mesa.
Igreja inibe os protestantes com o Concilio de Trento
Reafirma as suas normas e aos poucos se reerguendo

Luteranismo, Calvinismo, Anglicanismo mudaram o Cristianismo.





MERCANTILISMO

No século XV começa e vai até o XVIII
Esse é o mercantilismo, te explico não fique afoito

No Absolutismo o poder estava nas mãos dos Reis
Mas, pro Estado ser forte, eles apóiam o burguês
E com o comercio crescendo, mercantilismo surgia
Chamada de interferência do Estado na economia
O mercantilismo, com metalismo começa
Ouros das colônias pra não ter dor de cabeça
Se exporto mais do que importo meus cofres ouro vão ter
Balança comercial forte é assim que deve ser
Lá vem o protecionismo incentiva a manufatura
A importação é proibida ou suas taxas vão às alturas
Metrópoles impõem as colônias o monopólio comercial
Determinação conhecida como Pacto Colonial
Burguesia e Estado, união agora forte favorece o capitalismo
E o mundo tem outra sorte

No século XV começa e vai até o XVIII
Esse é o mercantilismo, te explico não fique afoito.





REVOLUÇÃO INDUSTRIAL INGLESAS

No século XVIII, Europa está em expansão
Manufaturas não conseguem atender a população

Começa na Inglaterra a Revolução Industrial
Lá tem a mão-de-obra, tecnologia e capital
Além da matéria-prima, que o ferro e carvão
Aparecem as maquinas pra aumentar a produção
Surgem as fabricas e os empresários industriais
Os operários com as suas reivindicações sociais
Contra as longas jornadas e os baixos salários
As mulheres e crianças preferidas no trabalho

No século XVIII, Europa está em expansão,
Manufaturas não conseguem atender a população.

Desemprego pintando, a máquina é a culpada
O movimento ludista tenta quebrar na paulada
Em seguida o cartismo exige do Parlamento
Muitas reivindicações e um melhor tratamento
Tecnologia e Indústria não param de crescer mais
Operários se estruturam em movimentos sindicais
Apesar das diferenças sempre chegam num acordo
E o mundo vai crescendo aumentando o conforto

No século XVIII, Europa está em expansão
Manufaturas não conseguem atender a população





REVOLUÇÃO RUSSA

Czar mandava na Rússia, tinha poder total.
Governo Absolutista, uma população rural.

1917, Lenine no Poder, ideal socialista agora passa a valer
A burguesia russa fica, portanto, assustada
Recebe apoio do mundo, guerra civil detonada
Salário só em espécies, produção agrícola confiscada
É o comunismo de guerra que vence essa parada
Terra pra os camponeses, comercio liberado
Investimentos externos, é a NEP sendo implantada
Os novos ricos contestam o governo e coisas mais
O governo coletiviza a terra, cria planos qüinqüenais.

Czar mandava na Rússia, tinha poder total.
Governo Absolutista, uma população rural.

Há um crescimento econômico, com uma ditadura política
Durante a segunda guerra grande expansão socialista
União Soviética, Estados Unidos diferem em ideologia
Armamentos em expansão, essa é a guerra fria
Pra acalmar os ânimos vem a política da distensão
Glasnost e Perestróika tentam a modernização
Oposição ao monopólio comunista, termina o socialismo real
Em 1991 a União Soviética tem o seu final.

Czar mandava na Rússia, tinha poder total.
Governo Absolutista, uma população rural.





BRASIL COLÔNIA

Em 1530, Portugal, ai o Brasil Colonizado
Para enriquecer a Metrópole por vários círculos passaram
Monocultura da cana de Plantation é chamada
Escravos no Latifúndio, para a Europa o açúcar mandava
E no século XVIII, o gado e a mineração
Estimulam na Colônia a interiorização
Portugal estando em crise mais imposto vai impondo
Sentimento de revolta nos mineradores vai brotando

Produtos que o Brasil sempre botou muita fé
São eles a cana, o ouro e o café.

No século XIX, Brasil já é Independente
Mas, ainda vai mantendo a forma colonial de sempre
No Vale do Paraíba café cresce num instante
Trabalho escravo é trocado pela força do imigrante
Surgem os barões do café que controlam a vida econômica
O Império perdendo força, vem a Programação da República
Mais cidade e indústrias novas classes são formadas
Com o circulo do café o país tem a cara mudada

Produtos que o Brasil sempre botou muita fé
São eles a cana, o ouro e o café.





PERIÓDO GETULISTA

Não me fale de Mineiro muito menos de Paulista
É um gaúcho que manda no Período Getulista

Getulio toma o poder, em 1930, com o apoio da Aliança Liberal
República Velha termina
Barões do café desprezados promovem a Revolução
E são logo derrotados, país tem novo Constituição
Separação dos poderes, criação do salário mínimo
Jornada de 8 horas, férias, votos feminino
E os comunistas conspiram querendo tomar o poder
Reprimidos por Getúlio, Plano Cohen vai fazer

Não me fale de Mineiro muito menos de Paulista
É um gaúcho que manda no Período Getulista

É o golpe do Estado Novo, inicio da Ditadura,
Fim dos Partidos Políticos, implantação da censura
Com capital americano nasce a indústria do aço
Mas, o poder de Getúlio começa ser questionado
Queremos democracia, povo e elite se reúne
Getúlio Vargas, deposto, judiciário em 1945 assume
Com Governo transitório Eleições são marcadas
Partidos entram em acordo, nova Constituição aprovada
Com eleições diretas, Dutra vai governar
Mas, em 51 Getúlio irá voltar.

Não me fale de Mineiro muito menos de Paulista
É um gaúcho que manda no Período Getulista






PERIODO PÓS 45

Getúlio mesmo autoritário
Ganhou apoio do povo, mas em 1945 é deposto
É o fim do Estado Novo
Dutra será eleito, nova constituição, censura foi terminada
Liberdade pra Nação
Saúde, alimentação, transporte e energia,
plano, sal petroduta, é uma nova economia
Em 51, Getulio volta ao poder com o voto do povo
O Petróleo Agora é Nosso, são suas idéias de novo.

O populismo começa na década de 30
República Velha termina, é um novo circulo que pinta

Mas, com a morte de Getúlio, são geradas confusões
Juscelino é o presidente, escolhido em eleições,
50 anos em 5, indústria automobilística é o marco de JK
É a construção de Brasília
Em 61 Jânio é eleito, varre, varre vassourinha
Política externa independe, mas logo renúncia
Assume, portanto, Jango com o Parlamentarismo
Plebiscito realizado, volta o Presidencialismo
Faz o Plano Trienal, assina reformas de base
Militares dando o Golpe
Em 64 acaba essa fase, Governos populistas

O populismo começa na década de 30
República Velha termina é um novo ciclo que pinta.





REGIME LIMITAR

É o regime militar (2 x)

Agosto, 61, Jânio Quadros renúncia
E o vice João Goulart assume porque queria
Mas, o Congresso exige, quero Parlamentarismo
Trabalhadores, estudantes, sindicatos agitados
Então com o apoio da elite, militares decidiram
Deram o famoso golpe e o poder assumiram
Esse 31 de março do ano de 64
Sindicatos são fechados, começa a ditadura
Os partidos são instintos, passa valer a censura

O regime militar, tenha a certeza não minto,
Começa em 64, termina em 85.

AI 5 é implantado, imprensa é vigiada, oposição perseguida
Cultura é mutilada, prisões são decretadas e pessoas desaparecidas
Com o governo militar vem o capital estrangeiro
É o milagre econômico, classe média na fartura
Tri Campeão da Copa, Brasil ninguém mais segura
Vem às crises é o regime começa ser abalado
Alternativa é o álcool, pois o petróleo fica caro
O povo sai às ruas pedindo Diretas Já
E tudo foi se acabar no ano de 85
Tancredo Neves eleito o povo então aplaudiu
Mas, morreu antes da hora, José Sarney assumiu

O regime militar, tenha a certeza não minto,
Começa em 64, termina em 85.

É o regime militar (2 x)

Marcha soldado cabeça de papel, papel, papel...





BRASIL ATUAL

No ano de 85, Regime Militar se acaba
Tancredo Neves eleito morreu, Sarney assume a parada
Nova Constituição aprovada, liberdade partidária,
Direito de greve irrestrito, ganho pra classe operaria.
Cria o plano cruzado tudo pelo social
Eleições sempre diretas, democracia é total.
Em 90 vem o Collor com as privatizações
A poupança é confiscada, são seus planos e ações.

Essa história é da hora
Essa história é legal
E desde 85, já é o Brasil atual

Plano Collor afundando, denuncia de corrupção
Caras Pintadas nas ruas exigem moralização
Oposição pede Impeachment, a sociedade faz pressão,
Collor não tem saída, renuncia foi à solução
O vice Itamar que assume, fusquinha volta triunfal.
Com apoio do Congresso institui o Plano Real.
Essa história é da hora
Essa história é legal
E desde 85, já é o Brasil atual

E em 95, Fernando Henrique é eleito
Estabiliza a inflação, mudança gerais do Estado,
Privatização continham, Neoliberalismo em ação
Reformas na Constituição garante a reeleição
Essa história é da hora
Essa história é legal
E desde 85 já é o Brasil atual





BRASIL COLÔNIA

Em 1530, Portugal, ai o Brasil Colonizado
Para enriquecer a Metrópole por vários círculos passaram
Monocultura da cana de Plantation é chamada
Escravos no Latifúndio, para a Europa o açúcar mandava
E no século XVIII, o gado e a mineração
Estimulam na Colônia a interiorização
Portugal estando em crise mais imposto vai impondo
Sentimento de revolta nos mineradores vai brotando

Produtos que o Brasil sempre botou muita fé
São eles a cana, o ouro e o café.

No século XIX, Brasil já é Independente
Mas, ainda vai mantendo a forma colonial de sempre
No Vale do Paraíba café cresce num instante
Trabalho escravo é trocado pela força do imigrante
Surgem os barões do café que controlam a vida econômica
O Império perdendo força, vem a Programação da República
Mais cidade e indústrias novas classes são formadas
Com o circulo do café o país tem a cara mudada

Produtos que o Brasil sempre botou muita fé
São eles a cana, o ouro e o café.





BRASIL ATUAL

No ano de 85, Regime Militar se acaba
Tancredo Neves eleito morreu, Sarney assume a parada
Nova Constituição aprovada, liberdade partidária,
Direito de greve irrestrito, ganho pra classe operaria.
Cria o plano cruzado tudo pelo social
Eleições sempre diretas, democracia é total.
Em 90 vem o Collor com as privatizações
A poupança é confiscada, são seus planos e ações.

Essa história é da hora
Essa história é legal
E desde 85, já é o Brasil atual

Plano Collor afundando, denuncia de corrupção
Caras Pintadas nas ruas exigem moralização
Oposição pede Impeachment, a sociedade faz pressão,
Collor não tem saída, renuncia foi à solução
O vice Itamar que assume, fusquinha volta triunfal.
Com apoio do Congresso institui o Plano Real.
Essa história é da hora
Essa história é legal
E desde 85, já é o Brasil atual

E em 95, Fernando Henrique é eleito
Estabiliza a inflação, mudança gerais do Estado,
Privatização continham, Neoliberalismo em ação
Reformas na Constituição garante a reeleição
Essa história é da hora
Essa história é legal
E desde 85 já é o Brasil atual





HISTÓRIA DO BRASIL - Edson Gomes

Eu vou contar pra vocês
Certa história do Brasil
Foi quando Cabral descobriu
Este país tropical
Um certo povo surgiu
Forçado a trabalhar
Nesse imenso país

E era o chicote no ar
Era o chicote a estalar
E era o chicote a sangrar

Um, dois, três
Até hoje dói
Um, dois, três
Bateu mais de uma vez

Por isso é que a gente não tem vez
Por isso é que a gente sempre está do lado de fora
Por isso é que a gente sempre está lá na cozinha
Por isso é que a gente sempre está fazendo...
Ou o papel pior

Um, dois, três
Até hoje dói
Um, dois, três
Bateu mais de uma vez





Holofotes - João Bosco/Waly Salomão/Antônio Cícero

Desde o fim da nossa história
Eu já segui navios
Aviões e holofotes
Pela noite afora.
Me fissuram tantos signos
E selvas, portos, places
Línguas, sexos, olhos
De Amazona que inventei
Dias sem carinho
Só que não me desespero:
Rango alumínio
Ar, pedra, carvão e ferro.
Eu lhe ofereço
Essas coisas que enumero:
Quando fantasio
É quando sou mais sincero.

Eis a Babilônia, amor
E esi Babel aqui
Algo da insônia
Do seu sonho antigo em mim

Eis aqui
O meu presente
De navios
E aviões
Holofotes
Noites afora
E fissuras
E invenções
Tudo isso
É pra queimar-se
Combustível
Pra se gastar
O carvão
O desespero
O alumínio
E o coração





Imperador do Ipiranga - Samba-Enredo 2005

Viajei e conheci o paraíso
Me encantei, com uma cultura sem igual
Inspiração para o meu carnaval
Vi as divindades o respeito à devoção
A vida em sacrifício forma de adoração
E por ali passaram varias civilizações
A historia de um país em formação
Com ganancia assim se fez
A saga de um poderoso império
Mistério, supertição o fim de uma civilização
Pra virgem negra rezei
E pedí em oração, pra abençoar meu pavilhão
Eu vi o índio que um dia sofreu a exploração
E foi raiz da miscigenação
Da fé, a busca pela independência
O povo teve consciência do seu real valor
A paz no Coração de quem ficou
A alegria suportando a dor
Vi sedução na arte, seu folclore me conquistou
Cantei, dancei, provei,gostei do bom sabor
Bebi tequila, num brinde a Imperador
É fascinante o bailar das borboletas
No cenario da mão natureza
A bola na rede o gol
Na ginga dos deuses o show
Que emoção
Arriba Brasil, um grito explodiu...Tricampeão





Imperador do Ipiranga - Samba-Enredo 2000
IMPERADOR NA VELHA REPÚBLICA


Roda baiana, no batuque do tambor
Sou Ipiranga, sou Imperador
Batam palma, podem sorrir
Quinhentos anos é festa no Anhembi
Nas asas da libedade
O fim da monarquia aconteceu
Bailando na Ilha Fiscal, Brasil
Brasil dava adeus à Portugal
E assim, a maçonaria conseguiu
Educando e liberando
Nossa pátria mãe gentil
Imprensa, abolição fatores de pressão
Foram elos da proclamação
A agricultura sempre presente
Se fez política café com leite
São Paulo e Minas, elegiam o presidente
Padim Ciço em Juazeiro, líder no Sertão
Politizava o cangaceiro Lampeão
E Antônio Conselheiro, enfrentou a expedição
Lá em Canudo, o sangue corria no chão
Se a vida imita a arte
A arte é cultura
Sou mais você Brasil
Nomes que ficaram na memória
Hoje nesse palco fazem história
Dessa nação
Surgiu então...
Uma nova era, uma revolução
Com Vargas uma nova geração





Imperatriz Leopoldinense - Samba Enredo 1963
TRÊS CAPITAIS


Lá, laiá, lá. laiá... Brasil (bis)
Meu Brasil retumbante
Um passado brilhante
resplandece em teus anais
Tomé de Souza foi o fundador
Da cidade de São Salvador
A primeira das três capitais
Duzentos e quatorze anos então se passaram
E pouco favoreceram ao sistema
econômico nacional
Sabiamente D. José I ordenou ao Marquês de Pombal
Que transferisse para o Rio de Janeiro a capital (bis)
Continuando o ciclo do vice-reinado
O nobre Conde da Cunha foi nomeado
Verdadeira epopéia de fatos a história registrou
Até que o presidente Juscelino Kubitschek inaugurou
Brasília no planalto de Goiás
Suprema capital das capitais
Monumento sublime da arquitetura universal
Lá, laiá, lá, laiá (bis)
colossal





Imperatriz Leopoldinense - Samba Enredo 1986

Despontou, ô ô ô
E faz ouvir ao longe o seu cantar (bis)
Ser feliz
É sempre amar, amor, Imperatriz
Um grito emana do povo
Os direitos são iguais
Brancos, negros, índios
Agitam a bandeira da paz
Desperta esperança
A vida acende, é luz, é cor
Surge nova era
O que passou, passou, ô ô
O que passou, passou
Vem brincar, amor
De um jeito tá (bis)
Que eu também tô
Vou cair na brincadeira
Rasgar de Norte a Sul
Vou pegar minha bandeira
Dançar o frevo e o maracatu
Quero ver, clarear
Agüenta, coração
Há verde e branco em minha vida (bis)
Meu futebol, meu carnaval
Minhas bandeiras na avenida





Imperatriz Leopoldinense - Samba-Enredo 2008

Maria uma princesa
Também sonhava
Um dia um príncipe encontrar
E ouviu do Rei de França
Em meio ao luxo e a bonança
Maria Antonieta tu serás
Em Portugal, outra rainha, Dona Maria
A Louca não podia governar
Delirava temendo a revolução
E entrega o reino a João
Regente assim se fez, e o imperador francês
Ordena a invasão

Ou ficam todos
Ou todos se vão
Embarcar nessa aventura
E au revoir Napoleão

Cruzaram mares
Chegaram ao Brasil
São novos ares, progresso e a transformação
Vieram as Marias, toda fidalguia, Dom João
O tempo passou, irão se casar
Duas Marias da mesma raiz
Luisa com Napoleão
E Leopoldina será nossa imperatriz
Será também nome de trem
Que passa em Ramos a nossa estação
Onde imperam Marias e Joãos

Vem brincar nesse trem amor
Que vai parar na estação do coração
Faz brilhar no céu Imperatriz
As onze estrelas do teu pavilhão





Imperatriz Leopoldinense - Samba Enredo 1971

É tempo de barra de ouro
Barra de rio, sim, senhor (bis)
E tempo de barra de saia
União de três raças por amor
(Vamos cantar...)
A Imperatriz se engalana
Por destino soberana
E traz pra este carnaval
Fatos de uma era tão marcante
Em que o ouro era constante
Despertando a cobiça Universal
Quando aventureiros vindos de além-mar
Com o ouro encontrado procuravam conquistar
Os amores das nossas negras, mulatas e sinhás
E nas barras de suas saias, entoavam madrigais
Sem saber amar
Inaê que vem do tempo
Que traz o vento (bis)
Que faz o ouro rolar no rio
Que faz o rio rolar pro mar, rolar pro mar
Olha a saia dela, Inaê
Como o vento leva no ar (bis)
Lá, laiá, laiá
Ôôô
Lá, laiá, laiá
Ouro, rio, amor





Imperatriz Leopoldinense - Samba Enredo 1972

Vem cá, Brasil
Deixa eu ler a sua mão, menino
Que grande destino
Reservaram pra você
Lá lá lá lá lauê
Fala Martim Cererê (bis)
Tudo era dia
O índio deu a terra grande
O negro trouxe a noite na cor
O branco a galhardia
E todos traziam amor
Tinham encontro marcado
Pra fazer uma nação
E o Brasil cresceu tanto
Que virou interjeição
Lá lá lá lá lauê
Fala Martim Cererê (bis)
Gigante pra frente a evoluir (laiá laiá)
Milhões de gigantes a construir (laiá laiá laiá) (bis





Imperatriz Leopoldinense - Samba Enredo 1976

Eu vi mundos nunca vistos nem sonhados Andei mares nunca dantes
navegados (bis)
A historia traz
Feitos singulares
Do heroísmo e da fé
De outros mares
De outras terras
Iluminaram poemas (bis)
E a nossa historia encerra
Ao sabor das ondas vêm as naus
A branca espuma cortando
E chego afinal
A ilha verde sem fim
Onde num belo dia
A saudade se fez bonança
Ao chegar na terra da esperança (bis)
Fundaram cidades
Cruzaram raças
Tornaram sonhos em realidades
Tantos heróis
Tanta grandeza
A nossa historia
Oh, que beleza!
Nasceste grande, oh meu país
És soberano de um povo feliz (bis)
Eu vi mundos
Nunca vistos nem sonhados (bis)
Andei mares
Nunca dantes navegados





Imperatriz Leopoldinense - Samba Enredo 1977

Partiram caravelas de Portugal
Em busca de riquezas
Das terras descobertas por Cabral
Seguindo, por caminhos verdejantes
Chegam às terras dos Incas
Uma paisagem colossal
"Guaynapac" era seu rei
Filho do Sol Coroado (bis)
Era só de ouro e prata
Seu palácio encantado
Iludida e expedição
De um tesouro (bis)
Tão sonhado
Alcança a montanha de vidro E surge o país namorado
Ibirapitanga...
Ibirapitanga que esplendor
Mulheres guerreiras em orgia
Borboletas em cores e a Iara...
Deusa de encantos e magia
Descem o rio Amazonas
Despontam no Eldorado
Que tinha um rei todo em ouro
Poderoso, estimado
Chegam à foz os navegantes
A pororoca,
Beleza sem igual
Vibram com tanta riqueza
De um fato marcante:
"O desbravamento nacional"





Imperatriz Leopoldinense - Samba Enredo 1983

As festas... "da Chica que manda"
Deslumbravam a sociedade do local
Diamantina era uma flor
De amor sem preconceito ou ritual
No castelo da palha
Dava gosto de se ver
Aquela que já foi escrava
Demonstrava o valor do poder
O amor lhe deu tesouros
Que vivia pra gastar (bis)
Dos gemidos da senzala
Nem queria recordar
Esta negra caprichosa
Convidou o rei da Costa do Marfim
E o recebeu de forma suntuosa
Que a festa parecia não ter fim
A nobreza esqueceu os preconceitos
Irmanada com o povo festejou
Parecia que a liberdade sonhada
Se fez convidada e se apresentou
Só Minas Gerais, só Minas Gerais...
Poderia ser o palco desta história
Que gravei na memória (bis)
E o tempo não desfaz





Imperatriz Leopoldinense - Samba Enredo 1988

Eu voto pra não esquecer
A vida tem que melhorar
O povo na constituinte
Vai ter mesa farta, sorrir
E até cantar
Quá, quá, quá
Você caiu, caiu (bis)
É brincadeira
É primeiro de abril
Disse me disse
Na História do Brasil
Fui criança, fui palhaço
E ninguém me assumiu (ô seu Cabral...)
Cabral, ô Cabral
O esquema é de lograr (de lograr) (bis)
De 71 com a realeza
Me mandou uma princesa
Que fingiu me libertar, me libertar
Ô ô ô piuí
Piuí lá vem o trem (bis)
A ferrovia é brincadeira de nené





Imperatriz Leopoldinense - Samba Enredo 1989

LIBERDADE, LIBERDADE! ABRE AS ASAS SOBRE NÓS!

Liberdade!, Liberdade!
Abre as asas sobre nós
E que a voz da igualdade
Seja sempre a nossa voz, mas eu digo que vem
Vem, vem reviver comigo amor
O centenário em poesia
Nesta pátria mãe querida
O império decadente, muito rico incoerente
Era fidalguia e por isso que surgem
Surgem os tamborins, vem emoção
A bateria vem, no pique da canção
E a nobreza enfeita o luxo do salão, vem viver
Vem viver o sonho que sonhei
Ao longe faz-se ouvir
Tem verde e branco por aí
Brilhando na Sapucaí e da guerra
Da guerra nunca mais
Esqueceremos do patrono, o duque imortal
A imigração floriu, de cultura o Brasil
A música encanta, e o povo canta assim e da princesa
Pra Isabel a heroína, que assinou a lei divina
Negro dançou, comemorou, o fim da sina
Na noite quinze e reluzente
Com a bravura, finalmente
O Marechal que proclamou foi presidente
Liberdade!, Liberdade!
Abre as asas sobre nós
E que a voz da igualdade
Seja sempre a nossa voz,
Liberdade!, Liberdade!
Abre as asas sobre nós
E que a voz da igualdade





Imperatriz Leopoldinense - Samba Enredo 1992
NÃO EXISTE PECADO ABAIXO DO EQUADOR

Vai (vai, vai, vai)
Singrando os mares
Fazer o teu Rei feliz
Em busca de novos ares
Navega a Imperatriz
E, dessa viagem bela
Uma aquarela
Vai desfilar
Éden, visão do paraíso
Emoção, sorriso
É o fruto da paixão
O clima tempera a água, os rios
O verde, a fauna
Fascínio de um imenso amor
Beleza divina, fonte que irradia
Abaixo do Equador
O canto do índio ecoou (ê ô, ê ô)
Vem do ar, vem do ar (bis)
E livre a floresta se encantou
Eh! Mirá!
Para proteger a vida
Vêm os seres te abraçar
Sereia, mãe-d'água, saci, boitatá
Guerreiras a cavalgar
Papagaio vira anjo
Para o mundo perceber
E eis a chama
Que vai fazer (bis)
Toda a paz na terra renascer
(E um dia hei de ver...)





Imperatriz Leopoldinense - Samba Enredo 1999

Ela, a Imperatriz na passarela
É samba, é arte, é linda tela
Vem colorindo o carnaval
Sonhava Nassau
Com uma Holanda tropical
E nesse sonho ele então pediu
Quero te ver, Brasil (Quero te ver, Brasil)
Brasil, mostra a sua cara
Sua beleza em forma rara (bis)
Esse seu jeito de viver (Quero te ver, Brasil)
Artistas pintando flores, florestas
Retratam paisagens em festa... E animais
Homens felizes vivendo nas matas
Imagens do meu país
As obras são imortais
O tempo não apagou
E a mão do destino traz
Envolvidas em jóias musicais
Nobreza, beleza
Tem arte nesse teu cantar
Quem ouve logo diz
Meu sonho é ser feliz
Pra sempre e sempre mais
O samba é raiz
Se raiz é história (bis)
Bate forte bateria
No balanço e na alegria
Da Imperatriz





Imperatriz Leopoldinense - Samba Enredo 2000

Terra à vista!
O grito de conquista do descobridor
A ordem do rei é navegar
E monopolizar riquezas de além-mar
Partiram caravelas de Lisboa
Com o desejo de comercializar
As especiarias da Índia
E o ouro da África
Mas, depois, o rumo se modificou
Olhos no horizonte, um sinal surgiu
Em 22 de abril, quando ele avistou
Se encantou
Tão linda, tão bela!
Paraíso tropical (bis)
Foi seu Cabral quem descobriu o Brasil
Dois meses depois do carnaval
Terra... abençoada de encantos mil
De Vera Cruz, de Santa Cruz... Brasil
Iluminada é a nossa terra
O Branco, o negro e o índio
No encontro, a origem da nação
E hoje, a minha escola é toda raça
Convida a "massa" e conta a história
São 500 anos vivos na memória
De luta, esperança, amor e paz
Eu quero é mais
Viver feliz, oi (bis)
Sambando com a Imperatriz





Imperatriz Leopoldinense - Samba Enredo 2001

Cana-caiana,
Cultura que o árabe propagou
Apesar dos cruzados plantarem,
A cana na Europa não vingou
Mas conta a história que em Veneza
O açúcar foi pra mesa da nobreza
Virou negócio no Brasil, trazida de além-mar
E, nesta terra, o que se planta dá
Gira o engenho pra sinhô, Bahia faz girar
E, em Pernambuco, o escravo vai cantar
(Quero vê)
Quero vê descê o suco até melá
Na pancada doce do ganzá
Pinga...
Olha a cana virando aguardente
No mercado do ouro atraente
Paraty espalhou a bebida
Pra garimpar, birita tem
Na Inconfidência foi preferida
Pra festejar, o que é que tem ?
Tem Carlos Cachaça, não leve a mal
Taí a verde-e-rosa em meu carnaval
(vem provar minha cachaça)
Vem provar minha cachaça, amor ôôôô
O sabor é verde-e-branco
Passa a régua e dá pro santo
Que a Imperatriz chegou





Imperatriz Leopoldinense - Samba Enredo 2002

Campos... Terra dos índios Goytacazes
São ferozes, são vorazes
Vida de antropofagia
Na Europa, a notícia rolava
Homem branco se assustava
Índio come gente... Quem diria!
Um dia, com fome de amor... Ô, ô, ô, ô
Nosso herói se apaixonou
Um momento de magia
Peri beijou Ceci... Ao som do Guarani
Um gesto de brasilidade
Com o tempo, um novo índio se vestiu de ousadia
Num ritual de liberdade
(E deu...)
E deu tupy, or not tupy
Eis a visão do artista (bis)
Nessa nação tupiniquim
Índio virou um anarquista
(Qual é?)
Macunaíma com Zé Pereira,
É índio, é negro, é imperador
Mais tarde, essa mistura brasileira A Tropicália originou
Tem Iracema em Ipanema, alegria geral
Eu sou também Carmem Miranda no meu Carnaval
(Hoje o couro vai comer...)
Hoje o couro vai comer
Auê, Imperatriz... Auê, auê (bis)
Nossa tribo canta meu país
Pra valer





Imperatriz Leopoldinense - Samba Enredo 2003

Nem todo pirata tem a perna de pau,
o olho de vidro e a cara de Mau
Cobiça de ouro
Madeira, pedra e animais
São faces do primórdio da história
Que a imperatriz refaz
Foi-se o tempo, longe está
Pirataria de além mar
Vejam só a covardia
Parte dessa tirania
Era destinada aos reis (aos reis)
Os corsários portugueses
Franceses, ingleses, holandeses
Tudo que era saqueado
Protegido era levado
Ao domínio da nação
Nem todo pirata tem a perna de pau (bis)
Olho de vidro e a cara de mau!
Hoje, a coisa ficou preta
Muito preta e com razão
Pirata se queixando de pirata
De terno e gravata na televisão
Pirateando cd, até a fé
O comércio e a nação
Mas hoje eu quero ser (bis)
Pirata do prazer
Dançando um baile com você
Vem meu amor, vem me beijar (bis)
Hoje eu tô que tô, você tá que tá
Vem meu amor, vem me beijar
Beijo escondido pra ninguém clonar





Imperatriz Leopoldinense - Samba Enredo 2004

Hoje eu quero ver
Caldeirão ferver nessa magia
O Brasil deu a cor
Pra tingir de amor nossa folia
Vermelho é vida
É sangue, é coração
Coloriu a história
De paixão, de vitória.... De vibração
Pintou o manto dos reis
E o encanto chinês
O poder e a religião
Das minas o celta extraía
O corante breazail
Porém era o fenício quem fazia
A tinta que o mundo seduziu
Da Ásia a madeira
Deu o tom pra Europa inteira
Mas o Brasil do bom
Só em terra brasileira
Viagem ao Novo Mundo
Deu a Vespúcio a primazia
De erguer em Cabo Frio
Fortaleza e feitoria
Depois partiu com o nosso pau-brasil
Deixando aos marinheiros poesia
Visão do infinito, lugar mais bonito
Era o chão da Utopia
Quem dera a paz e a harmonia
Ver meu país cantar feliz
Na sombra de um pau-brasil
Um samba da Imperatriz





Imperatriz Leopoldinense - Samba Enredo 2006

Meu amor!
A Imperatriz chegou agora
É Carnaval! O lema é...
Um por todos e todos por um...
Garibaldi, o nosso herói, viveu
Uma história de luta e paixão que Alexandre Dumas
Assim descreveu (e pelo mundo)
Pelo mundo navegou
Nas batalhas que travou
Liberdade foi seu ideal (de lá pra cá...)
No Brasil, quanta riqueza!
Abraçando a natureza
Ele se encantou (e foi por aí...)
Foi por aí assim...
No balanço da expedição
A santa e bela Catarina
Virou seu chão (mas vê...)
Vê! Que momento lindo! Amor... amor
Quando viu Anita, ele se apaixonou
Amada, valente, guerreira
Com ele, na paz e na dor
Com os rebeldes lutou românticas...
De tantas aventuras, mundo afora
Viraram mitos na história popular
A alegria tomou conta da cidade
Vou me acabar
De verde-e-branco, cheio de felicidade
Até o som raiar (meu amor!)





Império Serrano - Samba Enredo 1990

Deixei minha mente vagar
E no rastro da memória
O Império vem mostrar
Histórias da nossa história
O rei, ah!, o rei
Mandou vir de Portugal
Uma expedição colonial
Criando os primeiros vilarejos
Os engenhos de açúcar
Enriqueceram o litoral
Arando e cultivando a terra
Trouxeram também os animais
A beleza da Índia
Encantou Caramuru
Era todo seu tesouro
A linda Paraguassu (bis)
Aí, chegou Maurício de Nassau
Com o progresso e a nobreza
Criou palácios e academias culturais
Mas a união das raças e seus valores
Expulsaram para longe os invasores
Ô ô ô ô
Bravos guerreiros
Brasil, sempre Brasil
O Brasil já era brasileiro (bis)
Sonho verde de esperança
Se expandia na ilusão
Na conquista de esmeraldas
O ouro e prata encravados nesse chão (bis)





Império Serrano - Samba Enredo 1996

O povo diz amém
É porque tem
Um ser de luz a iluminar
O moderno Dom Quixote
Com mente forte vem nos guiar
Um filho do verde esperança
Não foge à luta, vem lutar
Então verás um dia
O cidadão e a real cidadania
Quero ter a minha terra, ô ô ô
Meu pedacinho de chão, meu quinhão
Isso nunca foi segredo
Quem é pobre tá com fome
Quem é rico tá com medo (bis)
Vou dizer...
Quem tem muito, quer ter mais
Tanto faz se estragar
Joga no lixo, tem bugica p'ra catar
Senhor, despertai a consciência
É preciso igualdade
O ser humano tem que ter dignidade
Morte em vida, triste sina
Pra gente chega de viver a Severina
Junte um sorriso meu, um abraço teu
Vamos temperar
Uma porção de fé, sei que vai dar pé
Não vai desandar
Amasse o que é ruim, e a massa enfim
Vai se libertar
Sirva um prato cheio de amor
Pro Brasil se alimentar
Eu me embalei p'ra te embalar
No balancê, balancear
Vem na folia
Chegou a hora de mudar
O meu Império vem cobrar democracia (bis)





Império Serrano - Samba Enredo 1949

Joaquim José da Silva Xavier
Morreu a 21 de abril
Pela Independência do Brasil
Foi traído e não traiu jamais
A Inconfidência de Minas Gerais
Joaquim José da Silva Xavier
Era o nome de Tiradentes
Foi sacrificado pela nossa liberdade
Este grande herói
Pra sempre há de ser lembrado





Império Serrano - Samba Enredo 1962

Rio de Janeiro
Obra-prima de rara beleza
Foste engalanada pela própria natureza
Rio dos vice-reis
Dos chafarizes, das velhas congadas
Rio dos capoeiras
Cenário eletrizante
Das famosas cavalhadas
Quando badalavam os sinos
Anunciando a festa do Divino
Era lindo o seu ritual
Admirado até na Corte Real
O monumento dos Arcos
Com todo o seu esplendor
Rio das lindas paisagens
E das belas carruagens
Obra de grande valor
Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá
Lá, rá, lá, lá, rá, rá
Rio, ó meu Rio de Janeiro
Serás sempre o primeiro
Na história do mundo inteiro





Império Serrano - Samba Enredo 1969

Ô ô ô ô
Liberdade, Senhor,
Passava a noite, vinha dia
O sangue do negro corria
Dia a dia
De lamento em lamento
De agonia em agonia
Ele pedia
O fim da tirania
Lá em Vila Rica
Junto ao Largo da Bica
Local da opressão
A fiel maçonaria
Com sabedoria
Deu sua decisão lá, rá, rá
Com flores e alegria veio a abolição
A Independência laureando o seu brasão
Ao longe soldados e tambores
Alunos e professores
Acompanhados de clarim
Cantavam assim:
Já raiou a liberdade
A liberdade já raiou
Esta brisa que ajuventude afaga
Esta chama que o ódio não apaga pelo Universo
É a evolução em sua legítima razão
Samba, oh samba
Tem a sua primazia
De gozar da felicidade
Samba, meu samba
Presta esta homenagem
Aos "Heróis da Liberdade"
Ô ô ô





Império Serrano - Samba Enredo 1984

Império sutilmente encontrou
Nas entrelinhas da história
Heróis do aipim, heróis do bacalhau
Tirando a poeira das memórias, que legal (bis)
Pero Vaz, escrevendo de mansinho
Asilou o seu sobrinho
Inventou o pistolão
E Caramuru não deu chabú, "fica a bangu"
Na tribo com Paraguassu (bis)
Araribóia loteou Niterói
E fez do índio seu office-boy (bis)
Malandro que é malandro bota banca
D. João VI pega o ouro e se arranca
Dizendo: "Ó Pedrito, filho meu
Segura esse foguete, entendeu?" (bis)
Na lei de Chico Rei
O fim justifica os meios
Assim, libertou seu povo
Com a poupança do alheio
Chica da Silva
Empolgou um galego e a nação
Eis D. Pedro levando
Cachaça pro pagode e mulheres pro colchão
Rio Branco dilatou as fronteiras, na surdina
Com barris de vaselina
Barão esperto foi Drummond
Bolou um jogo além de bom
E colocou a bicharada
Na cabeça da moçada (bis)
Com blá blá blá
Sem bafafá
Quem foi malandro é
Sempre será (bis)





Império Serrano - Samba Enredo 1988

PARA COM ISSO, DÁ CÁ O MEU
O Rio não é mais como era antes
Pois acabaram com a nossa Guanabara
Fundiram toda nossa competência
E já não somos a Cidade Jóia Rara
Que saudades que eu tenho
Da bandeira com golfinhos e brasão
Do nosso Rio antigo
Praça Onze, onde o samba tinha abrigo
Rio, grande centro cultural
Patrimônio da riqueza nacional
Dá cá o meu
Dá cá, dá cá o meu
O povo carioca
Cobra aquilo que perdeu (bis)
Quero novamente ver meu Rio
Dono do samba e do grande futebol
Ter um forte banco aqui na praça
E que não seja um comitê eleitoral
Chega de ter nossa casa comandada
Por malandro e coisa e tal
O Rio é negro
E negro luta pelo Rio
Buscando a liberdade
Enfrentando desafio
O Rio é negro
E é negra essa nação
Vamos firme nessa luta
Proclamando a Abolição (bis)





Império Serrano - Samba Enredo 1969
HERÓIS DA LIBERDADE


Ô ô ô ô
Liberdade, Senhor,
Passava a noite, vinha dia
O sangue do negro corria
Dia a dia
De lamento em lamento
De agonia em agonia
Ele pedia
O fim da tirania
Lá em Vila Rica
Junto ao Largo da Bica
Local da opressão
A fiel maçonaria
Com sabedoria
Deu sua decisão lá, rá, rá
Com flores e alegria veio a abolição
A Independência laureando o seu brasão
Ao longe soldados e tambores
Alunos e professores
Acompanhados de clarim
Cantavam assim:
Já raiou a liberdade
A liberdade já raiou
Esta brisa que ajuventude afaga
Esta chama que o ódio não apaga pelo Universo
É a evolução em sua legítima razão
Samba, oh samba
Tem a sua primazia
De gozar da felicidade
Samba, meu samba
Presta esta homenagem
Aos "Heróis da Liberdade"
Ô ô ô





Império Serrano - Samba Enredo 1949
EXALTAÇÃO A TIRADENTES


Joaquim José da Silva Xavier
Morreu a 21 de abril
Pela Independência do Brasil
Foi traído e não traiu jamais
A Inconfidência de Minas Gerais
Joaquim José da Silva Xavier
Era o nome de Tiradentes
Foi sacrificado pela nossa liberdade
Este grande herói
Pra sempre há de ser lembrado





Império Serrano - Samba Enredo 1951
SESSENTA E UM ANOS DE REPÚBLICA


Apresentamos
A parte mais importante
Da nossa história
Se não nos falha a memória
Foi quando vultos notáveis
Deixaram suas rubricas
Através de 61 anos de República
Depois de sua vitória proclamada
A constituinte votada
Foi a mesma promulgada
Apesar do existente forte zum-zum-zum
Em 1891, sem causa perca
Era eleito Deodoro da Fonseca
Cujo governo foi bem audaz
Entregou a Floriano Peixoto
E este a Prudente de Morais
Que apesar de tudo
Terminou com a guerra de Canudos
Restabelecendo assim a paz
Terminando enfim todos os males
Em seguida veio Campos Sales
Rodrigues Alves, Afonso Pena, Nilo Peçanha,
Hermes da Fonseca e outros mais
Hoje a justiça
Numa glória opulenta
A 3 de outubro de 1950
Nos trouxe aquele
Que sempre socorreu a Pátria
Em horas amargas
O eminente estadista
Getúlio Vargas
Eleito pela soberania do povo
Sua vitória imponente e altaneira
Marcará por certo um capítulo novo
Na história da República brasileira





Império Serrano - Samba Enredo 1969
HERÓIS DA LIBERDADE
Ô ô ô ô
Liberdade, Senhor,
Passava a noite, vinha dia
O sangue do negro corria
Dia a dia
De lamento em lamento
De agonia em agonia
Ele pedia
O fim da tirania
Lá em Vila Rica
Junto ao Largo da Bica
Local da opressão
A fiel maçonaria
Com sabedoria
Deu sua decisão lá, rá, rá
Com flores e alegria veio a abolição
A Independência laureando o seu brasão
Ao longe soldados e tambores
Alunos e professores
Acompanhados de clarim
Cantavam assim:
Já raiou a liberdade
A liberdade já raiou
Esta brisa que ajuventude afaga
Esta chama que o ódio não apaga pelo Universo
É a evolução em sua legítima razão
Samba, oh samba
Tem a sua primazia
De gozar da felicidade
Samba, meu samba
Presta esta homenagem
Aos "Heróis da Liberdade"
Ô ô ô





Império Serrano - Samba Enredo 1970
ARTE EM TOM MAIOR


Lá lá lá rá lá lá
Lá lá lá lá
Tudo isso que dizer Brasil, Brasil
Brasil
És a natureza em festa
Até parece seresta
A passarada cantando em seu louvor
Oh meu Brasil
Glória ao colonizador
Que evoluiu esse torrão
O negro foi o braço forte da evolução
Telas de artistas geniais
Ainda existem nos salões de belas-artes
Como testemunhas imortais
São belos nossos rios e cascatas
Terras e verdes matas
E campina multicor
É o orgulho de uma raça
Do Oiapoque ao Chuí
Tudo é esplendor
Essa paisagem tão bela
Que cantamos nesta passarela
O velho mundo conheceu
Usos e costumes em aquarela





Império Serrano - Samba Enredo 1981

Maravilhosa terra
De legendas
Que o passado não contou
Hoje o Império Serrano
Vem com Pero Vaz de Caminha
O célebre eminente precursor
Ô, ô, ô, ô, ô
Ô, ô, ô, ô, ô (bis)
Em tempos idos
Chegavam a uma vasta região
Audazes descobridores
Dando-se a integração
Com os primitivos habitantes
Deste imenso torrão
Canta gente
Esta linda canção
Exaltando o Brasil
Em sua dimensão (bis)
Lá, lá, lá
A beleza da mulata
Enaltece a raça
Com seu requebro febril
Nossos rios, campos e florestas
Emolduram a natureza
O ouro e pedras preciosas
São riquezas do solo deste Brasil
Que Pero Vaz de Caminha não viu...
Lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá lá...





Império Serrano - Samba Enredo 1988

O Rio não é mais como era antes
Pois acabaram com a nossa Guanabara
Fundiram toda nossa competência
E já não somos a Cidade Jóia Rara
Que saudades que eu tenho
Da bandeira com golfinhos e brasão
Do nosso Rio antigo
Praça Onze, onde o samba tinha abrigo
Rio, grande centro cultural
Patrimônio da riqueza nacional
Dá cá o meu
Dá cá, dá cá o meu
O povo carioca
Cobra aquilo que perdeu (bis)
Quero novamente ver meu Rio
Dono do samba e do grande futebol
Ter um forte banco aqui na praça
E que não seja um comitê eleitoral
Chega de ter nossa casa comandada
Por malandro e coisa e tal
O Rio é negro
E negro luta pelo Rio
Buscando a liberdade
Enfrentando desafio
O Rio é negro
E é negra essa nação
Vamos firme nessa luta
Proclamando a Abolição (bis)





Império Serrano - Samba Enredo 1994
UMA FESTA BRASILEIRA

Ressoou, ressoou no seio da mata virgem
O canto do índio guerreiro
Exaltando o homem branco que chegou
Lá se vão
Marujos, Tabajaras e Tupinambás
Até as margens do Sena
Mostrar a dança solene
As maravilhas da renascença
Onde o rei e a rainha
Ficam encantados com uma festa brasileira
Que zoeira, que zoeira
Tem batuque na corte
Dia e noite, noite inteira
O novo mundo
Mostra a arte em brincadeira (bis)
A cultura
Se junta à arte numa nova dimensão
Hoje o Império faz a festa
Contagiando a galera de emoção
E exibe para o mundo inteiro
O carnaval brasileiro
Como na corte dos reis
Engalanado entra em cena outra vez (e assim)
Assim, a festa continua
Tão minha quanto sua
Neste delírio tropical
O verde e branco é a razão da minha vida
Nesta folia todo mundo é igual
Ô embala eu, embala eu
Que nesta festa eu também vou (eu vou, eu vou)
Ô embala eu
Com surdos, tamborins e agogôs (bis)





Império Serrano - Samba Enredo 1964
AQUARELA BRASILEIRA


Vejam esta maravilha de cenário
É um episódio relicário
Que o artista num sonho genial
Escolheu para este carnaval
E o asfalto como passarela
Será a tela
Do Brasil em forma de aquarela
Passeando pelas cercanias do Amazonas
Conheci vastos seringais
No Pará, a ilha de Marajó
E a velha cabana do Timbó
Caminhando ainda um pouco mais
Deparei com lindos coqueirais
Estava no Ceará, terra de Irapoã
De Iracema e Tupã
Fiquei radiante de alegria
Quando cheguei à Bahia
Bahia de Castro Alves, do acarajé
Das noites de magia do candomblé
Depois de atravessar as matas do Ipu
Assisti em Pernambuco
À festa do frevo e do maracatu
Brasília tem o seu destaque
Na arte, na beleza e arquitetura
Feitiço de garoa pela serra
São Paulo engrandece a nossa terra
Do leste por todo o centroeste
Tudo é belo e tem lindo matiz
O Rio dos sambas e batucadas
De malandros e mulatas
De requebros febris
Brasil, essas nossas verdes matas
Cachoeiras e cascatas
De colorido sutil
E este lindo céu azul de anil
Emolduram em aquarela o meu Brasil
Lá rá rá rá rá
Lá lá lá lá iá





Império Serrano - Samba Enredo 1970
ARTE EM TOM MAIOR


Lá lá lá rá lá lá
Lá lá lá lá
Tudo isso que dizer Brasil, Brasil
Brasil
És a natureza em festa
Até parece seresta
A passarada cantando em seu louvor
Oh meu Brasil
Glória ao colonizador
Que evoluiu esse torrão
O negro foi o braço forte da evolução
Telas de artistas geniais
Ainda existem nos salões de belas-artes
Como testemunhas imortais
São belos nossos rios e cascatas
Terras e verdes matas
E campina multicor
É o orgulho de uma raça
Do Oiapoque ao Chuí
Tudo é esplendor
Essa paisagem tão bela
Que cantamos nesta passarela
O velho mundo conheceu
Usos e costumes em aquarela





Império Serrano - Samba Enredo 1955
EXALTAÇÃO A CAXIAS


A 25 de agosto de 1803
Data em que nasceu Caxias
Soldado de opulenta galhardia
Este bravo guerreiro
Hoje patrono do Exército brasileiro
Com elevado espírito de estadista
Pacificou de Norte a Sul
Os revolucionistas
Seu gesto nobre de civismo
É um modelo magnífico
De patriotismo
A sua casta primazia
Está na maneira
Pela qual se conduzia
Honrosamente sentimo-nos orgulhosos
Em apresentar
Que este vulto encerra
Na paz ou na guerra
O ideal do Brasil militar
Lá-iá, lá-iá, lá-iá, lá-iá, lá lá lá





Império Serrano - Samba Enredo 1968
PERNAMBUCO LEÃO DO NORTE


Esta admirável página
Que o passado deixou
Enaltece a nossa raça
Disse um famoso escritor
Que Maurício de Nassau
Na verdade foi um invasor
Muito genial
Glória a Vidal de Negreiros
E aos seus companheiros
Que na luta contra os holandeses
Em defesa ao Leão do Norte
Arriscaram suas vidas
Preferiram a morte
Na trégua dos Guararapes
Teatro triste da insurreição
Houve estiagem, coragem, abnegação
Pernambuco hoje
É orgulho da federação
Evocando os palmares
Terra de Bamboriki
Ainda ouço pelos ares
O retumbante grito do Zumbi
Lá, rá, rá, rá, rá, rá
Lá, rá, rá, rá, rá,





Impunidade - Tribo de Jah

A justiça só é cega
Quando não quer ver
Quando a lei se nega
A se fazer valer
Para uns implacável
Para outros maleável
Ou até negociável
Ter leis em questão
É o mesmo que não
Leis sem efeito,que abrem exceção
Abrem precedentes a dúbia aplicação
Nunca propiciarão
Um estado de direito
Assim não se terá verdadeira nação
A impunidade
É um grave problema
É a face mais falha da sociedade
É o lado mais sujo do sistema
Como é que se sente
Um simples cidadão
Brasileiro descontente
Com a situação
Eu amo o meu país
E amo a minha gente
Mas me sinto infeliz
Eu acho deprimente
Esse estado de impunidade
E improbidade,vergonha nacional
Estado de injustiça,imundice e calamidade social
Eu digo não,como cidadão
Eu peço justiça,peço punição
Punição exemplar,justiça enfim
Não,não,não
Justiça sim,impunidade não
Punição exemplar a todos os culpados
Sem nenhuma exceção
Aos poderosos,abastados,ou ao mais nobre barão
Famigerados doutores,ricos ou bacanas
Sendo culpados,estejam todos em cana
Parlamentares pilantras,políticos interesseiros
Deputados descarados,banqueiros trapaceiros
Vereadores,prefeitos,governadores e empreiteiros
Corruptos,corruptores e seus fiéis escudeiros
Magistrados safados,empresários salafrários
Traidores da pátria,fazendo o povo de otário
Punição exemplar
Aos bandidos escondidos
Na imunidade parlamentar
Fazendo falcatruas,as escuras fazendo fortuna
Com o seu voto que colhem na urna
E saem às ruas como se nada houvesse
Ninguém lhes importuna
Mesmo quando enriquecem
Às custas de favores escusos do clientelismo
Do uso e abuso do fisiologismo
E das benesses do cobiçado poder
Eu digo não,não pode ser
Quanto descaso,quanta omissão
Quem pode se safa
O pobre é quem paga
Eu peço punição,punição exemplar
Não,não,não
Justiça já,impunidade não
A legião dos excluídos vai muito mal
Banidos que estão do convívio social
Debaixo dos barracos,pontes e sinais
Não desejam mais que uma vida meramente normal
Na televisão,em todos os canais
Aparentemente tudo vai bem demais
Logo vem outro carnaval
E fica tudo bem no país do futebol
Se rouba,se extorque,se frauda,se mata
Se burla,corrompe,sonega e escapa
Sem punição,nessa terra sem lei
Quem tem muita grana
Nunca vai em cana
Bandido rico é rei,até quando eu não sei
Eu quero ver quando é que vai se fazer
Uma verdadeira nação
Com direitos e deveres iguais pra todo e qualquer cidadão
Eu quero ver,punição enfim
Não,não,não
Justiça sim,impunidade NÃO !





Indecência Militar - Gabriel O Pensador

Na porta do local do alistamento militar (indecência) esperando pela hora de entrar
De saco cheio estava eu lá (paciência)
Sem nenhuma mulher pra agarrar e nenhum som pra escutar
E um monte de marmanjo do meu lado eu vi
Então pensei: "Porra. O quê que eu tô fazendo aqui?"
(Pergunta sem resposta) e raiva lá dentro
Foi assim que eu fiz o rap pra passar o tempo

Porque o serviço militar obrigatório é uma indecência
Um ano sem mulher batendo continência
Escravidão numa democracia é uma incoerência
Um ano sem mulher batendo continência

Um ano sem mulher
Só ralando (E o salário...)
Não leve a mal mas isso é coisa pra otário
Alguns podem até gostar da brincadeira
Mas o serviço só é bom pra quem quer seguir carreira militar
Mas rapá... pro Pensador não dá
Servindo o Exército, Marinha, Aeronáutica ou qualquer porra dessa
Num interessa
Eu ia ser um infeliz e ia ficar revoltado como eu nunca quis
Servindo quem montou a ditadura aqui no meu país!
Usando farda
Lavando o chão
Sem reclamar de nada pra num ser jogado na prisão
(Hum mas que situação)
Batendo continência e fazendo flexão
Para os caras que prenderam meu pai e mataram tantos outros institucionalizando a repressão (Não!)
Agora acorda e concorda com esse refrão
(E porque não?)

Porque o serviço militar obrigatório é uma indecência
Um ano sem mulher batendo continência
Escravidão numa democracia é uma incoerência
Um ano sem mulher batendo continência

Nas mãos dos militares muito jovem já morreu
Num quero ser soldado
Quem manda em mim sou eu
Isso é o defeito da nossa sociedade
Exijo mais respeito pela minha liberdade
Um ano da minha vida não pode ser gasto assim
Escravizado por quem nunca fez nada de bom por mim
Essa contradição alguém me explique um dia
Serviço obrigatório não combina com democracia
A porta abre e todos entram
Torcendo pra sobrar
Enquanto isso dá vontade de cantar:

Porque o serviço militar obrigatório é uma indecência
Um ano sem mulher batendo continência
Escravidão numa democracia é uma incoerência
Um ano sem mulher batendo continência





Índios - Renato Russo

Quem me dera, ao menos uma vez,
Ter de volta todo o ouro que entreguei
A quem conseguiu me convencer
Que era prova de amizade
Se alguém levasse embora até o que eu não tinha.

Quem me dera ao menos uma vez,
Esquecer que acreditei que era por brincadeira
Que se cortava sempre um pano-de-chão
De linho nobre e pura seda.

Quem me dera ao menos uma vez,
Explicar o que ninguém consegue entender:
Que o que aconteceu ainda está por vir
E o futuro não é mais como era antigamente.

Quem me dera ao menos uma vez,
Provar que quem tem mais do que precisa ter
Quase sempre se convence que não tem o bastante
E falar demais, por não ter nada a dizer.

Quem me dera ao menos uma vez,
Que o mais simples fosse visto como o mais importante
Mas nos deram espelho
E vimos um mundo doente

Quem me dera ao menos uma vez,
Entender como só Deus ao mesmo tempo é três
E esse mesmo Deus foi morto por vocês –
É só maldade então, deixar um Deus tão triste.

Eu quis o perigo e até sangrei sozinho.
Entenda – assim pude trazer você de volta para mim,
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do incio ao fim
E é só você que tem a cura do meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De insistir que eu ainda não vi.

Quem me dera ao menos uma vez,
Acreditar por um instante em tudo que existe
E acreditar que o mundo é perfeito
E que todas as pessoas são felizes.

Quem me dera ao menos uma vez,
Fazer com que o mundo saiba que seu nome
Esta em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz ao menos obrigado

Quem me dera ao menos uma vez,
Como a mais bela tribo, dos mais belos índios
Não ser atacado por ser inocente

Eu quis o perigo e até sanguei sozinho
Entenda – assim pude trazer você de volta para mim
Quando descobri que é sempre só você
Que me entende do incio ao fim
E é so você que tem a cura do meu vicio
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.

Nos deram espelhos e vimos um mundo doente-
Tentei chorar e não consegui.





Jazz e Blues - Olodum

Ninguém passa aqui sem cantar samba-reggae
Ninguém passa aqui sem cantar um jazz
Ninguém passa aqui sem cantar um blues
Ninguém passa aqui sem mover os pés
Ô ô ô jazz e blues
Ô ô Ô sou Olodum (2x)
Eu canto samba-reggae
E danço jazz e blues
Suingar no samba-reggae
Esse som me conduz
Politizar o meu país
Se inspirar em quem conhece
Mandela, Luther King
Marcus Garvey e Malcolm X
Zumbi com sua revolta
Fez aquele arerê, alfaiates,
Argolas, búzios
Na revolta dos malês
Ô ô ô jazz e blues
Ô ô ô sou Olodum (2x)





Lavagem Cerebral - Gabriel O Pensador

Racismo preconceito e discriminação em geral
É uma burrice coletiva sem explicação
Afinal que justificativa você me dá para um povo que precisa de união
Mas demonstra claramente
Infelizmente
Preconceitos mil
De naturezas diferentes
Mostrando que essa gente
Essa gente do Brasil é muito burra
E não enxerga um palmo à sua frente
Porque se fosse inteligente esse povo já teria agido de forma mais consciente
Eliminando da mente todo o preconceito
E não agindo com a burrice estampada no peito
A "elite" que devia dar um bom exemplo
É a primeira a demonstrar esse tipo de sentimento
Num complexo de superioridade infantil
Ou justificando um sistema de relação servil
E o povão vai como um bundão na onda do racismo e da discriminação
Não tem a união e não vê a solução da questão
Que por incrível que pareça está em nossas mãos
Só precisamos de uma reformulação geral
Uma espécie de lavagem cerebral

Não seja um imbecil
Não seja um Paulo Francis
Não se importe com a origem ou a cor do seu semelhante
O quê que importa se ele é nordestino e você não?
O quê que importa se ele é preto e você é branco?
Aliás branco no Brasil é difícil porque no Brasil somos todos mestiços
Se você discorda então olhe pra trás
Olhe a nossa história
Os nossos ancestrais
O Brasil colonial não era igual a Portugal
A raiz do meu país era multirracial
Tinha índio, branco, amarelo, preto
Nascemos da mistura então porque o preconceito?
Barrigas cresceram
O tempo passou...
Nasceram os brasileiros cada um com a sua cor
Uns com a pele clara outros mais escura
Mas todos viemos da mesma mistura
Então presta atenção nessa sua babaquice
Pois como eu já disse racismo é burrice
Dê a ignorância um ponto final:
Faça uma lavagem cerebral

Negro e nordestino constróem seu chão
Trabalhador da construção civil conhecido como peão
No Brasil o mesmo negro que constrói o seu apartamento ou que lava o chão de uma delegacia
É revistado e humilhado por um guarda nojento que ainda recebe o salário e o pão de cada dia graças ao negro ao nordestino e a todos nós
Pagamos homens que pensam que ser humilhado não dói
O preconceito é uma coisa sem sentido
Tire a burrice do peito e me dê ouvidos
Me responda se você discriminaria
Um sujeito com a cara do PC Farias
Não você não faria isso não...
Você aprendeu que o preto é ladrão
Muitos negros roubam mas muitos são roubados
E cuidado com esse branco aí parado do seu lado
Porque se ele passa fome
Sabe como é:
Ele rouba e mata um homem
Seja você ou seja o Pelé
Você e o Pelé morreriam igual
Então que morra o preconceito e viva a união racial
Quero ver essa musica você aprender e fazer
A lavagem cerebral

O racismo é burrice mas o mais burro não é o racista
É o que pensa que o racismo não existe
O pior cego é o que não quer ver
E o racismo está dentro de você
Porque o racista na verdade é um tremendo babaca
Que assimila os preconceitos porque tem cabeça fraca
E desde sempre não para pra pensar
Nos conceitos que a sociedade insiste em lhe ensinar
E de pai pra filho o racismo passa
Em forma de piadas que teriam bem mais graça
Se não fossem o retrato da nossa ignorância
Transmitindo a discriminação desde a infância
E o que as crianças aprendem brincando
É nada mais nada menos do que a estupidez se propagando
Qualquer tipo de racismo não se justifica
Ninguém explica
Precisamos da lavagem cerebral pra acabar com esse lixo que é uma herança cultural
Todo mundo é racista mas não sabe a razão
Então eu digo meu irmão
Seja do povão ou da "elite"
Não participe
Pois como eu já disse racismo é burrice
Como eu já disse racismo é burrice
Como eu já disse racismo é burrice
Como eu já disse racismo é burrice
Como eu já disse racismo é burrice
E se você é mais um burro
Não me leve a mal
É hora de fazer uma lavagem cerebral
Mas isso é compromisso seu
Eu nem vou me meter
Quem vai lavar a sua mente não sou eu
É você





Leandro De Itaquera - Samba-Enredo 2000

Leandro De Itaquera - Samba-Enredo 2000
Abençoada por Deus......o maior tesouro
Tenho orgulho da minha nação
Quinhentos anos, Brasil......você vale ouro
Ouro.....que reflete no leão
Abençoada por Deus......o maior tesouro
Tenho orgulho da minha nação
Quinhentos anos, Brasil......você vale ouro
Ouro que reflete no leão
Ô ô ô ô ô.....minha pátria, meu amor
Parabéns, Leandro de Itaquera
Uma nova era começou
Dádiva da natureza
De rara beleza.....que esplendor....ô ô ô
Delírio na corte, era febre do ouro
Bendito seja o descobridor
No apogeu, enriqueceu....enlouqueceu, a multidão
Abalou estruturas, fincando bandeiras
Destrui impérios, trouxe a ambição
Despertou a Guerra, o....selo real
Cobrança na mineração
Com fé e esperança, dançam pela paz
O negro....canta em sua devoção
Viva Chico Rei
Ecoa....um grito na senzala
Olha ali, olha lá!
Viva Chico Rei
A voz do negro não se cala
E...as....sim...marcando aquele reinado
Luxo desvairados e riquezas
Esbanjava a nobreza, pois havia um tratado
Lá em Vila Rica
Destacavam-se artistas, a.....mém
Como nos dias de hoje
Tem poucos com muito





Liberdade - Bezerra da Silva

Brasil, o teu imenso tesouro
não são as minas de ouro
nem o petróleo, nem o café
o teu tesouro se resume em nove letras,
eu vou te escrever qual é:
L-I-B-E-R-D-A-D-E (2x)

Liberdade epopéia de glória
consagrada em lutas memoráveis
que ficaram na história
desde o grito do Ipiranga
simboliza nossa calhardia
somos amantes da liberdade
defensores da democracia
meu Brasil
(2x)





Literatura Faraônica - Olodum

Do mundo faraônico
Do mundo de Amon
Do mundo faraônico
Do mundo de Aton
Eu disse
África sensei
Safari é o mundo assim
Emanai, emanai, emanai
Pra todo universo
Sou Olodum arerê
Sou Olodum aêa
Somos negros e fazemos parte da sua cultura
O Olodum a cantar
E o Pelourinho a se agitar
O Olodum faz parte da nossa literatura
Foi subindo o Pelourinho
Que um dia ouvi um som, me falava com clareza
Dos tesouros de Tuthakamon
Hoje lendário como um trovão
Acende estrelas que se apagaram
A sua chama queima mais forte
Guerreiro fogo Deus do Pelô ô ô..





Areias Escaldantes - Lulu Santos

A caravana cruzando o deserto
Brilhando ao sol do Oriente Médio
Pelas areias escaldantes desse branco mar
Escuros beduínos são guerreiros mouros de sangue e paixão
Medo e mistério das trilhas no oásis do amor
A noite cai no deserto e nas tendas
A luz do fogo ilumina os corpos
De belas nuas dançarinas, são vulcões de mel
Perfume de aventura inundando o ar de emoção e calor
Luxo e luxúria nas noites do oásis do amor
A caravana do delírio se perdeu de mim
Sozinho no deserto me senti feliz e cantei para o céu
Em plena miragem da luz no meio do dia





Luta De Classes - Cidade Negra

Tudo que eu posso ver
(Essa neblina...)
Cobrindo o entardecer
Em cada esquina
Tudo que eu posso ver
(Essa fumaça...)
Cobrindo o entardecer
Em cada vidraça
Mas eu quero te contar os fatos
Eu posso mostrar fatos pra você
É só ter um pouco mais de tato
Que fica claro pra você
Desde a antiguidade
As coisas estão assim, assim.
Os homens não são iguais, não são.
Não são iguais, enfim!
Daí toda essa história
Daí a história surgiu
Escravos na Babilônia,
Trabalhador no Brasil.
Tudo que eu posso ver
(Essa neblina...)
Cobrindo o entardecer
Em cada esquina
Tudo que eu posso ver
(Essa fumaça...)
Cobrindo o entardecer
Em cada vidraça
Mas veio o ideário
Da tal revolução burguesa
Veio o ideário, veio o sonho socialista.
Veio a promessa de igualdade e liberdade
Cometas cintilantes que se foram pela noite
Existirão enquanto houver um maior!
Daí é que veio a história
Daí a história surgiu
Escravos na Babilônia,
Trabalhador no Brasil.
Do antigo Egito à Grécia e Roma
Da Europa feudal
Do mundo colonial
Do mundo industrial
Na Rússia stanilista e allstrips
Em Cuba comunista
E no Brasil?
E no Brasil, hein?
Daí é que veio a história
Daí a história surgiu
Escravos na Babilônia,
Trabalhador no Brasil.
Baixada!!
(Essa neblina...)
Chega junto, baixada!!
(Essa esquina...)
Cobrindo o entardecer
Em cada esquina
Tudo o que eu posso ver
(essa fumaça)
Cobrindo o entardecer
Em cada vidraça





Lutar É Preciso - Olodum

Povo trazido do seio da África
Fez o Pelourinho virar páginas
Trouxeram o primeiro, o segundo e o terceiro
E foram tantas cabeças que eu nem sei contar a a a a...
Ding ding ding ô... Ding ding ding á
Ding ding ding ô... Ding ding ding á
Espalharam o negro no mundo inteiro
Pára, pára, pára de me enganar ááá
Pára, pára, pára de nos enganar ááá
Pelourinho Pelô
Pelô, Pelô, Pelourinho
Pelourinho, povo, sofrimento sempre
Crianças descalças morando nos becos ô
Ding ding ding ô... Ding ding ding á
Ding ding ding ô... Ding ding ding á
Pelourinho Pelô
Pelô, Pelô, Pelourinho
Sofrimento sempre, vai Olodum, ensina esse povo a lutar aaaa...
Com seu canto, forte Olodum, esses guetos precisam acabar
Mostrar as armas, pois lutar é preciso, a mentira vai ter que morrer
E o fim da fome que destrói a esperança qualquer dia vai acontecer
Ding ding ding ô... Ding ding ding á
Ding ding ding ô... Ding ding ding á
Pelourinho Pelô
Pelô, Pelô, Pelourinho





Madagascar Olodum - Olodum

Criaram-se vários reinados
O ponto de Imerinas ficou consagrado
Ranbosalama o vetor saudável
Ivato cidade sagrada
A rainha Ranavalona destaca-se
na vida e na mocidade
Majestosa negra
Soberana da sociedade
Alienado pelos seus poderes Rei Radama
Foi considerado um verdadeiro Meiji
Que levava seu reino a bailar
Bantos, indonésios, árabes
Integram a cultura Malgaxe
Raça varonil alastrando-se pelo Brasil
Sankara vatolay faz deslumbrar toda a naçao
Merinas, povos, tradição
E os mazimbas foram vencidos pela invenção
Iê êê
Sakalavas oná ê
Iá áá
Sakalavas oná á
Iê êê
Sakalavas oná ê
Iá áá
Sakalavas oná á
Madagascar
Ilha, ilha do amor
Madagascar
Ilha, ilha do amor
Madagascar
Ilha, ilha do amor
Madagascar
Ilha, ilha do amor

E viva Pelô, Pelourinho
Patrimônio da humanidade
É Pelourinho, Pelourinho
Palco da vida e negras verdades
Protestos, manifestações
Faz Olodum contra o Aphartheid
Juntamente com Madagáscar
Evocando igualdade, liberdade a reinar
Iê êê
Sakalavas oná ê
Iá áá
Sakalavas oná á
Iê êê
Sakalavas oná ê
Iá áá
Sakalavas oná á
Madagascar
Ilha, ilha do amor
Madagascar
Ilha, ilha do amor
Madagascar
Ilha, ilha do amor
Madagascar
Ilha, ilha do amor
Aiêêê Madagascar Olodum
Aiêêê eu sou o arco-íris de Madagascar
E eu disse aiêêê
Aiêêê Madagascar Olodum
Aiêêê eu sou o arco-íris de Madagascar
Iê êê
Sakalavas oná ê
Iá áá
Sakalavas oná á
Iê êê
Sakalavas oná ê
Iá áá
Sakalavas oná á
Madagascar
Ilha, ilha do amor
Madagascar
Ilha, ilha do amor
Madagascar
Ilha, ilha do amor
Madagascar
Ilha, ilha do amor
Madagascar
Ilha, ilha do amor
Madagascar
Ilha, ilha do amor





Mahatma Olodum - Olodum

A força prudente da raça
É o brilho do povo
êh áh
Que canta de novo
O swing Olodum
Revela as certezas
Grandezas
Dos povos de la
Ariás da terra e Bud
E cante para Deus ajudar
Mahatma se foi
Mas fez o ceu papel
Liberdade de um povo
Terra, mar e ceu
A India uma paz
Da peninsula situada
Entre o Indico
E a Cordilheira do Imalaia
Pelooo,
Amooooor
De laaaaaaaa
Indía
Eh (bis)
A verdadeira historia da India
O Olodum vem nos contar
A Soca e Buda
Filhos de um Raja
Soberana de um grande poder
Ao qual se destaca o budismo
Religiosamente
Na fe e o idruismo
Oriunda na nova cultura
na qual se destaca a arquitetura
a Arte, a Ciencia
E a Literatura
Me leva Olodum
Pra la
Pra India
De Mahatma
Me leva Olodum
Mare
Pra India
Nos caminhos da fe
Pelooo,
Amooooor
De laaaaaaaa
Indía
Eh





Mangueira - Samba Enredo 1988

Cem anos de liberdade, realidade e ilusão
Será...
Que já raiou a liberdade
Ou se foi tudo ilusão
Será...
Que a lei áurea tão sonhada
Há tanto tempo assinada
Não foi o fim da escravidão
Hoje dentro da realidade
Onde está a liberdade
Onde está que ninguém viu
Moço
Não se esqueça que o negro também construiu
As riquezas do nosso brasil
Pergunte ao criador
Quem pintou esta aquarela
Livre do açoite da senzala
Preso na miséria da favela
Sonhei...
Que zumbi dos palmares voltou
A tristeza do negro acabou
Foi uma nova redenção
Senhor...





Mangueira - Samba Enredo 1956

O grande presidente
No ano de 1883
No dia 19 de abril
Nascia getúlio dorneles vargas
Que mais tarde seria o governo do nosso brasil
Ele foi eleito a deputado
Para defender as causas do nosso país
E na revolução de 30 ele aqui chegava
Como substituto de washington luiz
E do ano de 1930 pra cá
Foi ele o presidente mais popular
Sempre em contato com o povo
Construindo um brasil novo
Trabalhando sem cessar
Como prova em volta redonda a cidade do aço
Existe a grande siderúrgica nacional
Que tem o seu nome elevado no grande espaço
Na sua evolução industrial
Candeias a cidade petroleira
Trabalha para o progresso fabril
Orgulho da indústria brasileira
Na história do petróleo do brasil
Ô ô
Salve o estadista idealista e realizador
Getúlio vargas
O grande presidente de valor
Ô ô





Mangueira - Samba Enredo 1961

Recordações do rio antigo
Rio cidade tradicional
Teu panorama é deslumbrante
É uma tela divinal
Rio de janeiro
Da igreja do castelo
Das serestas ao luar
Que cenário tão singelo
Mucamas sinhás moças e liteiras
Velhos lampiões de gás
Relíquias do rio antigo
Do rio antigo
Que não volta mais
Numa apoteose de fascinação
As cortes deram ao rio
Requintada sedução
Com seus palácios
Majestosos altaneiros
Rio dos chafarizes
E sonoros pregoeiros
Que esplendor! quantos matizes!
Glória a estácio de sá
Fundador desta cidade tão formosa
O meu rio de janeiro
Cidade maravilhosa





Mangueira - Samba Enredo 1964

História de um preto velho
Era uma vez um preto velho
Que foi escravo
Retornando a senzala
Para historiar o seu passado
Chegando a velha bahia
Já no cativeiro existia
Preto velho foi vendido
Menino a um senhor
Que amenizou a sua grande dor
Quando no céu a lua prateava
Que fascinação
Preto velho na senzala
Entoava uma canção
Ô ... ô... ô...
Ô ... ô... ô... ô... ô... ô... ô... ô... ô...
Ô ... ô... ô... ô... ô... ô... ô... ô... ô...
Conseguiu tornar realidade
O seu ideal a liberdade
Vindo para o rio de janeiro
Onde o progresso despontava
Altaneiro
Foi personagem ocular
Da fidalguia singular
Terminando a história
Cansado da memória
Petro velho adormeceu
Mais o lamento de outrora
Que vamos cantar agora bis
Jamais se esqueceu
Ô ... ô... ô...
Ô ... ô... ô... ô... ô... ô... ô... ô... ô...
Ô ... ô... ô... ô... ô... ô... ô... ô... ô...





Mangueira - Samba Enredo 1969

Mercadores e suas tradições
Abriu-se
A cortina do passado
Neste palco iluminado
Onde tudo é carnaval
Vamos recordar
Nesta grande apoteose
Uma história triunfal
Brasil dos mercadores
Aventureiros e sonhadores
Desbravaram o sertão
Deste imenso rincão
Foi tão sublime
O ideal dos pioneiros
Bandeirantes de um progresso
Soberano e altaneiro
Na imensidão de nossas matas
Cachoeiras e cascatas
Fontes de riquezas naturais
Era extraido o tesouro
Onde imperava o ouro
E os verdes canaviais
Em vila rica os mercadores
Ostentavam seus brasões
Nos elegantes salões
Longe ao longe então se ouvia
A suave sinfonia
Dos mascates em pregões
Glória a estes bravos
Que lutaram por um ideal
E conseguiram conquistar
As riquezas do brasil colonial





Mangueira - Samba Enredo 1975

Imagens poéticas de jorge de lima
Na epopéia triunfal
Qua a literatura conquistou
Em síntese de um sonho
O poeta tão risonho
Assim se consagrou ô ô ô
Ô ô ô ô ô
Esta é a negra fulô
Uma obra fascinante
Que o poeta tão brilhante
O povo admirou
Jorge de lima em alagoas nasceu
Ouviu tudo dos antigos
O que aconteceu
Com os escravos na senzala
E no quilombo dos palmares
Foi um sábio que seguiu as tradições
Com seus versos poemas e canções
Boneca de pano a jóia rara
Calabar e o acendedor de lampiões
Zumbi floriano e padre cícero
Lampião e o pampaé o amor





Mangueira - Samba Enredo 1985

Abram alas, que eu quero passar
É carnaval
O samba faz vibrar a multidão
Lá vem mangueira
Não posso conter a minha emoção
Vamos reviver o rio antigo
Onde chiquinha se fez imortal
Oh! deusa da folia
Rainha do meu carnaval
Eu sou da lira
Não vou negar
O abram alas que eu quero passar
Só não passa a saudade
A saudade que ficou no seu lugar
Liberdade
Oh! falsa realidade
Liberdade
O sonho foi morar n’outra cidade
Desprezou a burguesia
E o requinte dos salões
Abraça a boemia
E deixa na boca do povo
Mais de mil canções
Roda baiana





Mangueira - Samba Enredo 1988

Cem anos de liberdade, realidade e ilusão
Será...
Que já raiou a liberdade
Ou se foi tudo ilusão
Será...
Que a lei áurea tão sonhada
Há tanto tempo assinada
Não foi o fim da escravidão
Hoje dentro da realidade
Onde está a liberdade
Onde está que ninguém viu
Moço
Não se esqueça que o negro também construiu
As riquezas do nosso brasil
Pergunte ao criador
Quem pintou esta aquarela
Livre do açoite da senzala
Preso na miséria da favela
Sonhei...
Que zumbi dos palmares voltou
A tristeza do negro acabou
Foi uma nova redenção
Senhor...





Mangueira - Samba Enredo 1990

E deu a louca no barroco
Viveu
Em vila rica a cinderela
Entre sonhos e quimeras
De raríssimo esplendor
Brilhou
Como o sol da primavera
E a beleza de uma flôr
E assim | bis
Imperando nos salões
Em seu doce delírio
Conquistou corações
Acalentou o ideal da liberdade
E transformou toda mentira
Na mais fiel realidade
Vai...
Contar a história do infinito
Vai...
Não haverá amanhecer
Vai dizer que foi esculturada
Que sofreu por amor
E foi amada
Musa inspiradora
Luz de uma canção
Bailando na imensidão
Sinhá olimpia
Quem é você
Sou amor sou esperança
Sou mangueira até morrer





Mangueira - Samba Enredo 1997

O olimpo é verde e rosa
A luz
Se fez nascer de um novo dia
E a mangueira em poesia
Fez luzir um clarão
Criou a juventude campeã
De corpo são e mente sã
É o brasil do amanhã
Na grécia antiga
Onde zeus fez a morada
A hostilidade acontecia
Olímpia se tornou sagrada
Numa sábia decisão
Criaram os jogos da paz
Falou a voz da razão
Guerra nunca mais
Nero o cruel sonhador
Entrou na competição
Disputou só se fez campeão
Um grande imperador
Não deixou continuar
E fez a chama
Do olimpo se apagar
Graças ao barão de coubertin
As olimpíadas voltaram
É o amor e a liberdade
Exaltando o valor e a igualdade
Assim como o barão
Mangueira o santuário da esperança
O olimpo é verde e rosa
É o esporte na cultura da criança
De braços abertos sou o rio de janeiro
Dois mil e quatro
É o sonho brasileiro





Mangueira - Samba Enredo 2002

Vou invadir o nordeste,
seu cabra da peste
sou Mangueira
com forró e xaxado,
o filho do chão rachado
vem com a Estação Primeira
Mangueira encanta
E canta a história que o povo faz, ô, ô, ô, ô,
Vem mostrar a nação do valente sertão
De guerras e de sonhos imortais
A cada invasão, uma reação
Pra cada expedição, um brado surgia
Brilhou o sol no sertão
À luz de um novo dia
Lendas e crendices,
mistérios que vêm ao luar
No Velho Chico naveguei, com meu cantar
No canto e na dança
No pecado ou na fé, vou seguir no arrasta-pé
Deixa o povo aplaudir
Ao som da sanfona
Vou descendo a ladeira
Com o trio da Mangueira
“doce Cartola”, sua alma está aqui
Padim, Padre Ciço, faça chover alegria
Pra que cada gota seja o pão de cada dia
Jogo flores ao mar pra saudar Iemanjá
E na lavagem do Bonfim, eu peço axé
Terra encantada e predestinada
Tua beleza não tem fim
Brasil, no coração eu levo paz
Pau-de-arara nunca mais
Vou invadir o nordeste,
seu cabra da peste
sou Mangueira
som forró e xaxado, o filho do chão rachado
vem com a Estação Primeira





Mangueira - Samba Enredo 2004

Mangueira redescobre a estrada real... e deste eldorado faz seu
Carnaval
Mangueira,
Um brilho seduziu o meu olhar,
Me fez encontrar
A estrada do sonho,
“real” desejo de poder e ambição.
As trilhas, bordadas em ouro,
Levaram tesouros, a caminho do mar. (teu chão)
Teu chão é um retrato da história
E o tempo não pôde apagar
Hoje descubro a beleza
Que faz a riqueza voltar.
Por belos recantos andei,
Das suas águas provei,
De mansinho eu peço passagem,
A mangueira vai seguir viagem.
Que tempero bom...
Pode avisar que a comida está na mesa.
Se a pinga não “pegar”
Eu chego ao rio com certeza.
Na arte, eu vi obras que o gênio esculpiu,
Igrejas, o barroco emoldura o brasil,
Ó minas,
És um berço de cultura, és raiz,
Que brilha forte em verde e rosa,
Herança e patrimônio de um país.
Eu vou embarcar...
Na estação primeira,
Tesouro do samba, minha paixão,
Eh, trem bão!





Mangueira - Samba-Enredo 2008

Ao som de clarins
Descendo a ladeira
Sou Mangueira
Tem frevo no samba,
Deu nó na madeira
Orgulho da cultura brasileira
A majestade é o povo,
Sem o povo história não há
Estende o brasão, reflete o leão,
Símbolo de garra e união
Capoeira invade os salões
Mascarados, despertam dragões
E pelas ruas, vem Zé Pereira,
Arrastando a multidão
Nascia o frevo contagiando toda a massa
E até hoje tem Colombina e seus amores
Passo no bloco das flores
O profano é sagrado no maracatu
Nos cem anos de história, desperto a alvorada
Brincando no Galo da Madrugada
Invade a cabeça, o corpo, embala os pés
Delírio da massa, um fervo!
É a Mangueira no passo do frevo
Voltei de sombrinha na mão
Sonhando em gritar é campeã
Mandou me chamar, eu vou
Pra Recife festejar
Alegria no olhar, eu vejo
É frevo, é frevo, é frevo





Mangueira - Samba Enredo 1997

O olimpo é verde e rosa
A luz
Se fez nascer de um novo dia
E a mangueira em poesia
Fez luzir um clarão
Criou a juventude campeã
De corpo são e mente sã
É o brasil do amanhã
Na grécia antiga
Onde zeus fez a morada
A hostilidade acontecia
Olímpia se tornou sagrada
Numa sábia decisão
Criaram os jogos da paz
Falou a voz da razão
Guerra nunca mais
Nero o cruel sonhador
Entrou na competição
Disputou só se fez campeão
Um grande imperador
Não deixou continuar
E fez a chama
Do olimpo se apagar
Graças ao barão de coubertin
As olimpíadas voltaram
É o amor e a liberdade
Exaltando o valor e a igualdade
Assim como o barão
Mangueira o santuário da esperança
O olimpo é verde e rosa
É o esporte na cultura da criança
De braços abertos sou o rio de janeiro
Dois mil e quatro
É o sonho brasileiro





Mangueira - Samba Enredo 2001

A seiva da vida
Nos mares da poesia, naveguei
Cruzando as fronteiras do tempo
Eu aportei... nas terras de canaã
O povo fenício encontrei
Do cedro, construíam as embarcações
Banhando com sabedoria,
Outras civilizações
E a expansão comercial
Gerou o intercâmbio cultural
Mistério! a seiva da vida
Chega ao país do carnaval
É prometida, esta terra!
Abençoado nosso chão
Onde a semente da paz é verde e rosa
E brota no meu coração
Da arte assíria, a inspiração
O rei mandou construir
O monumento ao amor
E a rainha negra ofertou
Tem mascates, troca-troca, gritaria
A dança do ventre até hoje contagia
Vou pro saara comprar, no dia-a-dia
Descendo o morro
Vou vendendo alegria
Eu sou a essência do samba,
A minha raíz é de bamba
Sou mangueira
O tronco forte que dá fruto
A vida inteira





Mangueira - Samba Enredo 2006

Vou navegar...
Com a minha Estação Primeira
Nas águas da "integração", chegou Mangueira
Opará... rio-mar, o nativo batizou
Quem chamou de São Francisco foi navegador
Na serra, ele nasce pequenino
Ilumina o destino, vai cumprir sua missão
Se expande pra mostrar sua grandeza
Gigante pela própria natureza
A carranca na mangueira vai passar
Minha bandeira tem que respeitar
Ninguém desbanca minha embarcação
Porque o samba é minha oração
Beleza o bailar da piracema
Cachoeiras, um poema à preservação
Lendas ilustrando a história
Memórias do valente Lampião
Mercado flutuante, um constante vai-e-vem
Violeiro, sanfoneiro, que saudade do meu bem
O sabor desse tempero, eu quero provar
Graças à irrigação, o chão virou pomar
E tem frutas de primeira pra saborear
Um brinde à exportação, um vinho pra comemorar
O velho Chico! É pra se orgulhar
O sertanejo sonhou
Banhou de fé o coração
E transbordou em verde-e-rosa
A esperança do sertão





Mangueira - Samba Enredo 2000

Dom obá ii - rei dos esfarrapados,príncipe do povo
Axé, mãe áfrica
Berço da nação iorubá
De onde herdei o sangue azul da realeza
Sou guerreiro de oyó
Filho de orixás
Vim da corte do sertão
Pra defender a nossa pátria mãe gentil
Sou “dom obá”, o príncipe do povo,
Rei da ralé
Nos meus delírios, um mundo novo
Eu tenho fé
No rio de lá
Luxo e riqueza
No rio de cá
Lixo e pobreza
Frequentei o palácio imperial
Critiquei a elite no jornal
Desejei liberdade
500 anos brasil
E a raça negra não viu
O clarão da igualdade
Fazer o negro respirar felicidade
Sonho ou realidade?
Uma dádiva do céu (do céu, do céu)
Vi no morro da mangueira
Sambar de porta-bandeira
A princesa isabel





Mar Lagoa - Olodum

Sou filho do mar quero levar
seu corpo envolvente de sereia pro mar
seu canto encanta o meu ego
então simplesmente me entrego
só prá você
(Refrão)
É de mar lagoa
menina não fique assim a toa
é de mar lagoa
o clima é a assim nessa canoa
quero te encontrar
na barca Olodum vamos navegar
É lindo ver o por do sol
no entardecer
eu e você
nós dois transbordando de prazer
(Refrão)
É de mar lagoa
menina não fique assim a toa
É de mar lagoa
o clima é assim nessa canoa
quero te encontrar
na barca Olodum vamos navegar
Qual de vocês é Espartacus?
Que ousou a desafiar Roma
com a sua Legião de Gladiadores
Palavras de Crasso ao derrotar
o exército de Gladiadores de
Espartacus que desafiou Roma





Mentiras do Brasil - Gabriel O Pensador

Era uma vez duas criancinhas
Um mundo do faz de conta era onde eles viviam
Seus nomes eram José e Maria
E verde e amarelo era a bandeira que vestiam
Queriam viver com felicidade mas pra isso era preciso saber sempre a verdade
Os adultos hipócritas provocavam sua ira
Pois quem é puro não gosta de conviver com a mentira
Mas Zezinho e Maria eram puros porém sabidos
Deixavam tapados um dos lados de seus ouvidos
Pra não entrar por aqui e sair por ali
O que escutavam e achavam importante refletir
E na TV as estórias que os adultos contavam
Eles gostavam de ver
Mas nem sempre acreditavam
Se revoltavam vendo coisas que até cego já viu
E resolveram fazer uma lista com...

| As maiores mentiras do Brasil
| Vocês e suas mentiras vão pra... (primeiro de abril!)
| As maiores mentiras do Brasil
| Vocês e suas mentiras vão pra... (primeiro de abril!)

E uma mentira absurda encabeçava o rol:
Deus é brasileiro... (Só se for no futebol!)
Certas frases conhecidas são mentiras e ninguém nega
(por exemplo?) "A justiça é cega!"
Quem prega isso é canalha (psh! Não espalha)
Porque aqui a justiça tarda... E falha!
E o Zezinho gargalha com outra mentira boçal
(qual?) "O brasileiro é cordial" aha!
Mas que gracinha, imagina se não fosse!
Se o brasileiro é amável, Adolf Hitler é um doce
Porque a lei de Gérson é o nosso evangelho
Todos querem se dar bem e não se respeita nem os velhos
Dizem também que o pobre é malandro
Mas o povão tá só ralando e quem tá armando são os grandes empresários e empreiteiros
Mas até hoje só prenderam o PC e os bicheiros
No país da impunidade tudo é contraditório
Deixam o resto em liberdade em troca de um simples bode expiatório
Que situação patética
É real ou ilusório o processo de restauração da ética?
Será que é boato? Zezinho e Maria perguntavam
E enquanto isso anotavam...

Mentira tem perna curta e se desmente facilmente
Zezinho estava em frente a uma loura linda e inteligente
E tem gente que diz que toda mulher bonita é burra
Quem acredita merece uma surra
Dizem que o bebê vem da cegonha
E que cresce pelo mão se bater uma bronha
Mas o pequeno Zé não acreditava
E se crescesse ele raspava
A lista de mentiras aumentava:
Comunista come criancinha, Aids é doença de gay
"Mentira!" (seu comunista, bota camisinha!)
Mariazinha ficou mocinha e descobriu que era caô
Que só existia sexo com amor
Aprendeu a falar inglês e viu que não é só filme brasileiro que tem muito palavrão
Pois foi no cinema e ouviu tudo o que eles cortam na legenda e na dublagem da televisão
Queriam as verdades sem cortes
Queria liberdade
Queriam independência ou morte
Perguntaram ao fantasma de Cabral a história real entre Brasil e Portugal:
"Não foi sem querer que descobrimos vosso país
Nós portugueses não somos burros como se diz!"
Outra piada que não era nada séria era que a seca do Nordeste era a culpada da miséria
Desculpa esfarrapada puro blá, blá, blá...
Pois se os políticos quisessem eles faziam o sertão virar mar!
Tem também a lenda eterna da falta de verbas
As moscas mudam mas é sempre a mesma merda...
E a lista continua sem parar
Com mentiras que o Pinóquio teria vergonha de contar

Diziam que o Brasil é o país do futuro
Mas eles viram que o melhor era viver o presente
Zezinho e Maria decidiram mostrar pra todo mundo que é mentira que o Brasil não vai pra frente!
Eram crianças
Tinham muita esperança
Mas não queriam esperar pois quem espera nunca alcança
Acharam nojento todo aquele fingimento
E começaram a ficar violentos
(O brasileiro tá cansado de ser enganado
Daqui pra frente os mentirosos serão enforcados)
E começaram assim uma revolução
Controlaram todos os meios de comunicação
E revelaram sua lista com as milhões de mentiras
Que atrasavam a ordem e o progresso da nação
Só tinham uma saída pro país
Acabar com as mentiras pela raiz
E como toda revolução deixa cicatriz
O sangue jorrou feito um chafariz
Foi uma vitória do povo e no final da conquista
Zezinho e Maria puseram fogo na lista das...

E ao voltarem pra casa encontraram seu pai emocionado por tudo que eles tinham aprontado
Uma nova era tinha começado e não era à toa que os olhos do coroa estavam encharcados
Uma lágrima desceu e Zezinho percebeu que descobria mais uma mentira nessa hora...
Homem também chora





Meus Direitos - Edson Gomes

Oh, mam? África
Oh, mam? África
Oh, mam? África
Oh, mam? África
Tanto tempo que a gente est?aqui
No Brasil
Tanto tempo que a gente est?assim
No Brasil
Tanto tempo que a gente est?aqui
No Brasil
Tanto tempo que a gente est?assim
Sem ter educação
Sem ter oportunidade
Sem ter habitação
Sem ser membro da sociedade
Somos alvo da incoer?cia
V?imas da prepot?cia
Dos racistas, dos racistas, dos racistas
Quero meu direito de crescer na vida
Quero sim
Quero meu direito de vencer na vida
Quero meu direito de crescer na vida
Quero sim
Quero meu direito de vencer na vida
Oh, mam? África
Oh, mam? África
Oh, mam? África
Oh, mam? África
Quero ter o direito de ser
O que eu quiser ser
Quero ter o direito de ser
O que eu quiser
Quero ter o direito de ser
O que eu quiser ser
Quero ter o direito de ser
O que eu quiser
Somos alvo da incoer?cia
V?imas da prepot?cia
Dos racistas, dos racistas, dos racistas
Quero meu direito de crescer na vida
Quero sim
Quero meu direito de vencer na vida
Quero meu direito de crescer na vida
Quero sim
Quero meu direito de vencer na vida
Oh, mam? África
Oh, mam? África
Oh, mam? África
Oh, mam? África





Mocidade Alegre - Samba Enredo 2000

O vira-vira virou ( Virou, virou )
Olha a Mocidade aí
Na virada do milênio vem sacudir
Hoje pra deleite nacional
Vem tecer um carnaval... De amor...
Sonha e conquista Nassau seu ideal...
Que esplendor!
Do seu governo então, surgiu uma nação
Na fauna e flora teve sua inspiração
Outros estados conquistou
Aos Senhores de Engenho financiou
Olinda reedificou, com modelo holandês
Muitas coisas fez, muito contribuiu
Com seus costumes e crenças no Brasil
Liberdade, liberdade... Que emoção... !
O velho mundo viu, em telas meu Brasil
Com sutileza as riquezas deste chão
Valeu, por tudo valeu
Da semente ficou, profunda raiz
Num sentimento nasceu, floresceu
O nativismo fez unir todo país
Vem nestes versos vem
O passado está presente pra contar
As maravilhas mil, pros olhos de quem não viu
Vem comemorar
A História faz história pra cantar
Brilha... Brilha canta e encanta
Meu Brasil-Holanda, tropical
Mocidade Alegre - Samba Enredo 2001
Samba-enredo - "A lenda da lenda: do Fascínio de Ophir ao
Mistério das Encantadas"
A Mocidade é mistério e magia
É sonho e fantasia que esplendor
Encanto e fascinação
Pro seu coração... vem amor!
Lenda vamos mostrar pra você (vem ver)
Antes de Cristo nascer
Navegou pra conquistar
África era o destino da realeza
Dos fenícios buscando riquezas
Originou-se então Ophir
Pindorama fauna, flora que encanta
Exuberância sem igual
Terra da dança, da lua, dos deuses
Das grandes mulheres guerreiras, Tupinambás
Da aliança de Reis surgiu
Prosperou Nova Canaã
Explorou-se riquezas mil
Que fama e cobiça atraiu
Ouro, prata, ferro e cobre "quem vai querer"
Pau-Brasil e pedrarias 'tem pra vender'
De Pindorama pra você
E assim tudo ia muito bem, esqueceram-se porém
Do Deus das profundidades, nos festejos da cidade
Tudo que era felicidade, com sua ira destruiu
Em noite de lua cheia
A Morada do Samba incendeia
A lenda é lenda no Piauí, eis aqui!
Mocidade Alegre - Samba Enredo 2006
Das Lágrimas de Iaty surge o Rio, do Imaginário Indígena a Saga
de Opara,Para os Olhos do Mundo um Símbolo de Integração
Nacional: Rio São Francisco"
Um grande rio as formou
Pelas lágrimas de Iaty
Na consagração do sol e da lua
Homem branco veio invadir
E despertou das profundezas maus espíritos
Jacy a grande noite provocou
Ao proteger o paraíso do invasor
Visando o Eldorado a procura de riquezas
A cobiça prevaleceu
Batalhas e guerras sangrentas
No coração da mata o índio defendeu o que era seu
Na dança do Pajé
Um ritual de fé... O Toré
Se o pescador o Velho Chico encara
Se encanta nas águas... De lara
Vapor encantado, mistérios no ar
Lá vai sertanejo, estórias contar
Miscigenação... Rica cultura o tempo ultrapassou
Festa do Divino, Romaria abençoou
Vai a carranca todo mal espantar
Vem repentista canta esse santuário
Um rio de integração nacional
Terra Mãe , pede proteção
Resgata a "Tribo Brasil"
O futuro está em nossas mãos
Corre nas veias do sertão
"Opará" a salvação
Vamos preservar
Vem a Morada do Samba... Navegar





Mocidade Independente de Padre Miguel - Samba-Enredo 1985

Desse mundo louco
De tudo um pouco
Eu vou levar pra 2001
Avançar no tempo
E nas estrela fazer meu Ziriguidum
(meu Ziriguidum)
Nos meus devaneios
Quero viajar
Sou a Mocidade
Sou Independente
Vou a qualquer lugar (bis)
Vou à Lua, vou ao Sol
Vai a nave ao som do samba
Caminhando pelo tempo
Em busca de outros bambas (bis)
Quero ver no céu minha estrela brilhar
Escrever meus versos à luz do luar
Vou fazer todo o universo sambar!
Até os astros irradiam mais fulgor
A própria vida de alegria se enfeitou
Está em festa o espaço sideral
Vibra o universo hoje é carnaval
Quero ser a pioneira
A erguer minha bandeira
E plantar minha raiz (bis)





Monólogo ao Pé do Ouvido - Chico Science

Modernizar o passado
É uma revolução musical
Cadê as notas que estavam aqui
Não preciso delas
Basta deixar tudo soando bem aos ouvidos
O medo dá origem ao mal
O homem coletivo sente a necessidade de lutar
O orgulho, a arrôgancia, a glória
Enche a imaginação de domínio
São demônios os que destroem o poder
Bravio da humanidade

Viva Zapata!
Viva Sandino!
Viva Zumbi!
Antônio Conselheiro
Todos os Panteras Negras
Lapião sua imagem e semelhança
Eu tenho certeza eles também cantaram um dia





MORRO VELHO - MILTON NASCIMENTO

No sertão da minha terra, fazenda é o camarada que ao chão se deu
Fez a obrigação com força, parece até que tudo aquilo ali é seu
Só poder sentar no morro e ver tudo verdinho, lindo a crescer
Orgulhoso camarada, de viola em vez de enxada
Filho do branco e do preto, correndo pela estrada atrás de passarinho
Pela plantação adentro, crescendo os dois meninos, sempre pequeninos
Peixe bom dá no riacho de água tão limpinha, dá pro fundo ver
Orgulhoso camarada, conta histórias prá moçada
Filho do senhor vai embora, tempo de estudos na cidade grande
Parte, tem os olhos tristes, deixando o companheiro na estação distante
Não esqueça, amigo, eu vou voltar, some longe o trenzinho ao deus-dará
Quando volta já é outro, trouxe até sinhá mocinha prá apresentar
Linda como a luz da lua que em lugar nenhum rebrilha como lá
Já tem nome de doutor, e agora na fazenda é quem vai mandar
E seu velho camarada, já não brinca, mas trabalha.





Mulher Nova, Bonita e Carinhosa - Zé Ramalho

Numa luta de Gregos e Troianos
Por Helena mulher de Menelau.
Conta a história que um cavalo de Pau
Acabava uma Guerra de dez anos.

Menelau o maior dos Espartanos
Em seu pais, o grande sedutor
Humilhando a família de Heitor
Em defasa da honra caprichosa

Mulher nova bonita e carinhosa
Faz um homem gemer sem sentir dor.

Alexandre figura desumana
Fundador da famosa Alexandria
Conquistava na Grécia e destruía
Quase toda a população Tebana.
A beleza cariva de Rotana
Dominava o maior conquistador
Tendo ela vencido o vencedor
Entregou- se à pagã mais que formosa

Mulher nova bonita e carinhosa
Faz um homem gemer sem sentir dor.

Na velhice o sujeito nada faz a não ser a igreja que visita
Mas se um dia encontrar a mulher bonita,
ele troca Jesus por Barabás ( ele sabe o que faz... )

Lembra logo o tempo de rapaz
Diz prá ela me ame por favor
A resposta que tem é não senhor
Tua idade passou deixe de prosa
Mulher nova bonita e carinhosa
Faz um homem gemer sem sentir dor.





Mulheres de Atenas - Chico Buarque/Augusto Boal

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seu maridos, orgulho e raça de Atenas
Quando andas, se perfumam
Se banham com leite, se arrumam
Suas melenas
Quando fustigadas não choram
Se ajoelham, pedem, imploram
Mais duras penas
Cadenas

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Sofrem pros seus maridos, poder e força de Atenas
Quando eles embarcam, soldados
Elas tecem longos bordados
Mil quarentenas
E quando eles voltam sedentos
Querem arrancar violentos
Carícias plenas
Obscenas

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Despem-se pros maridos, bravos guerreiros de Atenas
Quando eles se entopem de vinho
Costumam buscar o carinho
De outras felenas
Mas no fim da noite, aos pedaços
Quase sempre voltam pros braços
De suas pequenas
Helenas

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Geram pros seus maridos os novos filhos de Atenas
Elas não têm gosto ou vontade
Nem defeito nem qualidade
Têm medo apenas
Não têm sonhos, só têm presságios
Lindas sirenas
Morenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Temem por seus maridos, heróis e amantes de Atenas
As jovens viúvas marcadas
E as gestantes abandonadas
Não fazem cenas
Vestem-se de negro, se encolhem
Se conformam e se recolhem
Às suas novenas
Serenas

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Secam por seus maridos, orgulho e raça de Atenas





Mundo em Confusão - Tribo de Jah

So much trouble in the world (2x)
UiÊ, uiê-o
Mundo em confusão, mundo em aflição
UiÊ, uiÊ-o
Dias de tribulação, de degradação
Degradação moral e ambiental
Fruto da mesma ação nefasta
De um sistema irracional
Que polui, degrada e devasta
Os mentores da ordem econômica
Defensores de teses anacrônicas
Senhores do saber e da razão
Semeadores de destruição
Almejam o lucro a todo custo
Apreciam o conforto, o bom gosto e o luxo
Não percebem o drama, o sinistro sinal
A bomba relógio do aquecimento global
Bless my eyes this morning
Jah, sun is on the rise once again
Pra rapaziada tudo, tudo é curtição
Se tá tudo muito bem, se tá tudo muito bom
Praia inflamada, chegou o verão
Dia de balada, de curtir um som
Rolando altas ondas, que alucinação
50 graus na sombra
Enquanto você caminha
O corpo cozinha
Em lenta combustão
A gatinha passa sabendo que abala
Com seu shortinho sexy e seu bumbum bala, bala
Bumbum bala, bala
Tudo muito bem, tudo muito bom
Não importa a ética
Império da estética
Degradação moral e ambiental
Corpos sarados, mundo animal
Espíritos alienados
Ninguém parece
Refletir com calma
Que o corpo padece
Morre o corpo e fica a alma
So much trouble in the world (2x)
Degradação moral de um sistema que falhou
Um mundo em confusão, o Mundo em que você parou
Ninguém parece acreditar, Nem refletir com calma
Um mano firmeza fala sempre com clareza
Contra a realeza Que ostenta essa pobreza
Mas vale a liberdade e o bem que ela te faz
Liberdade é tudo aquilo Liberdade é muito mais
So much trouble in the world
So much trouble in the world
"Se tudo era uma farsa Então disfarça
Quem tem fé em Deus se afasta
Não fale mais em desgraça
Palavras e canções atrasa"
Uiê, uiê-o - mundo em confusão
Mundo em aflição
Uiê, uiê-o - dias de tribulação
De degradação
Uiê, uiê-o - mundo em aflição
Mundo em confusão

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