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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Irã rompe uma lança a favor do desarmamento nuclear, com Israel em pé de guerra (+Vídeo)

O Irã pede pela eliminação total das armas nucleares no mundo. “A produção, a posse, o uso ou a ameaça de uso de armas nucleares é ilegal, inútil, nocivo, perigoso e proibido como um pecado capital”, disse terça-feira o ministro de Assuntos Exteriores iraniano, Ali Akbar Salehi, em seu discurso durante a Conferência da ONU sobre o Desarmamento em Genebra.

Ademais, o diplomático indicou que Teerã se mostra disposto a continuar o diálogo com o Organismo Internacional de Energia Atômica, apesar do fracasso da última missão de seus observadores, que asseguram que a república islâmica não coopera com suficiente transparência em relação a seu programa nuclear.

Entretanto, o governo israelense podia começar uma ofensiva militar contra o Irã sem por sobre aviso a Washington, informam alguns meios de comunicação.

O diretor do centro de estudos do Oriente Médio Contemporâneo e Coordenador da Cátedra de Euro-Ásia do Instituto de Relações Internacionais da Universidade Nacional “de la Plata” (Argentina), Paulo Botta, opina que, com esta manobra, Tel Aviv coloca pressão sobre o presidente dos EUA, Barack Obama, para tentar conseguir apoio militar de Washington, em caso de um eventual ataque contra a republica islâmica.


“O grande problema é que o sentido de urgência que tem Israel não é compartilhado pelos Estados Unidos, que no meio de um ano eleitoral, tentarão por todos os meios possíveis evitar qualquer problema exterior. A grande aposta do Estado de Israel é pressionar ao presidente Obama de maneira tal que os críticos republicanos (…) obriguem ao presidente Obama a tomar partido do lado israelense”, assegurou Botta.

“Acredito que o principal interesse israelense é conseguir um apoio militar, caso se decida optar por uma solução militar na questão iraniana. O que estamos vendo é que Israel está fazendo todo o possível para convencer seus aliados, fundamentalmente, os Estados Unidos, de que a opção militar é a solução para o caso iraniano”, afirma o analista, que coloca em questão o juízo de que Israel pode atuar ou, melhor dizendo, atacar por si só.  

“Acredito que não seja confiável o que estão dizendo os funcionários israelenses porque o impacto que teria a nível regional, no Oriente Médio, de um ataque israelense ao Irã, seria tão importante que não ajudaria a isolado a opinião dos Estados Unidos. Portanto, creio que esta opinião é mais um exercício de pressão retorica para os Estados Unidos”, considerou.  




Tradução de Luis Carlos (Redação do blog o povo na luta faz história)

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