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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

No Catar, advertem que está em perigo a identidade árabe de Jerusalém

Líderes políticos solidarios à Palestina afirmaram hoje aqui que a política israelense de ampliar os assentamentos judeus e atentar contra lugares sagrados muçulmanos põe em perigo a identidade árabe da cidade ocupada de Jerusalém.

Ante delegados assistentes à conferência internacional sobre a referida cidade santa, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, denunciou que Israel "acelera o que considera como seu último combate para ter a Jerusalém como sua capital".

Abbas falou na inauguração da reunião que sesiona em Doha com o auspicio da Liga Árabe, e advertiu que "Jerusalém vive um conflito sem precedentes" devido a que Tel Aviv continua destruindo edifícios emblemáticos ali para construir colônias judias.

Com o compromisso de impedir a "judaização" da urbe berço do cristianismo, judaísmo e islamismo, os assistentes ovacionaram a Abbas quando sublinhou que esse território "permanecerá árabe em coração, espírito e alma, apesar da limpeza étnica contra os palestinos".

A denominada Conferência para a Defesa da El-Quds (nome árabe de Jerusalém) foi inaugurada pelo emir do Catar, sheique Hamad bin Khalifa Al Thani, que igualmente alertou dos perigos que implica a persistente política repressiva do regime sionista.

Al-Thani sublinhou a necessidade de dar respaldo político e financeiro à ANP e ao povo palestino em geral, frente às tentativas israelenses de apagar a história e identidade da mencionada cidade e convertê-la em santuário para os judeus.

Os mais de 300 delegados à reunião de três dias deram aval a uma proposta do emir catarí para instar o Conselho de Segurança da ONU a adotar uma resolução relativa a formar um comitê internacional que pesquise todas as agressões praticadas por Israel desde 1967.

O governante deste emirado do Golfo Pérsico referiu-se à data da ocupação de territórios palestinos e árabes por parte de Israel depois da chamada Guerra dos Seis Dias, em junho daquele ano.

Ao respeito, urgiu a atuar rapidamente para deter a judaização da El-Quds e a profanação de templos, mesquitas e outros lugares santos, e considerou que uma resolução da ONU seria consequente com outros textos aprovados dantes sobre o mesmo tema.

Remarcou o imperativo de evitar que os israelenses arrasem com a essencia islâmica e árabe de Jerusalém, e afirmou que "não há Estado palestino sem El-Quds, e também não há El-Quds sem a mesquita Al-Aqsa", o terceiro lugar santo do Islã e objeto de recente disputa.

Doha, 26 fev (Prensa Latina) [Modificado el ( domingo, 26 de febrero de 2012 )]

Fonte: 
 

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