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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Obama apresenta, entre críticas, plano de orçamento dos EUA para 2013

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deverá anunciar hoje o projeto do Plano de Orçamento Nacional para 2013, no meio de críticas dos republicanos, que culpam-no de aumentar a arrecadação governamental.

Conquanto o plano inclui recortes em programas da Agência Espacial (NASA) e no departamento de Defesa, também propõe 1,2 trilhão de dólares adicionais para financiar as dependências da administração.

A Casa Branca solicitará mais de 800 bilhões de dólares para gerar empregos e programas de infraestrutura, bem como isenções tributárias para assinaturas e pessoas por mais de 300 bilhões de dólares para os próximos meses.

O documento propõe, assim mesmo, diminuir o montante promotor nos próximos 10 anos em uns quatro trilhões de dólares, destacou Jacob Lew, chefe de gabinete de Obama, durante uma entrevista neste domingo no programa Meet the Press da corrente televisiva NBC News.

O Congresso poderá ignorar as sugestões do governante e é provável que os republicanos, que controlam a Câmara baixa, se oponham à iniciativa.

Os conservadores recusam de maneira férrea a medida e culpam o mandatário de lançar um plano de orçamento que, afirmam, está concebido mais para fortalecer sua campanha pela reeleição que para controlar o avanço do déficit e da dívida nacional.

A medida do chefe de Estado ignora a crise econômica e o direito ao crescimento, bem como desconhece os mais de 15 trilhões de dólares nos quais se encontra a dívida pública estadunidense, destacou no sábado passado o governador de Virginia, Bob McDonnell.

Este não é um momento para medidas de austeridade, respondeu Lew ontem, ao defender o projeto.

Obama realiza uma cruzada a favor da classe média do país, severamente afetada pelos efeitos da recessão econômica iniciada em 2008, fato que disparou os índices de desemprego a quase 10 por cento, ainda que agora esse indicador se encontre em 8,3.

No passado 24 de janeiro, durante o discurso sobre o estado da União, o chefe de governo propôs iniciativas para reempregar a classe trabalhadora, texto enfatizado por uma marcada ênfase eleitoral, tendo em conta que o tema econômico definirá, ao que parece, os resultados nas urnas em novembro.

Durante sua tradicional intervenção sabatina, Obama chamou o Congresso a aprovar a extensão por um ano do corte de impostos sobre a dívida, o que beneficiará a 160 milhões de trabalhadores estadunidenses.

A fins de dezembro, democratas e republicanos no Congresso aprovaram depois de candentes debates o recorte de impostos à classe trabalhadora, mas só por janeiro e fevereiro, decisão que cedo expirará.

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