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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
Correa demanda à imprensa equatoriana compromisso com a verdade
O presidente do Equador, Rafael Correa, demandou
hoje aos meios de comunicação de seu país assumir um compromisso com a verdade
e a ética profissional, depois de seu perdão aos sancionados no caso do jornal
El Universo.
Em uma alocução no Palácio de Carondelet,
radiotelevisada à nação e ao mundo em vários idiomas, Correa explicou suas
razões para acolher à remessa do caso um recurso legal mediante o qual suspende
as penas impostas contra três diretores e um ex-editor desse jornal nacional
por injúrias contra ele.
O presidente assinalou que neste processo legal
aprendeu muito sobre os tentáculos do poder omnímodo da imprensa acima de todo
corpo legal e lamentou que inclusive meios internacionais nunca solicitaram sua
opinião e se somaram à campanha midiática ao apresentar só a versão dos
processados.
Correa expôs que os meios colombianos fizeram um
favor à nação ao reproduzir neste fim de semana o artigo intitulado "Não
às mentiras", onde é acusado de ter ordenado disparar contra um hospital
de civis durante a intentona golpista de 30 de setembro de 2010.
Indicou que esta ação permitiu aos cidadãos
honestos do mundo se dar conta da razão que lhe assistiu neste processo, com o
qual se pretendeu impor o desígnio tradicional de que se o poder informativo
insulta, deve baixar a cabeça.
No entanto, apontou, a partir de agora "isto
não vai mais ocorrer no Equador e logo não irá mais na América", uma vez
que se demonstrou que é possível enfrentar esses monopólios da comunicação e
vencer com as leis nas mãos.
Mencionou que neste caso se rompeu a tradição
existente no país, porque nem os juízes de várias instâncias tremeram, nem se
submeteram à ditadura da imprensa, ao mesmo tempo em que se aumentou a
legitimidade do governo e se reduziu a credibilidade dessa imprensa.
Correa qualificou de histórica a sentença contra o
jornal El Universo e afirmou que jamais permitirão no Equador outra fogueira
bárbara, em alusão ao modo em que a imprensa da época incitou ao arrastamento e
queima do General equatoriano Eloy Alfaro e outros patriotas há 100 anos.
O Presidente fez sua a frase de Alfaro: "nada
sou, nada valho, nada quero para mim, tudo para vocês", ao desmentir as
acusações de que ele pretendia ganhar milhões de dólares com esta causa.
Agregou que a melhor resposta é que as crianças vão
às escolas, é a construção de moradias, a atenção aos portadores de
deficiência, a redução da pobreza e uma nova constituição que garanta os
direitos humanos por igual para todos os cidadãos.
Quito, 27 fev (Prensa Latina) [Modificado el (
lunes, 27 de febrero de 2012 )]
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