quinta-feira, 1 de março de 2012
Rússia, China e Cuba, unidos pelo “não” à resolução sobre Síria (+Vídeo)
“O texto não é equilibrado, unilateralmente, acusa
o Governo sírio pela violência e não contém nenhum sinal construtivo, necessário
para uma solução política e diplomática da crise”, expressou o vice-ministro de
Exteriores da Rússia, Guennadi Gatílov, a respeito da resolução aprovada nesta quinta-feira
no Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre a Síria.
Rússia, China e Cuba votaram contra a iniciativa
que, no entanto, foi aprovada graças ao voto favorável de 37 países. A Índia,
Filipinas e Equador optaram pela abstenção.
O texto da resolução diz: “Se condenam,
decisivamente, as difundidas e sistemáticas violações dos direitos humanos e as
liberdades básicas por parte do Governo sírio, inclusive, o uso da força contra
os civis, as livres execuções, os assassinatos e as perseguições de
manifestantes, defensores dos direitos humanos e jornalistas”.
Os representantes da Rússia, China e Cuba
explicaram que consideram que a resolução aprovada é unilateral e carece de
objetividade. O vice-ministro de Exterior da Rússia, Guennadi Gatílov, declarou
que este documento, igual que outros anteriores, “é desequilibrado e contém exigências
dirigidas apenas ao Governo sírio, ignorando os crimes da oposição armada”.
Segundo Guennadi Gatílov, “as avaliações gratuitas
da situação humanitária na Síria, que contém o documento, antecipam e
despreciam a missão do vice-secretário da ONU, Valerí Amos, na Síria, reduzindo
a nada nosso trabalho com a autoridade síria sobre a questão”.
“O importante é prevenir um guerra civil em grande
escala na Síria”, assegurou o funcionário russo, agregando que Moscou lamenta
que “o projeto de resolução, redatado por várias delegações no Conselho de
Direitos Humanos da ONU, não cumpre com os objetivos”, disse.
A delegação de Cuba advertiu que uma guerra civil
na Síria ou uma intervenção de forças estrangeiras podem impor graves consequências
para toda a humanidade e, em particular, para a convulsa região do Oriente
Médio. “Estamos diante de um plano pré-estabelecido para atacar ao Estado sírio
e seus instituições sobre o pretexto das necessidades humanitárias”, disse por
sua parte o embaixador cubano Rodolfo Reyes.
A China pediu “ao Governo e a todas as facções
políticas da Síria para que ponham fim de imediato e completamente todos os
atos de violência e que se restabeleçam a estabilidade e a ordem social”.
Entretanto, a Inglaterra tomou a decisão de retirar
a todo o seu corpo diplomático e suspender o trabalho de sua embaixada em
Damasco. A decisão foi tomada pelo chanceler britânico, William Hague, e se
explica por uma complicação da situação de segurança no país.
Tradução de Luis Carlos (Redação do blog o povo na
luta faz história)
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