Cerca de cem cidadãos dos Estados Unidos, nesta sexta-feira,
é o cenário para um novo protesto do movimento de indignados, que tem por
objetivo denuncia o sistema judicial do país.
As ações se desenvolveram durante o segundo
aniversario da decisão da Suprema Corte de Justiça, que permitiu as corporações
doarem dinheiros sem limite para as companhas politicas.
Em um comunicado, os manifestantes explicaram que “os
direitos reconhecidos pela Constituição pertencem apenas aos seres humanos, e
não a entidades legais artificiais, como corporações ou sindicatos laborais”.
Os indignados agregaram que “o gasto em campanhas políticas
não é uma fora de expressão que esteja protegida pela Primeira Emenda” da Carta
Magna.
O movimento aglutinado em torno de ocupemos Wall
Street (OWS) convocou para os protestos operários, estudantes e desocupados.
Os indignados também propuseram interromper as aulas
e a jornada de trabalho para obstaculizar, de maneira pacífica, a rotina das
instituições judiciais.
Em Nova York, os manifestantes enfrentaram a
decisão da Administração de Serviços Gerais, que os proibiu de congregar-se em frente
ao Tribunal Federal de Manhattan.
Apesar disto, o movimento de indignados decidiu
levar a cabo o protesto.
Por sua parte, o movimento Ocupar San Francisco (OSF)
convocou para a realização de piquetes visando impedir o funcionamento do
distrito financeiro da cidade.
“Esperamos que os negócios fiquem prejudicados”, assegurou
uma das organizadoras, Lisa Guide, que acrescentou que as entidades financeiras
“exploram a grande quantidade de pessoas”.
O movimento OWS surgiu em setembro de 2011 como
forma de denunciar o sistema político e econômico americano, destacando a
exploração por parte das grandes corporações empresariais americanas.
Os indignados também reclamaram maiores postos de
trabalho, terminar com as deportações de imigrantes ilegais e sanções aos responsáveis
da atual crise econômica.
As ações do movimento OWS tem-se estendido por todo
o país e várias das manifestações foram, duramente, reprimidas pela polícia.
Milionários
e sonegadores
A denúncia de OWS sobre as vantagens que os Estado
Unidos têm proporcionado as classes mais poderosas ficou refletido hoje em um
estudo realizado pelo Tax Polocy Center (TPC).
Segundo a investigação desta organização não
governamental, 1% dos americanos, os mais ricos, pagam apenas 18,5% das
receitas fiscais, ao redor da metade da taxa oficial, que são abrigos a pagarem,
uns 35%.
O estudo indicou que quase dois terço dos milionários
do país pagam em geral muito menos em impostos anuais que o oficialmente
estabelecido pelo Estado.
A TPC alertou que a maioria dos poderosos consegue
fugir de suas obrigações graças a atalho legais ou ambiguidades das normas
taxativas, principalmente, relacionadas com descontos para obras de caridade ou
manutenção de crianças.
Este tema teve durante a semana a atenção dos meios
de comunicações, porque se conheceu que o pré-candidato presidencial
republicano, Mitt Romney, só entregava em torno de 15% de impostos, apesar de
acumular uma fortuna de 250 milhões de dólares.
De acordo com TPC, aproximadamente, 24 mil dos
contribuintes milionários não pagaram nenhum imposto sobre o rendimento em 2011,
e aqueles que adicionam a seus cofres mais de 65 mil dólares por anos cobriram
apenas 9%.
Fonte:
Tradução de:
Luis Carlos (Redação do blog o povo na luta faz história)
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