terça-feira, 27 de dezembro de 2011
A 3 anos da operação israelense na Faixa de Gaza os palestinos pedem justiça
Atualidades RT (27-12-2011)
Há três anos, Israel iniciou a
maior operação militar da última década na Faixa de Gaza. O objetivo oficial da
operação militar chamada de ‘Chumbo fundido’ era destruir varias instalações
estratégicas da organização do Hamás, mas os foguetes lançados de Israel caíram
em sua maioria em casas de civis palestinos. Como recordar aqueles trágicos
momentos?
Um dos afetados é Salah Talala Al
Samouni que recorda muito bem daquele dia. Custou-lhe a vida de toda a sua família
e depois de três anos, porém, não lhe fizeram justiça.
“Foi logo cedo da manhã, estavam
bombardeando e o apartamento de cima estava em chama”, relata. “Eu sai com as
mãos para o alto. Os soldados me disseram para tirar a camisa e as calças. Fiz o
que eles me pediram, mas ainda assim dispararam”.
“Apenas pude olhar para trás e vi que
minha mão havia voado em pedaços. A identifiquei por alguns restos de seu
corpo, como suas orelhas. Minha filha de 2 anos, meu pai, meu primo... toda a
família foi assassinada nesse momento”.
Israel começou a bombardear a Faixa
de Gaza em dezembro de 2008. A operação “Chumbo Fundido” fez cair milhões de
projeteis israelenses sobre portos, sedes ministeriais e muitos lugares
palestinos. Centenas de foguetes foram lançados em resposta a partir da Faixa
de Gaza para o sul de Israel e mataram a três civis.
Mas, o preço pago pela população
palestina foi muito mais alto: nos bombardeios israelenses e os combates que se
seguiram por três semanas mataram a cerca de mil e quietas (1500) pessoas e
desse total, quatro de cada cinco era civis. Agora suas famílias levam adiante
outra luta: obter indenizações econômicas.
O Centro Palestino para os Direitos
Humanos tem mais de 200 solicitações demandas. Porém, a burocracia, os papeis e
as muitas lacunas legislativas fazem com que as petições não sejam respondidas
pelas autoridades israelenses.
A advogada Fatmeh El´Ajou explicou
que segundo a lei israelense, o estado fica isento de qualquer responsabilidade
de seus atos de guerra, como, habitualmente, se consideram todas as operações
militares.
Mas, as exceções existem. Para
Saleh Abu Hajaj, o Conflito entre Israel e a Faixa de Gaza é sinônimo de massacre
familiar e a ele o indenizaram.
“Eu não pude entrar na minha casa
por 16 dias porque os soldados israelenses lançavam projeteis todo o tempo”, recorda.
“Assim que eles se foram, entrei e ai nas paredes os soldados haviam escrito
que eu encontraria os corpos a apenas 50 metros de distâncias. Encontrei o
corpo de minha mãe enterrado na areia e o corpo de minha irmã Majda Coberto com
ladrilhos”.
Após o processo jurídico, as
autoridades israelenses tomaram a responsabilidade deste caso e indenizaram a
Salej com 150 mil dólares. Porém, esta vitória teve um sabor amargo.
O caso de Salej pode servir de
exemplo para outras vitimas do conflito da Faixa de Gaza, embora suas
esperanças se esgotem com cada novo aniversario. A parte israelense afirma
estar investigando seus caos. Mas, enquanto as mortes e combates ficam no
passado, todavia, nenhum soldado israelense tem sido sentenciado pelos crimes
desta violenta operação.
Fonte:
Tradução:
Luis Carlos (Redação do blog o povo na luta faz história)
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