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domingo, 29 de janeiro de 2012

História: Cartago (+ Áudio)

Boa noite, prezados ouvintes! Hoje, voltar-nos-emos para a história da África Setentrional. Será alvo de nossa atenção Cartago, a famosa cidade da Antiguidade que hoje em dia é uma curiosidade imperdível da Tunísia contemporânea.

Cartago podia ter sido senhora do mundo. Suas riquezas pareciam inesgotáveis e o poder que exercia no mar e na terra era incontestável. Todavia, a Providência lhe reservaria somente 700 anos de existência.

Vista nas páginas dos manuais escolares, a história de Cartago resume-se à história das três guerras travadas por essa cidade contra Roma. Depois de perder as três guerras púnicas (os Romanos chamavam de “Púnicos” aos habitantes de Cartago), Cartago deixou de existir.

Como era aquela cidade? Po quem era governada? De que se ocupavam as pessoas que a habitavam? Vamos tentar realizar uma viagem imaginária para essa cidade fundada pelos Fenícios no litoral da Tunísia contemporânea no século IX antes de Cristo.

Durante seu apogeu, Cartago era uma das maiores cidades do mundo, com uma população que alcançava 700 mil pessoas.

Dentro do perímetro urbano havia duas baías artificiais grandes, podendo uma comportar até 220 vasos de guerra, enquanto que a outra se destinava a barcos mercantes. Seus maciços muros, que tinham uma extensão de 37 quilômetros, alcnançavam em alguns pontos 12 metros de altura. Era uma cidade inexpugnável do lado do mar.

Cartago era governada por um Conselho de Notáveis, formado por algumas das famílias mais nobres. Aí não havia a função de primeiro magistrado, a qual teria permitido concentrar o poder militar e o poder civil em umas mesmas mãos. A República Cartaginesa possuía um Exército excelente. Todavia, as guerras eram travadas por mercenários, o que requeria umas despesas enormes. Nos primórdios do século III a. C., Cartago era uma das mais importantes cidades-Estado no litoral leste do Maditerrâneo, tendo subjugado a Espanha Meridional, a África Setentrional, A Sicília, a Sardenha e o Córsega.

Os mercadores cartagineses mantinham um amplo comércio com os países mediterrânicos para os quais exportavam vinhos, grãos, azeite, tecidos, tapetes, enfeites, vidros, armas, cerâmicas e perfumes. Todavia, os produtos fabricados em Cartago eram quase sempre de baixa qualidade; portanto, seus preços não eram altos.

Em busca de novos mercados, os empreendedores mercadores cartagineses partiam para longas viagens. No século V a. C., o navegador Gimilkon desembarcou nas ilhas Britânicas. Para tirar aos concorrentes a vontade de empreender longas travessias, ele contava que o caminho até os mares nórdicos era barrado por algas gigantescas e monstros horríveis.

E ao cabo de 30 anos, o cartaginês Hanno encabeçou uma expedição de 60 barcos com 30 mil homens e mulheres a bordo. Grupos de umas centenas de pessoas cada eram desembarcados em diversos pontos da costa mediterrânica com a missão de fundarem novos centros populacionais. Historiadores supõem que Hanno conseguiu passar o estreito de Gibraltar, descer o litoral africano e alcançar o golfo de Guiné e as costas dos Camarões dos nossos dias.

Todavia, a presença de um concorrente militar e comercial tão forte como Cartago era um sério empecilho para Roma.

O sebador romano Marco Caton, que visitou Cartago na condição d embaixador no século II a. C., ficou espantado com a crescente riqueza da cidade. De volta, conseguiu convencer a maior parte do Senado de que Cartago constituía um perigo para Roma. Um pretexto para guerra foi imediatamente encontrado, chegando umas legiões romanas para junto de Cartago. Os habitantes da cidade imploraram pela paz, porém o cônsul Lúcio Censorino exigiu a rendição e destruição de Cartago e mandou levantar uma cidade nova a grande distância do mar. Mas, como a cidade estivesse perfeitamente fortificada, os Romanos conseguiriam tomá-la somente ao cabo de 3 anos de um assédio difícil e duros combates . No ano 146 a. C., era Cartago depredada e varrida da face da terra. Seu território foi proclamado província romana, porém não alcançou o anterior grau de prosperidade, acabando por perder aos poucos seu significado político, militar e econômico.

Fonte: http://portuguese.ruvr.ru/2010/08/14/15652100.html

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