segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Rússia: a solução para o problema sírio deve excluir toda ingerência do estrangeiro (+Vídeo de RT)
“Tem que buscar tais soluções para o problema sírio,
excluindo as ingerências do estrangeiro”, disse o ministro russo de exterior, Serguéi
Lavrov, depois de manter um encontro com seu homólogo dos Emirados Árabes
Unidos, o xeque Abdullah Bin Zayed Al Nahayan, com quem abordou a situação na
Síria.
Sobre o eventual envio de uma missão de paz da ONU
a Síria, proposta pela Liga Árabe, Lavrov condicionou esta missão a sua
aceitação previa por parte de Damasco e a um alto fogo decretado pelas partes
implicadas no conflito.
Em relação ao trabalho do grupo internacional “Amigos
da Síria”, o chanceler dos Emirados disse que não vai apoiar militarmente a oposição
síria, prestando ajuda de outro tipo.
Neste sentido, o chanceler russo disse que a Rússia
aprovará a sessão do grupo, prevista para o dia 24 de fevereiro, só em caso de
que se trate de “uma conferência que apoie a todos os sírios, e não só a
oposição”.
Ademais, o chanceler russo sublinhou que a Rússia
oferece aos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU medidas de acordos
sobre a segurança da região do Golfo Pérsico.
Como outro mecanismo para a solução internacional
do conflito sírio, Lavrov evocou uma possível sessão extraordinária dos
ministros de exteriores do Conselho de Cooperação para os Estados Árabes do
Golfo e Rússia para abordar o tema.
Neste domingo, em Damasco, rechaçou a resolução da
Liga Árabe (da que forma parte os Emirados) e acusou a alguns de seus Estados
membros de manter uma postura “hostil” contra a Síria. O texto da Liga, que tem
interrompido suas relações diplomáticas com a Síria, exige a demissão do
presidente sírio Bashar Al-Assad e oferece “qualquer tipo de ajuda política e
material” aos opositores do governo.
Missão pacificadora ou complô terrorista?
As iniciativas dos países ocidentais de enviar
tropas de paz a Síria e apoiar a oposição sobre o terreno respondem as intenções
de derrotar o regime político de Damasco, segundo a analista para assuntos do
Oriente Médio, Naghám Salmán.
“Grande parte dessa oposição são os grupos armadas,
e quando falam de apoiar a oposição estão falando de apoiar a estes
[insurgentes] armados e estes terroristas”, opina a especialista. “Essas tropas
de paz podem ser tropas de guerra”, porque – assegura – podem “unir os
terroristas para enfrentar ao exército sírio”, acrescenta.
Além disso, Salmán sustenta que o Ocidente atua
através da oposição porque sabe que uma intervenção direta poderia provocar “uma
terceira guerra mundial”, na qual poderia se envolver o Irã, que veria um
ataque contra a Síria como um ataque contra si, apoiado pela Rússia e China,
que rechaçam qualquer incursão militar a partir do estrangeiro contra Damasco.
Tradução de Luis Carlos (Redação do blog o povo na
luta faz história)
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