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sábado, 26 de novembro de 2011

O escudo antimísseis: uma historia de “longo alcance”.

A primeira vez que Estados Unidos levantou a ideia de adotar um escudo antimísseis para defender seus territórios de um ataque exterior foi em 1945. Em 1960 o primeiro radar com sistema de aviso rápido de misses em voo formou parte de seu armamento nacional.

Em 1972, a URSS e os EUA firmaram o Tratado sobre Misseis Antibalísticos (Tratado ABM) que limitava a dois o número de escudos antimísseis com carga nuclear para cada superpotência, um deles implantado ao redor da capital. Os complexos não poderiam ser de cobertura nacional, nem exceder um raio de 150 quilômetros ou ter mais de 100 lançadeiras cada uma. O tratado proibia a ambos os países criar ou desenvolver sistemas ou elementos de escudo antimísseis móveis, espaciais, aéreos ou marítimos. Em 1974, um apêndice ao tratado reduziu o número do complexo a um.

Em 1983, o presidente norte-americano Ronald Reagan anunciou o serviço em marcha de investigações para garantir a defesa de todo o território do país de possíveis ataques com mísseis balísticos intercontinentais. Sobre o papel, seu plano consistia em desenvolver bases espaciais e satélites a propulsão nuclear equipados com raios léses destinados a interceptar misseis hostis no espaço. Seu programa foi denominado pela imprensa como “Guerra nas Estrelas” (Star Wars).

Em 1991, o presidente George H. W. Bush propôs um novo programa de modernização do escudo antimísseis para que este pudesse interceptar um número limitado de mísseis. Foi sob seu mandato quando EUA levou a cabo as primeiras provas para elaborar um sistema antimísseis de cobertura nacional, sem levarem em consideração o Tratado ABM que havia firmado com a URSS.

Em julho de 1999, com o presidente Bill Clinton já na Casa Branca, entrou em vigor a lei que dava luz verde a criação do escudo nacional antimísseis. Em outubro do mesmo ano foram realizadas as primeiras provas. Em 2001, o presidente George W. Bush declarou que o escudo antimísseis protegeria não apenas o território dos EUA, mas também de seus aliados. Washington não tardou em violar o Tratado ABM claramente ao entregar a Noruega um dos radares que já havia passado por todas as provas como elemento do sistema antimísseis. Em fevereiro do mesmo ano o radar começou a funcionar.

Em dezembro de 2011, George W. Bush informou ao então presidente russo Vladimir Putin que EUA se retirava unilateralmente do Tratado. O documento permaneceu em vigor por mais meio ano. Em junho de 2002, Rússia ameaçou retirar-se do Tratado ETART II de redução de armas estratégicas, que foi firmado em 1993, pelo então mandatário russo Boris Yeltsin e seu homologo estadunidense George Bush “pai”.

Em 2004, EUA mostrou sua preocupação pelo desenvolvimento no Irã de misseis de alcance médio e relançou os planos para empregar seus escudos antimísseis, para o que organizou uma roda de consultas com aliados europeus a fim de inclui-los em seu sistema.

Desde o principio Rússia se opôs aos planos dos EUA,que considera como uma violação de todos os acordos firmados entre os dois países। Em 2007, o então presidente russo Vladimir Putin criticou com dureza o desenvolvimento do sistema global antimísseis dos EUA na Europa: “Nenhum dos assim chamados ‘países problemáticos’ possuem misseis com um alcance entre 5 000 e 8000 quilômetros que possam supor uma ameaça real para Europa”.

A situação parecia mudar em novembro de 2010, quando na conferencia de Lisboa, a Rússia e a OTAN acordaram colaborar na defesa antimísseis para a Europa. No entanto, as negociações foram prejudicadas pela renúncia dos EUA de apresentar garantias jurídicas de que o sistema que pretende implementar na Europa não vai se dirigir contra as forças estratégicas russas.

Um ano depois daquela histórica conferência de Lisboa, no recente foro da APEC em Honolulu (Hawái), o presidente russo, Demitir Medvédev, e seu homólogo norte-americano, Barack Obama, admitiram que os dois países estão longe de alcançar um consenso sobre a questão: “Temos acordado seguir buscando uma possível solução neste tema [defesa antimísseis, DAM], pelo fato que nossas posições अ este respeito são todavia muito distintas”, reconheceu Medvédev ao término de sua reunião com Obama. Todavia, acentuou que nos últimos anos se produziu um importante avanço nestes assuntos “que estiveram pendentes durante décadas”, citando o exemplo do Tratado de redução de armas estratégicas ofensivas firmado em 2010 em Praga, que substituiu ao extinto START II e que entrou em vigou um ano depois.

Hoje em dia vários países como Polônia, Romênia, Turquia e Espanha se veem comprometida a participar do empreendimento do escudo antimísseis norte-americano. Em 22 de novembro, EUA anunciou também o cessar temporário de uma parte de suas obrigações com respeito a Rússia no marco do Tratado de Forças Armadas Convencionais na Europa (FACE).

Moscou tem advertido em várias ocasiões que se verá obrigada a tomar as medidas correspondentes se não aceitarem suas inúmeras propostas de acordo sobre a implantação do Escudo. O presidente Medvédev comentou em 21 de novembro (2011) que a reponsa da Rússia será “sensata e suficiente” e deixou claro que “não encerrará caminho para continuar a discursões com nossos sócios da Aliança do Atlântico norte”.

Fonte:

http://actualidad.rt.com/actualidad/rusia/issue_32751.html

Tradução:

Luis Carlos (Redação do blog o povo na luta faz história).

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Vejam dois vídeos: o primeiro se trata da declaração de Medvédev (segunda-feira [21 de Novembro de 2011]) e o segundo aprecia a ativação por parte da Rússia de misseis móveis em todas as suas fronteiras, caso os EUA siga adiante com o escudo antimísseis (quarta-feira [23 de Novembro de 2011]).

Vídeo I

Vídeo II

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