quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Abortado plano conspirativo no Equador
O ministro equatoriano de Defesa, Javier Ponce,
considerou abortado o Plano Revanche, denunciado pelo presidente Rafael Correa
a partir de relatórios de inteligência sobre uma suposto levantamento similar
ao de 2010.
No programa radial O Poder da palavra, do portal
digital Rádio Ecuadorinmediato.com, Ponce assinalou que continuará a
investigação relativa a uma conspiração entre oficiais em serviço passivo, que
estariam se aproveitando de insatisfações nas Forças Armadas para provocar um
golpe.
O servidor público assinalou ao jornalista
Francisco Herrera que as revelações de Correa respondem a informações às quais
"há que atender a partir da experiência anterior", no entanto percebe
que existe grande lealdade das forças castrenses à Constituição e a democracia.
Expôs que, como destaca o mandatário, há
inquietudes nas Forças Armadas em diversos temas que seriam o caldo de cultivo
do qual se poderiam servir certos setores para tratar de intervir, pressionar e
criar mal-estar entre seus efetivos.
Entre estes, citou o processo de homologação do
salário por aposentadoria (já seja natural ou obrigatória) entre os diferentes
níveis, e a exigência por uma compensação devido a uma Lei de Heróis e Heroínas
para os que participaram nos conflitos de 1981 e 1995.
Ponce assinalou que os militares formam um corpo
organizado, disciplinado e leal, mas isso não significa que não existam
elementos entre seus 38 mil membros que possam se vincular a intenções
políticas.
Desmentiu, além disso, que exista alguma relação
entre a saída antecipada do Comandante Geral das Forças Terrestres, Patricio
Cárdenas (por solicitação pessoal), e o Plano Revanche, e entre este e a visita
que realizou o presidente às unidades da fronteira Norte, e também não tem
relação com o anúncio que ele fez como titular de Defesa sobre próximos
aumentos salariais.
Expôs que Correa viajou à fronteira Norte do país
para dialogar com os efetivos ao detectar mal-estar entre eles pelo calendário
de trabalho ante a demanda dessas forças em diferentes campos, o que poderia
estar sendo manejado pela oposição.
Por outra parte, aponta, desde o ano passado, um
setor opositor começou a fazer lobby na Assembleia Nacional para o
reconhecimento do pagamento de um suposto retroativo de 2008 e 2009, depois do
aumento salarial realizado a partir de 2010.
No caso dos aumentos salariais anunciados por ele,
assinalou que correspondem só a um acordo do ano passado, a partir do qual se
resolveu com o Ministério de Relações Trabalhistas a homologação salarial entre
efetivos militares com respeito aos civis.
Nesse momento, explicou, estabeleceu-se um
mecanismo para que não possa ser objeto de manipulação política, pelo que se
determinou ajustar a remuneração de acordo com a inflação do país, e
correspondia informar que a partir de fevereiro se faria sobre a base de 5,25%.
Modificado el (jueves, 09 de febrero de 2012)
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