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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Inglaterra estabelecerá o maior escudo de Marinha do mundo na América Latina

Por HispanTV

A Inglaterra tem previsto estabelecer o maior escudo de Marinha do mundo no Oceano do Atlântico Sul.  

Nigel Haywood, atual Governador das Ilhas Malvinas e representante da Rainha Isabel nas Ilhas Georgia do Sul e Sandwich do Sul, tem declarado, mediante um comunicado, que seu Governo tem previsto estabelecer o maior Escudo de Marinha do mundo nas proximidades das Ilhas correspondentes ao país britânico no Atlântico Sul.

O estabelecimento deste novo escudo de 1 milhão de metros cúbicos estendido pelo Atlântico Sul, compreende as Ilhas Georgia do Sul e Sandwich do Sul, Shetland do Sul, Ilhas Tristán da Cunha e as Malvinas, localizadas a uns mil quilômetros a oeste desta ilhas.

No comunicado se pode apreciar o apoio que presta a administração britânica a esta região e  seus recursos naturais, especialmente, aquáticos e aves marinhas.

Esta nota tem sido divulgada pelo governo britânico, enquanto que a Argentina reclama a soberania das Ilhas Malvinas, por isso, se prevê que esta nova iniciativa da Inglaterra agrave ainda mais as tensões com o país latino.

A notícia tem provocado o descontentamento das autoridades argentinas, em especial, porque, o estabelecimento deste tipo de escudo, põe em perigo a indústria pesqueira deste país.

Argentina e o Reino Unido mantêm uma longa e interminável disputa sobre a soberania das Ilhas do Atlântico Sul, em especial, as Ilhas Georgia, Sandwich e Malvinas.

As tensões têm aumentado entre ambas as nações em 2012, na véspera do 30º aniversário da Guerra das Malvinas e com o procedimento de escavações de poços de petróleos por companhias britânicas nesta região.


Tradução de Luis Carlos (Redação do blog o povo na luta faz história)

Um comentário:

  1. Em Campina Grande, Estado da Paraíba, há um bairro denominado de Malvinas, e como o nome deixa a transparecer, remete-se a Guerra entre Argentina e Inglaterra de 1982, ocasião em que, pelo sentimento antiimperialista do povo campinense e pela solidariedade internacionalista, com nossos irmãos da América do Sul, denominaram um dos principais bairros da cidade, com o termo Malvina. Será que o governo brasileiro, depois, de quase 30 anos, vai fazer vista grossa pelo que está acontecendo no Atlântico Sul? Já que não tenho visto nenhum pronunciamento firme a respeito da militarização, digo da militarização, porque desde o ano passado, o Brasil concordou com os demais países do Mercosul em não receber em seus portos navios com bandeiras das Malvinas, bem como, recentemente, durante a vista de uma autoridade inglesa ao nosso país, apensas se posicionou a favor de que estava com a Argentina em relação a sua luta pela soberania das Ilhas. Até o momento, não tenho visto nenhuma posição a respeito da militarização do Atlântico Sul. Já passou da hora da Diplomacia brasileira e o povo de nosso país se manifestar, energicamente, e de maneira contundente, sobre o perigo imperialista, tanto para a América Latina quanto para o Brasil, bem como, desta escalada militar próximo do nosso território. Vamos esperar que aconteçam novos conflitos militares sem precedentes, ao passo que, surjam outros bairros com denominação de Malvinas, para só depois tomar um posicionamento?


    Outra questão fundamental, que aprecie outro dia, foi que até mesmo a Argentina e demais intervenções feitas pelos meios de comunicação, não tem alertado para essa perigosa militarização do Atlântico Sul. Do final de dezembro passado até hoje, as autoridades argentinas vem denunciando o que chama de “militarização” inglesa nas Malvinas, próximo do Brasil. Mas, mesmo assim, não têm denunciado que esta “militarização” faz parte de uma estratégia global do imperialismo contra os povos e seus governos populares e progressistas de nossa região. Neste sentido, irei expor aqui, novamente, o que coloquei outro dia.


    “Não encontrei em nenhum artigo que tenho traduzido e publicado no blog o povo na luta faz história, em especial, a respeito das Ilhas Malvinas, que considere um ponto (que em relação aos demais interacionados com a luta argentina pela autonomia das Malvinas) que é fundamental: a estratégia global que as Ilhas Malvinas têm no contexto da ofensiva militar imperialista dos EUA e Inglaterra contra os povos da América Latina, e particular, para a América do Sul. Este ponto foi identificado e reconhecido, de um lado, e apreciado e considerado de outro, por Ruiz Pereyra Faget, em um artigo intitulado de “Nova estratégia militar global dos EUA”. Nele Faget diz o seguinte: “Analistas independentes vão ainda mais longe. Dizem que a estratégia global é anglo-americana. Para os britânicos existem duas regiões prioritárias: o Oriente Médio e o Atlântico Sul. Esta região também interessa aos Estados Unidos pelo processo de integração sul-americana que tem dois suportes – no norte, Venezuela, e no sul, Argentina. Enquanto o Comando Sul norte-americano se encarrega da primeira, é necessário uma grande Base Militar nas Ilhas Malvinas, para pressionar pelo sul, tarefa que estaria a cargo da Inglaterra que ocupa ilegalmente estas ilhas…”. In: http://opovonalutafazhistoria.blogspot.com/2012/01/nova-estrategia-militar-global-dos-eua.html#.TxNm6Be6NFE.bloggerb ”.

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