quinta-feira, 8 de março de 2012
Colombianos se mobilizam contra os crimes de Estado
Centenas de
colombianos se mobilizaram, nesta terça-feira, nas ruas de Bogotá, capital, em
protesto pela falta de garantias, a proteção às reivindicações de terras e aos
crimes de Estado.
Esta
manifestação – convocada por diferentes organizações defensoras dos direitos
humanos – foi realizada, simultaneamente, em várias cidades da nação.
Os manifestantes, além de protestar pelos crimes e
conflitos que vivem esse país, expressaram suas insatisfações pela permanência das
estruturas paramilitares e os obstáculos normativos estabelecidos na Lei de
Vítimas e Restituição de Terras, impulsionada pelo Governo.
Neste sentido, o porta-voz do Movimento Nacional de
Vitimas de Crimes de Estado (Movice), Jairo Ramírez, expressou que existem
milhões de hectares de terras que estão nas mãos de grandes multinacionais e de
grupos criminosos, através não só de testa de ferro, senão de terceiros considerados
de boa fé, que não são.
Quanto a insegurança na Colômbia, um advogado e
jornalista do Equador (que participou dos movimentos) se referiu a morte de jornalistas
e declarou que “a CIDH (Comissão Internacional de Direitos Humanos) não tem
dado nenhuma opinião entorno das perseguições, intimidação e monitoramento,
aqui todos andamos “cruzados” (telefones interceptados) […]. A OEA, como disse
Che, tem sido a expressão do imperialismo.
Por sua parte, Willson Borja, dirigente do Polo
Democrático Alternativo, fez alusão às propostas do presidente equatoriano,
Rafael Correia, de mudar “radicalmente” o Sistema Internacional de Direitos
Humanos, condição essa, que é necessário para o desenvolvimento colombiano em
diversos campos, segundo Borja.
A CIDH, igualmente, alertou na mesma terça-feira
sobre os grandes riscos que ameaçam aos defensores colombianos de Direitos Humanos.
Colômbia - por haver registrado crimes atribuídos a
agentes governamentais, membros de grupos paramilitares e integrantes das
Forças Armadas Revolucionária da Colômbia (FARC) e o Exército de Libertação
Nacional (ELN) – tem se convertido num dos países mais perigosos da América
Latina.
As FARC, com 8.000 mil combatentes, e a ELN
(Exército de Libertação Nacional), com cerca de 2.5000, combatem contra o
Estado colombiano desde 1964.
Tradução de Luis Carlos (Redação do blog o povo na
luta faz história)
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