sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Os gregos padecem na própria carne medidas de austeridade (+Vídeo)
A sombra da pior crise econômica da década, a
Grécia tem se visto forçada a adaptar medidas de austeridade em troca de bilhões
de euros em ajuda financeira, a fim de evitar a quebra. Os efeitos destas nova e penosa realidade
pesam sobre os ombros do povo grego.
Cada manhã a Igreja de San Alejandro nos subúrbios de
Atenas, cumpre uma missão que tem feito por décadas: fornecer alimentos aos
necessitados. Até a um ano atrás, a maioria eram imigrantes e refugiados, mas à
medida que a crise econômica atinge o país, 90% das pessoas que forma filas agora,
por 80 porções de comidas, são os gregos.
Padre Athanasios, da Igreja San Alejandro, disse: “vêm
famílias, gente digna que perderam seus trabalhos e não tem nada para comer.
Também tem outras dificuldades, mas não podemos ajudar-lhes com tudo. Algumas
pessoas não tem casa, outros carecem de dinheiro para pagar o aluguel, a
eletricidade e medicina”.
A crise é sentida neste bairro de classe media, no
centro de Atenas. Os efeitos da crise financeira são evidentes.
Muitas destas pessoas pertencem a uma nova categoria,
os sem tetos. Seu número tem aumentado 25% nos últimos anos. Trata-se de
cidadãos gregos que perderam seus empregos e foram expulsos.
Tasos Kokkinidis, jornalista, expressa: “creio que
a Grécia tem duas caras. Por um lado a Grécia onde a gente passa fome. Nos
últimos meses vemos mais e mais pessoas nas ruas, gente que sofre de verdade.
Por outro lado, existem muitos gregos que continuam saindo de festa e discoteca
e viajam ao exterior”.
Os gregos têm visto seus salários reduzidos em 15%
desde 2010. Seu poder aquisitivo caiu, enquanto o custo de vida disparou devido
aos impostos adicionados. Os frutíferos descontos da alta temporada de vendas,
todavia, não encontra aos consumidores.
As tendas permanecem vazias e os pequenos negócios,
a pedra angular da economia grega, têm fechado suas portas. Muitos dos proprietários
lutam para manter-se a tona.
Com a ameaça latente de falência, a corda puxa cada
vez mais o pescoço grego. Os inspetores da divida exigem maiores cortes salarias
e demissões em troca de um novo resgate econômico.
Tasos Kokkinidis assinala que: “A Grécia vive uma
situação que ninguém base o que se passará amanhã. A Crise econômica passa por
um mau momento e todos acreditam que vai piorar. A Pergunta é como a sociedade
grega reagirá diante das medidas de austeridade que querem impor a ‘troika’”.
A incerteza vai aumentando e o futuro da Grécia é
cada vez mais sombrio. O caminho para a recuperação, ao que parece, não se
encontra a volta da esquina.
Tradução de Luis Carlos (Redação do blog o povo na
luta faz história)
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