quinta-feira, 1 de março de 2012
Malvinas: Inglaterra evita o diálogo e acusa a Argentina de ‘guerra comercial’ (+Vídeo)
A escalada de tensões em relação as ilhas Malvinas, território
em disputa entre a Inglaterra e Argentina, vai aumentando depois que o governo britânico
pediu explicações sobre a possível suspensão das importações argentinas de produtos
ingleses, qualificando de “contraproducente”.
Alguns especialistas advertem que Londres não
contribui para melhorar as relações com Buenos Aires, que apesar da tensão,
poderiam ser reduzidas por meios de negociações.
O Ministro de Assuntos Exteriores da Inglaterra
chamou nesta quarta-feira o encarregado de negócios da Argentina para pedir-lhe
explicações depois que o governo de Cristina Fernández de Kirchner propôs a 20
empresas nacionais e multinacionais que não comprem mercadorias do Reino Unido.
Logo em seguida, a Inglaterra pediu a União
Europeia para expressar sua “preocupação” e qualificou a medida argentina de “contraproducente”,
acrescentando que deriva de “uma má interpretação da resolução britânica em
torno das Malvinas”.
O país latino americano trata de manter o equilíbrio
comercial “com todos os países e não só com a Inglaterra”, sustentou o
presidente da Fundação de Pesquisas Sociais e Políticas, Julio César Gambina. O
analista explica que a notícia chama a atenção, unicamente, porque chega às vésperas
do trigésimo aniversário da guerra das Malvinas, que enfrentou a Argentina e
Grã Bretanha pelo controle do arquipélago.
Segundo Gambina, no âmbito do conflito diplomático,
Londres “não ajuda a melhorar a tensão”, já que não se mostra favorável a
estabelecer um dialogo com a Argentina e ignora o fato de que muitas nações
latinas americanas se solidarizaram com a postura argentina em relação à
soberania das Ilhas Malvinas.
Argentina, por sua parte, pede para abordar o
conflito a partir de uma perspectiva intencional. Neste sentido, a Chancelaria
do país propôs que seja “a UE junto com a Unasur (União de Nações
Sul-Americanas)” que “analisem a questão das Malvinas e convide as partes para reiniciar as negociações, convocadas pela Assembleia
Geral das Nações Unidas”, segundo reza o comunicado do ministério.
Buenos Aires também relembrou que, Londres “ignora”
a via do diálogo no marco da ONU, mostrando dessa maneira seu “desrespeito”
pelo “máximo órgão para a resolução pacifica dos conflitos entre as nações”.
Tradução de Luis Carlos (Redação do blog o povo na
luta faz história)
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