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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Drones de intervenção doméstica, ideia seguinte do Pentágono

O Departamento de Defesa trabalha hoje junto com a Administração Federal de Aviação (AFA) para legalizar o uso cotidiano de drones (naves militares sem piloto) no espaço aéreo estadunidense, sem interferências judiciais.

Um comunicado do Pentágono menciona um inventário de 7.500 drones, os quais não têm muita previsão de missões na agenda futura, uma vez concluídas as principais operações bélicas no Iraque e no Afeganistão.

Atualmente a AFA permite a utilização destes aparelhos somente em ocasiões específicas e para tal ação deve expedir um certificado especial que implica um verdadeiro nível de burocratismo. Não obstante, em 2011 assinaram-se 113 destas autorizações.

Agora a Defesa quer que o gerenciamento seja expedito, selar um regulamento que suprima os obstáculos à rápida dispersão de aviões não tripulados em qualquer momento que considere o Comando Central.

O Pentágono recordou que antes de setembro de 2001 as instituições militares norte-americanas contavam com 50 drones, e no início de 2012 a relação é de um destes modelos pela cada três aviões militares tradicionais.

A comunicação do organismo castrense recomenda à AFA bosquejar um projeto de legislação o antes possível e comenta que "os drones também podem ser usados para controlar incêndios florestais e localizar criminosos em fuga".

Em meados do ano passado, a Força Aérea dos Estados Unidos empregou um Predator no espaço aéreo norte-americano com o objetivo de pegar uma família de granjeiros suspeitos de roubar seis vacas.

Esse fato ocorreu na Dakota do Norte. A aguazil Kelly Janke, do condado Nelson, pediu apoio aéreo de autoridades federais em relação a uma denúncia a respeito de que três homens armados supostamente teriam roubado média dúzia de cabeças.

Uma base da Força Aérea enviou para a missão um drone de vigilância utilizado na fronteira com o Canadá, e o aparelho -equipado com sensores sofisticados- colaborou com a polícia na localização dos sujeitos perseguidos.

Assim se especificou a primeira detenção policial de cidadãos estadunidenses em território nacional com a ajuda de uma aeronave espiã.

A ex-representante democrata Jane Harman alertou que a utilização destes aviões para operações policiais de rotina é um erro grave porque os procedimentos não se submetem a um debate público ou ao escrutínio parlamentar.

Está em jogo a garantia da privacidade individual cidadã, além de que estes casos violam o regulamento Posse Comitatus Act, que proíbe o uso de forças militares em tarefas alocadas à polícia em solo estadunidense, apontou Harman.

Em anos recentes falhou o sistema de controle remoto de vários Predator ou Reaper despregados no Afeganistão, Iraque e Paquistão, as naves desligaram-se de seus comandos humanos no Pentágono e lançaram mísseis contra alvos inofensivos.

Washington, 15 fev (Prensa Latina) [Modificado el ( miércoles, 15 de febrero de 2012 )]

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