quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Israel expulsará 2.300 palestinos e os deslocará para um lixão em Jerusalém
Israel obrigará, aproximadamente, 2.300 beduínos,
residentes na Cisjordânia, a se deslocarem forçosamente para uma área próxima do
município de Jerusalém, dentro de um plano militar promovido pelo Ministério de
Defesa, denunciou nesta quarta-feira a Anistia Internacional.
A organização de direitos humanos tem publicado um
informe no qual pede ao Ministro de Defesa, Ehud Barak, que detenha estes planos,
que, também, incluem as demolições de 20 comunidades.
O Exército israelense considera ilegal a maioria
das estruturas destas comunidades, embora, segundo denuncia a Anistia
Internacional, as comunidades palestinas, praticamente, não alcançaram sucesso às
permissões para permanecer habitando o espaço. Os representantes das
comunidades beduínas se opõem a este deslocamento forçado e alegam que não
poderão manter sua forma de vida tradicional.
Décadas de traslados até chegar ao lixão de
Jerusalém
Durante a década 90, foram transladadas famílias beduínas
para a mesma região, a apenas 150 metros do aterro sanitário de Jerusalém, um
lugar que, segundo denuncia a Anistia Internacional, os fizeram vender seu gado
pela falta de regiões de pasto e, agora, o deslocamento alcança cotas
desproporcionadas.
O aterro sanitário recebe até 1.100 toneladas de
lixos por dia, como demonstram os dados do Ministério de Proteção do Meio
Ambiente israelense, que contaminam ar, solo e, possivelmente, a água.
A diretora adjunta do Programa para o Oriente Médio
da Anistia Internacional, Ann Harrison, assegura que “as autoridades militares
israelenses estão disfarçando seus planos, uma vez que, apresentam, como uma
maneira de proporcionar aos beduínos, serviços básicos como água e
eletricidade, mas, o certo é que, esses reassentamentos forçosos dos beduínos
apenas servirão para perpetuar anos de desapropriação e discriminação, ademais,
de constituiria um crime de guerra”.
Israel segue ocupando territorios palestinos
Enquanto se expulsam estas comunidades, acusadas
pelo governo israelense de não ter permissão, os assentamentos ilegais de
Israel têm aumentado 20% em 2011, e as autoridades reconheceram 11 novos
assentamentos, os quais alguergam 2.300 colonos, depois de legalizar
assentamentos construídos sem autorização governamental.
No ano passado, as demolições israelenses causaram
o despojo forçado de 1.100 personas, isto é, 80% a mais do que em 2010. 99% por
cento destas demolições, segundo a Anistia Internacional, tiveram lugar em
comunidades agrícolas e pecuárias.
Ademais, a organização denuncia que Netanyahu tenta
aplicar o plano E1 para estender ainda mais os assentamentos entre Jerusalém e
Ma´ale Adumim, um plano que dividiria as regiões norte e sul da Cisjordânia.
Tradução de Luis Carlos (Redação do blog o povo na
luta faz história)
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