O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, advertiu
sobre as graves consequências que poderia ter uma campanha militar contra Irã,
e, sublinhou que, a única via para solucionar o caso nuclear iraniano é a
diplomacia.
Numa entrevista realizada domingo com o canal de
televisão NBC, o mandatário americano assinalou que não acredita que as
autoridades do Irã tenham a intenção de levar a cabo um ataque contra os
Estados Unidos, e que, rejeita as declarações do vice primeiro ministro do
regime israelense, Moshe Ya´alon, efetuadas, recentemente, nas quais assegurava
que o Irã está desenvolvendo um míssil balístico intercontinental com um alcance
de 10 mil Km, que poderia alcançar a Costa Leste do território americano,
segundo Press TV.
“Qualquer tipo de atividade militar que se leve a
cabo no Golfo Pérsico é prejudicial e terá um grande efeito, sobretudo, no
preço do petróleo. Nossas tropas ainda estão implantadas no Afeganistão, país fronteiriço
com o Irã. De todas as maneiras, preferimos a via diplomática”, asseverou
Obama.
O chefe do Estado americano declarou também que o
regime de Israel e Estados Unidos deveriam “trabalhar em estreita colaboração”
para manejar essa situação, embora insista em uma solução diplomática neste
caso: assegurou manter abertas todas as opções.
É de recordar que a meados da semana, o secretario
de Defesa dos Estados Unidos, Leon Pannetta, sugeriu que o regime de Tel Aviv estaria
considerando atacar as instalações nucleares do Irã, antes que o país persa
tenha a capacidade de fabricar uma bomba atômica.
Estes recentes comentários do presidente americano
se efetuam depois de que o ministro de assuntos exteriores turco, Ahmet
Davutoglu, exortou as potências ocidentais para que façam maiores esforços
visando negociar uma solução pacífica no caso nuclear iraniano, ao mesmo tempo,
preveniu que um ataque militar causaria um “desastre”.
“Um opção militar contra o Irã criaria um grande
desastre em nossa região. Por isso, peço a todos que mostrem seriedade em
frente das negociações, espero que ambas as partes se reúnam de novo em outra
rodada, no futuro próximo, na qual se assegure que chegaremos a um acordo”,
assinalou Davutoglu, durante um discurso oferecido na 48º Conferencia de
Segurança de Munique”, na Alemanha, domingo.
“Se tem uma forte vontade política e confiança
mutua entre as partes envolvidas, este problema poderia resolver-se em poucos
dias”, disse Davutoglu, e agregou que “as controvérsias de caráter técnico não
são tão grandes, o problema, disse, é a falta de confiança mutua e uma forte vontade
política”.
Tradução de Luis Carlos (Redação do blog o povo na
luta faz história)
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