ESPERAMOS QUE VOCÊ DEIXE SUAS OPINIÕES, IDÉIAS E QUE VENHA PARTICIPAR CONOSCO DEIXANDO SUAS PROPOSTAS

sábado, 17 de março de 2012

Governo chileno invoca Lei de Segurança do Estado diante de protestos

O governo chileno interporá hoje um requerimento através da questionada Lei de Segurança do Estado contra participantes de ações de protesto na austral região de Aysén.

A decisão foi confirmada ontem à noite pelo porta-voz de La Moneda, Andrés Chadwick, que afirmou que a lei será aplicada aos responsáveis por atos violentos ocorridos nessa região da Patagônia, entre os quais mencionou a queima de um ônibus e de uma carro lançador de água dos Carabineros [polícia].

Isto é inaceitável e por isso se decidiu apresentar amanhã um requerimento com base na Lei de Segurança do Estado, tanto em Coyhaique como em Aysén, afirmou Chadwick, em alusão às duas principais cidades do território aisenino.

Agregou que os autores dos mencionados atos violentos já foram identificados e serão informados à Promotoria para que proceda com as investigações requeridas.

Chadwick insistiu que ocorreram casos de "violência grave, gravíssima" e que por consequência a Lei de Segurança do Estado será aplicada "contra os que estão liderando não o diálogo ou a necessidade de buscar diálogo", mas tais ações.

No entanto, os representantes do Movimento Social de Aysén e dirigentes da oposição chilena e inclusive referentes do oficialismo que vivem na zona de conflito asseguram que o Executivo é o principal responsável pela alteração da paz social na Patagônia.

O presidente do Partido Socialista, Osvaldo Andrade, qualificou de brutal a repressão policial, enquanto o senador do governamental Partido Renovação Nacional Antonio Horvath declarou à Rádio Cooperativa que os carabineiros [policiais] "atacaram pessoas inocentes dentro de suas casas com bombas de gás lacrimogêneo".

Sobre a criticada legislação, o reconhecido jurista chileno Eduardo Contreras recordou seu nascimento espúrio. Afirmou que em sua origem nunca foi lei, mas sim o Decreto 890 de (Augusto) Pinochet de 1975, quando nem sequer havia Poder Legislativo porque os militares o tinham eliminado.

Por sua vez, a advogada Paula Vial, ex-defensora pública nacional, comentou semanas atrás que a repetida invocação a tal normativa pretende amedrontar não só os que cometem excessos, como também os organizadores das manifestações, seus convocadores.

"Cada vez que o Governo fracassou em sua tentativa de conseguir o diálogo recorreu a esta lei excepcional como forma de calar os protestos e mostrar sinais de dureza", assegurou.

Santiago do Chile, 16 mar (Prensa Latina) [Modificado el (viernes, 16 de marzo de 2012)]

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Página Anterior Próxima Página Home