quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Ratificam despejo sem violência de camponeses paraguaios
O despejo de camponeses paraguaios das propriedades
ocupadas por descendentes brasileiros cumpriu-se hoje sem violência e em
correspondência com os protocolos da Polícia para estes casos, assegurou o
ministro do Interior, Carlos Filizzola.
Existem
regras pelas quais se rege a força pública e se cumpriram, expressou em
coletiva de imprensa o secretário de Estado.
Umas mil pessoas saíram hoje de forma pacífica das
terras ocupadas no distrito de Ñacunday, no leste do país, e se transladaram
para a faixa de segurança da Administração Nacional de Eletricidade (ANDE).
O chefe de Ordem e Segurança do departamento de Alto
Paraná, Enrique Ojeda, declarou a repórteres que os trabalhadores abandonaram
as propriedades dos colonos (os brasiguaios) e se situaram na faixa de 15
quilômetros da ANDE, considerado território público.
Filizzola comentou que os uniformizados cumpriram a
ordem judicial do juiz Rafael Jacobo, emitida no início de janeiro.
Hoje entrou-se nos imóveis (duas fazendas de 20
hectares e uma de 10) de produtores de origem brasileira e levantamos ata de
que o despejo foi efetivo e sem necessidade de violência, explicou.
O titular apontou que se por despejo se entende o
entrar, bater nas pessoas para tirá-las de algum lugar, "isso é um
erro", sustentou.
Por seguir nossos protocolos é que conseguimos a
retirada de todos os ocupantes dos imóveis, ainda que nem sempre seja assim,
agregou.
Desmentiu, por outro lado, que em nenhum momento
foi impedido o trabalho da imprensa e negou atos de amedrontamento a
jornalistas por parte dos autodeclarados carperos (porque vivem em barracas, em
espanhol carpas).
"Ninguém ordena nada a um efetivo policial que
não sejam seus superiores hierárquicos", enfatizou Filizzola.
Sobre uma ordem de captura contra o dirigente
camponês Rosalino Casco, divulgada por meios de imprensa aqui, afirmou que não
existe tal ordem e não pode proceder a sua detenção só por publicações
jornalísticas.
Casco estava nos arredores do lugar esta manhã, mas
não tivemos ordem alguma de prisão contra ele, sublinhou.
Camponeses paraguaios e produtores de origem
brasileiro mantêm uma disputa por 168 mil hectares no departamento de Alto
Paraná, que dizem os primeiros são terras públicas do Estado.
Modificado el ( miércoles, 08 de febrero de 2012 )
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