terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Bashar Al Assad denunciou a intromissão de outros países nos assuntos sírios e anunciou reformas (+ Vídeo)
“Forças regionais e internacionais têm tratado de
desestabilizar” a Síria. Assim se expressou o presidente do país, Bashar Al
Assad, durante um discurso transmitido pela televisão nacional.
O presidente sírio também insistiu que tem um certo
“país estrangeiro que quer se meter” nos assuntos internos da Síria, “apoiando-se
em um país árabe”. Neste sentido, Al Assad comparou a situação com a da Líbia,
que foi bombardeada pelas forças da OTAN. Também, o líder sírio assinalou que “não
é supressa que haja intenção de atacar” a Síria “de fora, usando países árabes”.
Recordou também que seu país “foi ameaçado com uma guerra durante a invasão do
Iraque”.
Síria quer “mostra
a realidade” a Liga Árabe
Ao mesmo tempo, o presidente falou sobre as
relações da Síria com a Liga Árabe, cuja missão dos observadores está baralhando
no país. “A Síria tem tomado como positivo a visita dos observadores. Queremos
mostrar a realidade”, sustentou o mandatário. Simultaneamente, Al Assad apontou
que a Síria “deixará a porta aberta as propostas dos países árabes” para
solucionar o conflito interno sírio sempre e quando “respeitarem a soberania do
país”.
Ademais, o mandatário põe em dúvida a independência
da Liga Árabe na hora de tomar decisões. Anteriormente, a organização suspendeu
a filiação da Síria exigindo o fim da violência no país e a autorização do cesso
de seus observadores.
Vários cientistas políticos internacionais, como
Nagham Salman, opinam que a decisão da instituição árabe de fato é influenciada
pelas forças externas. Salman assinala que a Liga Árabe “já não toma suas
decisões independentemente, mas, que é influenciada pelos EUA e Ocidente”.
Os
observadores decidem seguir com sua missão
Os observadores da organização chegaram ao final de
dezembro para vê o que estava se sucedendo no país, aonde os distúrbios chegaram
ao redor de 5.000 vidas desde março de 2011, segundo os dados da ONU.
As autoridades sírias declaram que os grupos
armadas de oposição estão tratando de desestabilizar o país e provocar um caos.
Por sua parte, a oposição culpa ao poder oficial da violência contra os civis.
Depois de visitar as cidades de Homs e Daraa,
epicentros dos mais violentos distúrbios e choques entre a oposição e o
Exercito, os observadores constataram que as autoridades haviam retirado o
Exercito das ruas, em conformidade com as disposições da solução da crise síria,
proposta pela Liga.
No obstante, a organização voltou a chamar a ambas
as partes em conflito para cessar a violência e decidir continuar com seu
trabalho no território sírio.
Bashar Al
Assad anuncia reformas politicas
Os manifestantes que saíram as ruas de várias
cidades sírias clamaram pelas reformas políticas.
De fato, o líder do país já começou a dar os
primeiros passos concretos neste sentido. Assim, anunciou a criação de “um
comité para a redação de uma nova Constituição” e sustentou que as autoridades
querem que “tenha mais partidos”. Ele também anunciou que se realizará um
referendo para modificar a Carta Magna, acontecimento que poderia ter lugar a princípios
de março deste ano.
Bashar Al Assad precisou que o Governo começará a
implementar as reformas quando acabar a crise interna.
Fonte:
Tradução:
Luis Carlos (Redação do blog o povo na luta faz
história)
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