A decisão é outra das tentativas dos Estados Unidos
com os vizinhos da China, como o recente e ainda próximo acordo militar com a Austrália
e a recente decisão do Pentágono de traslado de tropas ao continente asiático.
O Governo dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira
sua vontade de restabelecer relações diplomáticas com Myanmar, depois de duas
décadas interrompidas, informou a Secretaria de Estado, Hillary Clinton, uma
decisão que é vista por setores de Pequim com uma jogada contra a China.
Em declarações a imprensa a partir do Departamento
de Estado, assinalou que já começou o processo para designar um embaixador
americano a esse país asiático.
A decisão de Washington ocorreu depois de uma
recente visita de Clinton a esse território, que segundo disse, buscava
melhorar as relações bilaterais, e logo da determinação de Myanmar de liberar
ao redor de 600 presos políticos, comentou Prensa Latina.
Segundo adiantou a Secretaria de Estado, a
administração nacional prevê identificar outros passos, mas sem esclarecer
detalhes.
Desde 1990, um encarregado de assuntos tem sido o funcionário
de mais alto nível de Washington no território asiático, contra o qual a Casa
Branca mantém sanções econômicas que incluem restrições ao comércio, a
investimentos e a ajuda estrangeira.
A liberação dos prisioneiros, muitos deles de longa
data, também foi ressaltado pelo presidente Barack Obama e o secretario geral
da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon.
Cercando a
China
Myanmar tem se convertido no último cenário de novo
empurra dos Estados Unidos na Ásia, interpretou em dezembro passado o site chinês
spanish.china.org.cn
A recente visita de Clinton ao país para “suavizar”
as relações com a junta birmana sugeriu que Washington não quer suas
prerrogativas frente a uma China cada vez mais forte, segundo alguns analistas.
O restabelecimento das relações com Myanmar é outra
das tentativas dos Estados Unidos com os vizinhos da China, como o recente e
ainda próximo acordo militar com a Austrália e a recente decisão do Pentágono
de translado de tropas ao continente asiático.
A China é o principal sócio econômico de Myanmar,
com um volume de comércio que em 2010 ascendeu
aos 4.400 milhões de dólares, e o principal investidor estrangeiro no país.
Pequim vinha sendo também o principal apoio internacionalmente do governo da
junta militar, a qual as sanções do Ocidente havia deixando, diplomaticamente,
isolado.
Alguns analistas situam nesta lógica a suspeita do
grande projeto da empresa hidroelétrica de Myitsone, que várias empresas
chinesas iam construir no Estado de Kachin, ao noroeste do país, uma decisão
que gerou mal estar em Pequim e que as autoridades birmanas justificaram pela
oposição popular ao projeto.
Fonte:
Tradução:
Luis Carlos (Redação do blog o povo na luta faz
história)
Nenhum comentário:
Postar um comentário