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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Síria exigirá compensação por perdas de vidas e propriedades

A Síria reiterou que países da região estão financiando e protegendo os grupos armados terroristas, os quais documentará posteriormente e exigirá sua expatriação e compensações por perdas de vidas e propriedades, afirmou aqui o vice-chanceler Fayssal Mikdad.

Em um encontro com a imprensa estrangeira, Mikdad assegurou que as autoridades estão acumulando evidências e detalhando as estimativas de danos e prejuízos da atual violência terrorista. Também responsabilizou potências ocidentais e em particular a Liga Árabe (LA) pela atual crise no país.

"Não há organização regional ou internacional no mundo que mate seus membros e filhos, exceto a Liga de Estados Árabes", denunciou o vice-chanceler que repudiou o papel conspiratório deste ente regional contra o povo e governo sírios.

Além deste encontro com jornalistas estrangeiros, Mikdad também tinha comparecido diante das câmeras da televisão síria para fazer uma análise dos últimos acontecimentos internos e em torno da Síria.

O vice-chanceler recordou que a campanha midiática se intensificou antes da última sessão do Conselho de Segurança numa tentativa de influenciar negativamente a opinião pública internacional e as posturas de vários governos.

Essa escalada -disse- começou depois que a missão de observadores apresentou seu relatório à LA.

"Apesar do relatório ter sido profissional e objetivo, o Comitê Ministerial Árabe o rejeitou porque não satisfez alguns dos países da região e do Conselho de Segurança da ONU", afirmou.

Dessa conspiração participam múltiplas partes e tem uma estrutura complicada, a qual está encaminhada a manter Israel como a única entidade ocupadora das terras palestinas e árabes, denunciou Mikdad.

Assinalou que o duplo atentado terrorista em Aleppo, com saldo de 28 mortos e 235 feridos entre militares e civis, não foi condenado pelas partes que pretendem lutar contra o terrorismo, o que corrobora a dupla moral destes países.

Enfatizou que os Estados Unidos e seus aliados ocidentais não querem conseguir uma paz justa e integral na região, só se importam que Israel controle toda a região.

Neste contexto -acentuou- a "Síria não está isolada no mundo; tem muitos amigos, mas o que dá uma impressão equivocada é o volume de propaganda distorcida contra o sistema nacional e democrático sírio".

Considerou que os esforços de alguns governos para estabelecer o chamado Grupo de Amigos da Síria estão dirigidos a combater os inimigos de Damasco e preparar uma agressão, além de ter apontado que os que estão "por trás desta noção são estados coloniais".

Mikdad destacou o veto russo e chinês no Conselho de Segurança contra um projeto árabe-ocidental de resolução, o que considerou ter sido feito em defesa da Carta da ONU e da não interferência nos assuntos internos dos estados membros, ao mesmo tempo em que bloqueou uma nova tentativa de retorno à colonização.

Insistiu em que a Síria permanecerá forte graças à unidade nacional que seus adversários não puderam quebrar apesar da intensa hostilidade, incluída a terrorista, e ao processo de reformas levado adiante pelo presidente Bashar Al-Assad.

Esboçou o projeto de reformas que abarca uma nova Constituição, eleições livres e universais, abertura política com a criação de novos partidos, separação e delimitação das funções dos setores do Estado, descentralização das administrações locais, entre outras, incluídas econômicas, sociais e em matéria informativa.

O vice-chanceler recordou que o processo de reformas na Síria, o qual começou há anos, enfrentou complicações e obstáculos, principalmente o conflito árabe-israelense e suas consequências, a invasão estadunidense do Iraque em 2003 e as contínuas ameaças de invadir a Síria.

Não obstante, Mikdad reiterou que Damasco prosseguirá com seu plano de reformas e nas urnas -assinalou- os cidadãos decidirão quem governa a Síria.

Modificado el ( domingo, 12 de febrero de 2012 )

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