quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
Intelectuais argentinos pediram autodeterminação para os habitantes das Ilhas Malvinas
Um grupo de intelectuais argentinos emitiu, nesta quarta-feira,
um documento no qual solicitam a presidenta, Cristina Fernández, que reconheça
o direito de autodeterminação dos habitantes das Ilhas Malvinas quanto a
reinvindicação da nação latino-americana diante do Reino Unido pela soberania
do arquipélago.
“Os habitantes das Malvinas devem ser reconhecidos
como um sujeito de direito. Respeitar seu modo de vida implica abdicar da
intenção de impor-lhes uma soberania, uma cidadania e um Governo que não
desejam”, indicou o texto assinado por vários intelectuais argentinos.
Entre as assinaturas se destacam as da escritora
Beatriz Sarlo, dos jornalistas José Eliaschev e de Jorge Lanata, assim como,
também do constitucionalista Daniel Sabsay, entre outros.
Os literatos expressaram também no texto que a “afirmação
obsessiva do princípio ‘As Malvinas são argentinas! e o desprezo do
avassalamento que este supõe, debilitam o reclamo justo e pacifico de retirada
do Reino Unido e sua base militar”.
Além disso, pediram ao governo argentino para “abandonar
a agitação da causa Malvinas e elaborar uma visão alternativa que supere o
conflito e aponte para sua solução pacífica”.
Indicaram, ademais, que “existe uma brecha” entre a
importação política brindada ao tema e “a importação real da questão das Malvina,
assim como, sua escassa relação com os grandes problemas políticos, sociais e econômicos
que nós enfrentamos”.
Os escritores teriam planejado apresentar o
documento no ato que se efetuaria na capital, mas, suspenderam a celebração para
solidarizar-se com as vitimas da tragédia ferroviária, que deixou 49 mortos e
600 feridos.
As possessões das Malvinas, no oceano de Atlântico Sul,
a 400 milhas marinhas das costas argentinas, estão em litígio desde 1833,
quando a Inglaterra as ocupou.
As Nações Unidas às considera desde 1965 com um
enclave colonial no território argentino, e a disputa de soberania foi motivo
de guerra entre ambos os países em 1982, deixando um saldo total de 649 militares
argentinos mortos, 255 britânicos e três civis ilheenses.
Fonte:
Tradução de Luis Carlos (Redação do blog o povo na
luta faz história)
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