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domingo, 12 de junho de 2011

ANTONÔNIO CONSELHEIRO - Patativa do Assaré (POESIA E ÁUDIO)










ANTONÔNIO CONSELHEIRO - Patativa do Assaré



Cada um na vida tem seu
o direito de julgar.
Como tenho o meu também,
com razão quero falar
Nestes meus verso singelos,
mas de sentimentos belos
Sobre um grande brasileiro,
cearense, meu conterrâneo.
Líder sensato, espontâneo,
nosso Antônio Conselheiro

Este cearense nasceu
lá em Quixeramobim.
Sei eu sei como ele viveu,
sei como foi o seu fim.
Quando em Canudos chegou,
com amor organizou
Um ambiente comum,
sem enredos nem engodos,
Ali era um por todos
e eram todos por um

Não pode ser justiceiro
e nem verdadeiro é
O que diz seu conselheiro ,
enganava a boa fé
O conselheiro queria
acabar com a anarquia
Do grande contra o pequeno.
Pregava no seu sermão
Aquela mesma missão
que pregava o nazareno.

Com a sua simpatia,
honestidade e brio
Ele criou na Bahia
um ambiente sadio
Onde vivia tranqüilo,
ensinando tudo aquilo
Que a moral cristã encerra.
Defendendo os desgraçado
Do julgo dos potentados,
dominadores da terra.

Seguindo um caminho novo,
mostrando a luz da verdade,
Incutia entre o seu povo,
amor e fraternidade
Em favor do bem comum,
ajudava a cada um
Foi trabalhador e ordeiro,
derramando o seu suor.
Foi ele o líder maior
do nordeste brasileiro.

Sem haver contrariedade,
explicava muito bem
Aquelas mesmas verdades
que o santo Evangelho tem.
Calado em sua missão
contra a feia exploração
E assim, evangelizando,
com um progresso estupendo
Canudos ia crescendo
e a notícia se espalhando.

O pobrezinho agregado
e o explorado parceiro,
Cada qual ia apressado
recorrer ao Conselheiro
E o líder recebia
muita gente todo dia.
Assim,fazendo os seus planos,
na luta não fracassava
Porque sabia que estava
com os direitos humanos.

Mediante a sua instrução,
naquela sociedade
Reinava paz e união
dentro do grau de igualdade
Com a palavra de Deus
ele conduzia os seus
Era um movimento humano
de feição socialista,
Pois não era monarquista,
nem era republicano

Desta forma, na Bahia,
crescia a comunidade
E ao mesmo tempo crescia
uma bonita cidade
Já Antônio Conselheiro
sonhava com o luzeiro
Da aurora da nova vida.
Era qual outro Moisés,
Conduzindo os seus fiéis
para a terra prometida

E assim, bem acompanhado,
os planos a resolver
Foi mais tarde censurado
pelos donos do poder
O taxaram de fanático,
e um caso triste e dramático
Se deu naquele local.
O poder se revoltou
E Canudos terminou
numa guerra social.

Da catástrofe sem pá
o Brasil já tá ciente
Não é preciso contar
pormenorizadamente
tudo quanto aconteceu.
O que Canudos sofreu
nós guardados na memória
Aquela grande chacina,
a grande carnificina
Que entristece a nossa história

E andar pela Bahia,
chegando ao dito local
Onde aconteceu um dia
o drama triste e fatal,
Parece ouvir os gemidos
entre os roncos e estampidos.
E em benefício dos seus,
no momento derradeiro
O nosso herói brasileiro
pedindo justiça a Deus.

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