domingo, 5 de fevereiro de 2012
As 25 regras da desinformação (manual político para ocultar a verdade)
Bem vindo a Era da Desinformação… Uma série de
regras que seguem os políticos ou as agências de inteligências para subverter a
opinião pública e ocultar a verdade.
Na medida em que a Internet e os demais meios de
comunicação aumentam o acesso à informação, as técnicas de manipulação da
opinião pública e ocultamento da verdade vão se modificando. Estamos na Era daDesinformação, onde as práticas maquiavélicas operam mais através da inundação,
saturação e tergiversação do que o mero encobrimento de informações.
Na continuação lhes apresentamos uma tradução das
25 Regras da Desinformação do desinformador H. Michael Sweney. Estas regras
podem ser usadas tanto para manipular aos demais como para descobrir a
manipulação de que somos objeto. Como todas as coisas, este manual está vazio,
ou seja, não é bom e nem mau, é somente um ato de potência e pode ser o que
queira.
Atualmente na Internet existem várias técnicas de como
criar perfis falsos nas redes sociais, inventar especialistas em temas
científicos, gerar sites de conspirações (e autogerar teorias da conspiração),
semear comentários nos sites de noticias ou semear rumores nas redes sociais
para que se viralize de maneira supostamente orgânica. Se bem que estas 25
regras da desinformação se encontram escritas como um manual a ser seguido por um
politico de extrema direita [politico sinistro], no entanto, podem ser aplicadas
para o estabelecimento de uma agenda política ou para influir na opinião
pública, segundo uma estratégia clara.
1. Não entanto, o que sebe, não argumente (discuta),
especialmente, se fores uma figura pública ou um condutor de noticias, etc. Se
não for relatado, não aconteceu, e, então, não tem que lidar com os possíveis
problemas (isto é: em nosso tempo só o que acontece nos meios de comunicações é
real, o demais, é como uma maçã que caiu em um bosque vazio).
2. Converta-se em incrédulo ou indignado. Evite
discutir temas importantes e enfoca-te em temas periféricos que podem ser
usados para criticar a outro grupo considerado como “sagrado” por algum setor da
população.
3. Evita discutir temas inconvenientes descrevendo
toda acusação, independentemente, de onde venham, como meros rumores e
especulações. Se puderes associar as acusações com rumores da “Internet” ou de
que se trata apenas de “teorias da conspiração”.
4. Utiliza a técnica da “falácia do espantalho”.
Encontra um argumento em teu oponente que possa facilmente rebater para
fazer-te ver bem as suas custas. Inventa um tema que em consideração ao teu
oponente possa ser facilmente argumentado contra (incapaz de provar) ou explora
as debilidades de teu oponente levando a discussão para seus pontos mais
fracos. Amplifica sua importância de tal forma que as acusações que te fazem
pareçam refutar-se e os temas de fundo não cheguem a ser discutidos.
5. Distrai a teus oponentes etiquetando-os e ridicularizando-os
com títulos como “conservadores”, “radicais”, “terroristas”, “conspiradores”,
“racistas”, “fanáticos”, “liberais”, “pervertidos sexuais”, “ateus”,
“fundamentalistas”, “homofóbicos”, etc.
6. Pega e corre. Em qualquer fórum público faz um
ataque a teu oponente (pode ser uma pessoa ou um tema) ou a sua oposição em
assuntos de forma que possas te retirar sem que o oponente possa contestar a
acusação.
7. Questiona motivos. Tergiversa ou amplifica todo
fato que possa sugerir que teu adversário opera sob uma agenda pessoal oculta.
8. Invoca autoridade. Conserva tua autoridade ou
alega-te algum tipo de autoridade especialidade para apresentar teu argumento
com suficiente tecnicismo e jargão minucioso para ilustrar que és: “alguém que
sabe”. (Isto é o que no México se conhece como “um choro estonteante”).
9. Em casos extremos: torna-se um tonto. Não
obstante, a evidência ou a lógica de um argumento, evita discutir certos temas
deslegitimando-os, invalidando toda discussão.
10. Associa a teus oponentes com notícias velhas ou
acusações passadas. Isto é especialmente útil antes de uma discussão ou um
evento no qual poderias ser questionado. Faz com que tua equipe prepare uma
acusação e filtra-a para os meios de comunicação pouco antes.
11. Faz confissões falsas. Confessa um mal menor de
maneira ingênua para ganhar a simpatia dos demais como alguém que se
responsabiliza de seus atos. Isto serve com uma distração dos verdadeiros temas
que queres evitar. (Um exemplo disto em grande escala poder ser Wikileaks, onde
é possível que o mesmo sistema corrupto que Wikileaks expõe, faça uma espécie
de confissão de seus “pecados memores”, fazendo as pessoas acreditarem que o
que se filtra são todos seus pecados ou condutas corruptas e não tem nada mais
grave, desqualificando, por exemplo, os ataques do 9/11).
12. Os enigmas não tem solução. Cheios de
reviravoltas, contradições e detalhes complexos de uma situação para que pareça
demasiado difícil de resolver. Isto fará com que a verdade se perca entre o
arsenal de desinformação ou que o público perca interesses.
13. Utiliza divagações e digressão para evitar
chegar ao ponto de um tema que te é inconveniente.
14. Exige soluções completas. Evite os assuntos
nodais requerendo que teus adversários solucionem o crime (o assunto em questão)
completamente. Argumente que antes de soluciona-se este assunto (o qual é
demasiado complexo) tudo o que se discute são suposições.
15. Chega a conclusões alternativas moldando os
fatos. Isso requer certa criatividade e é basicamente uma forma de alterar as
peças de um quebra cabeça para que forme a figura que necessita.
16. Desaparece a evidencia ou os testemunhos. Essa
é uma das técnicas mais usadas pela elite mais poderosa. Quando detectam que
alguém está por falar ou cobrar importância (e tem um discurso inconveniente),
simplesmente, desaparece (por exemplo, no caso John F. Kennedy).
17. Utiliza comparsas ou colegas através dos quais
pode mudar o tema (estes sujeitos podem ou não saber que são parte deste
estratagema). Esta é uma variação da típica técnica de crivo expiatório, só que
pré-fabricada.
18. Emocionaliza e antagoniza. Se estás por ser
atacado leva a discursão a temas emocionais ou antagônicos que cativem a
atenção dos demais. De igual forma toca em pontos sensíveis em teus oponentes
que possam gerar respostas emocionais que os faça perder o controle. Isto
também pode ser usado para distrair argumentos nos quais teus oponentes sejam
“demasiado sensíveis à crítica”.
19. Pode provas impossíveis. Leva a discursão até o
requerimento de provas como exigências para seguir discutindo um tema e pede
provas que são demasiado difíceis de obter, mas que tem uma cota de relevância
sobre o tema que se discute.
20. Evidencia falsa. Introduz novas informações ou
pistas concebidas para entrar em conflito com o que apresenta teu oponente.
Isto é útil para neutralizar temas sensíveis e impedir sua solução.
21. Chama para uma investigação legal ou um algum órgão
de poder que possa investigar os fatos. Seguramente por ser parte do sistema
poderá influenciar o que se disse no caso e o que se filtra para os meios de
comunicação, assim como, obter uma resolução benéfica. Isto te dará maior
legitimidade. Isto pode ser usado também como um movimento ofensivo para levar alguém
inocente a um processo judicial (esta pessoa pode ser um inimigo ou simplesmente
alguém que monopolize a atenção pública).
22. Elabora uma nova verdade. Cria teu próprio painel
de especialistas, autores, líderes etc., ou coopta aos existentes para forjar, através
de uma investigação cientifica ou acadêmica, uma nova versão dos fatos ou um
tema que possa distrair a opinião pública. Isto te permitirá - se é que chegues
ao ponto de ter que discutir o tema que queres evitar - conseguir autoridade.
23. Cria eventos de distração massiva. Similar aos
anteriores – só que explicitamente - cria histórias nas notícias que monopolize
a atenção pública como uma novela de suspense, isso, é uma das táticas de
desinformação mais usadas (por exemplo: El Chupacabras, os mineiros Chilenos,
etc.).
24. Silencia a teus críticos. Utiliza teu poder
para subornar ou chantagear as pessoas que têm informações negativas sobre ti
ou que se interpõem em teu caminho. (Isto é também uma prática comum das
empresas no caso da competição para bloquear inovações cientificas que vai
contra seus interesses econômicos).
25. Desaparece. No caso das coisas ficarem
demasiadas quentes na cozinha, simplesmente, data a fuga. Tuas conexões irão mantê-lo
protegido e poderás viver num paraíso fiscal, gastando o dinheiro do erário público
tranquilamente. E, quem sabe? Talvez em
alguns anos, com a memória de curto prazo da sociedade e tua capacidade de ingerência
na opinião pública, possas regressar como si nada houvesse ocorrido.
[Cidadão Vigilante]
Fonte:
Tradução de Luis Carlos (Redação do blog o povo na
luta faz história)
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