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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Mercosul ratifica a proibição de entrada para barcos das Ilhas Malvinas

Os países do Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) ratificaram sua decisão de proibir a entrada a seus portos dos barcos com bandeiras das Ilhas Malvinas, depois das informações “errôneas” dos meios de comunicação, que afirmavam uma suposta mudança de posição regional.

Através de um comunicado da Chancelaria Argentina, se informou que o encarregado do despacho Héctor Timerman se comunicou pessoalmente com os chanceleres do Brasil, Chile e Uruguai, que confirmaram que seus governos não mudaram de parecer.

“Diante das informações errôneas de jornalistas (…), o chanceler Héctor Timerman se comunicou pessoalmente com os chanceleres Antônio Patriota, Alfredo Moreno e Luis Almagro, que confirmaram que seus respectivos governos não têm modificado suas posições”, disse o texto.

Na quarta-feira, as agências de noticias internacionais e periódicas locais informaram sobre uma declaração do ministro do exterior britânico, William Hague, na qual afirmava que, supostamente, havia recebido de parte dos países do bloco a confirmação de que não fecharam seus portos aos barcos com bandeiras das Malvinas.

Depois de se conhecer as publicações, Timerman informou ao Governo da Inglaterra sobre as conversações com seus colegas sul-americanos e da ratificação do que foi assinado em dezembro.

Grã Bretanha reconheceu que nenhum barco poderia ingressar aos portos do Mercosul e países associados com bandeira ilegal hasteada das Malvinas.  

O governo argentino esclareceu a declaração do parlamentar britânico, na terça-feira: “informando que depois de falar por duas vezes com o ministro uruguaio, Luis Almagro, e com vários representantes dos governos do Chile e do Brasil, se mantem firme que os bancos ilegais vestindo a bandeira [das Malvinas] devem substitui-la”.

Na sua intervenção, o ministro britânico acusou a Argentina de utilizar a pressão econômica para “intimidar” aos ilheenses e qualificou os esforços diplomáticos argentinos “como um bloqueio comercial”.  

O Governo da Argentina, por sua parte, disse que “se enquadram na defesa dos recursos naturais renováveis e não renováveis que pertencem ao povo argentino, como reconhecem, dentre outros países, todas as nações da região”.

Em dezembro os países do Mercosul acordaram em proibir o ingresso a seus portos de barcos com “bandeira ilegais” das Ilhas Malvinas, proposta encabeçada por Buenos Aires.

No domingo passado, o primeiro ministro britânico, David Cameron, descartou qualquer negociação com a Argentina sobre a soberania das Ilhas Malvinas e assegurou que seu país sempre deve manter a “vigilância” sobre o arquipélago do Atlântico Sul.

Este ano se comemora o trigésimo aniversario da guerra das Malvinas entre a Inglaterra e Argentina pela soberania das Ilhas.

A posse das Malvinas, no Sul do Oceano Atlântico, a 400 milhas marítimas das costas argentinas, está em litígio desde 1833, quando a Inglaterra as ocupou.

As Nações Unidas às considera desde 1975 como um enclave colonial em território argentino, e a disputa pela soberania foi motivo de guerra entre ambos os países em 1982, deixando um saldo total de 649 soldados argentinos mortos, 255 britânicos e três civis ilheenses.

Fonte:


Tradução:
Luis Carlos (Redação do blog o povo na luta faz história)

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