As autoridades do Irã estão preparando-se para
utilizar ‘busques suicidas’ durante um eventual conflito militar com os Estados
Unidos e Israel, anunciou o chefe da Armada americana na região, Mark Fox.
O vice-almirante declarou que Teerã aumentou a
quantidade de submarinos e lanchas rápidas de ataque em águas próximas de seu território
e alguns dos buques pequenos foram equipados com ogivas que podem ser usadas
como um explosivo para operações suicidas. “Los iranianos têm um amplo
inventario de minas”, comentou.
Todos estes meios estão destinados ao bloqueio do
Estreito de Ormuz, uma ação com a qual os persas ameaçam varias vezes. As autoridades
da República islâmica anunciaram que vão tomar esta medida em caso de que se
aplique um embarco sobre as exportações de seu petróleo.
Sanções e bloqueio
No entanto, embora a União Europeia tenha aprovado
as sanções, que apontam reduzir a zero as compras de petróleo iraniano a partir
de 1 de julho, a republica islâmica, todavia, não concretizou sua ameaça.
Os EUA, no que diz respeito ao Estreito e seu possível
fechamento, anunciou que “não permitirá” que se leve a cabo está ação. Os especialistas
indicam que as forças navais dos países ocidentais na região, aonde,
recentemente, foram enviados busques da Inglaterra e França, são muito mais
potentes do que os iranianos.
Não obstante, a própria doutrina militar persa
afirma que o Irã tem poucas possibilidades de ganha em caso de combate aberto
com um inimigo potente. Em vez de entrar em tal luta, o documento, em sua parte
naval, prevê a exploração das vulnerabilidades do inimigo com apoio de
pequenos, mas bem armados, navios e lanças rápidas para surpreender ao
adversário num momento e lugar inesperado.
Azerbaijão, aliado de Israel?
Enquanto isso, o ministro dos Assuntos Exteriores
do Irã chamou ao embaixador do Azerbaijão em seu país para acusá-lo de
colaborar com os serviços secretos israelenses, apoiando aos espiões que, segundo
Teerã, mataram a seus cientistas nucleares Mostafa Ahmadi-Roshan, em 11 de
janeiro de 2011.
As autoridades iranianas protestaram oficialmente
contra as ações do Azerbaijão, anunciando que um dos terroristas que matou a Ahmadi-Roshan
foi a Tel Aviv através do território azeris.
As tensões entre o Irã e seus vizinhos da Ex-União Soviética
se recrudesceram nos últimos meses. Em janeiro, Azerbaijão deteve duas pessoas,
supostamente vinculados à inteligência iraniana, que foram acusadas de preparar
ataques contra o Estado.
E em outubro de 2011, o Irã acusou aos azeris de assassinato
de seu soldado que “por erro” ingressou no território do Azerbaijão.
Tradução de Luis Carlos (Redação do blog o povo na
luta faz história)
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