Um ataque contra o Irã teria consequências catastróficas
para todo Oriente Próximo e causaria um efeito negativo no sistema de relações
internacionais, afirmo o vice-ministro russo de Exteriores, Guennadi Gatílov.
Esta declaração do diplomático russo se produziu
num momento em que a ameaça de um ataque de Israel ou dos EUA contra as
instalações nucleares da Republica Islâmica é muito palpável. Gatílov advertiu
as autoridades do país hebreu que devem entender que consequências poderia
trazer tal ataque e expressou a esperança de que se imponha o sentido comum e
se descarte a aplicação de forças contra o Irã.
Quarta-feira na imprensa israelense apareceu informações
sobre a visão da situação no Irã por parte dos serviços de inteligências do
país hebreu. Segundo estas, a situação contra o programa nuclear iraniano “ultrapassou
o ponto de não retorno”, pelo que urgem medidas de forças para evitar que o
Governo persa tenha a bomba atômica. Uma recente viagem mal sucedida de uma
delegação do Organismo Internacional de Energia Atômica a Teerã e a negativa de
suas autoridades para admitir aos inspetores internacionais na usina secreta de
Parchín, evidenciam, a juízo de Israel, a realidade do perigo dos projetos energéticos
do Irã.
Não obstante, segundo o vice-ministro russo de
Exteriores, as possibilidades de diálogo entre o organismo regulador nuclear da
ONU e Teerã, todavia, não estão esgotadas. Ademais, o diplomático russo
expressou a esperança de que o Irã reabra as negociações sobre seu programa
nuclear com o sexteto internacional, integrado por Rússia, EUA, Reino Unido,
França, Alemanha e China.
Por sua parte, o analista internacional, Adrián
Salbuchi, também apontou que um ataque contra o Irã teria consequências fatais
e, inclusive, apocalípticas. O especialista assinala que se essa agressão se
produzir, “o conflito poderia escalar a uma guerra generalizada no Oriente Médio
e, inclusive, uma guerra mundial de características nucleares”.
Salbuchi afirma que o Ocidente está buscando
obstinadamente um ‘casus belli’ para atacar ao Irã e assinala que o ataque
poderia se produzir, portanto, sem o consentimento da comunidade internacional.
Tradução de Luis Carlos (Redação do blog o povo na
luta faz história)
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