quarta-feira, 7 de março de 2012
Ministro colombiano reverte autorização de visitas ao presos das FARC (+Vídeo)
O Ministro de Justiça colombiano, Juan Carlos
Esguerra, remeteu para a Presidência da Republica a autorização de visita para
que os grupos humanitários visitem aos militares das Forças Armadas
Revolucionárias da Colombia (FARC).
O Ministro, que tinha autorizado a organização
Colombianos e Colombianas pela paz a realizar visitas aos presos das FARC, em
prisões colombianas, anunciou nesta terça-feira sua decisão de remeter o pedido
do chefe de Estado, apresentado a ele, para que autorize a entrada da “Comissão
Internacional de Observadores dos Direitos Humanos nos Estabelecimentos Carcerários”
das diferentes prisões do país.
No comunicado remetido ao presidente Juan Manuel
Santos e a ex-senadora Piedad Córdoba, o ministro se mostrou “surpreendido com
os últimos pronunciamentos públicos no sentido de que tais visitas teriam como
objetivos os ‘presos e presas políticas, de guerra e de consciência’ – que,
como disse, não existe na Colômbia – e de que a Comissão de Mulheres teria a
missão de ‘mediar’ sem que o Governo a houvesse autorizado”.
Explicou que esta decisão é dada em função dos últimos
comunicados e declarações para os meios de comunicações, compreendendo, assim, que
o caráter destas visitas não era, precisamente, o que se tinha anunciado.
Neste sentido, disse que “sempre foram
reivindicadas como de caráter humanitário para verificar as condições de quem
se encontra privado da liberdade, agora tem se dito que se trata da ‘cota
inicial’ do processo de paz entre a guerrilha e o Governo”.
Acrescentou que: “resulta-me impossível conceder a
permissão requerida (…), tendo em conta que tais declarações mudam por completo
o sentido da solicitação e, de que um processo de tais dimensões, passa a ser
de competência do senhor presidente da República”.
Em 28 de fevereiro passado, o Ministro Esguerra
havia aprovado as visitas sobre a condição de que os integrantes da organização
defensora dos direitos humanos comunicassem “com antecedência para (mesmo) tomar
as medias adequadas para garantir a segurança dos detentos e visitantes”.
Advertiu, então, que os presos das FARC “estão nas
mesmas condições das demais pessoas que estão privadas de liberdade como
acusados ou condenados”.
Tradução de Luis Carlos (Redação do blog o povo na
luta faz história)
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