sábado, 14 de janeiro de 2012
El Salvador, o martírio e a gloria de um povo
Por Luis Carlos
Para contribuir com o
aniversario do movimento revolucionário salvadorenho, que chegou ao poder depois do triunfo da Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional (FMLN), em março de 2009, estamos reeditando uma postagem de
28 de agosto de 2011, destacando dela um FILME COMPLETO, intitulado SALVADOR, O
MATÍRIO DE UM POVO.
O filme vem no sentido de tentar mostra a opressão
que teve que enfrentar o povo salvadorenho para chegar à vitória e, posteriormente,
ao poder.
Assim, é uma forma de relembra e comemorar o
triunfo, mas não o massacre empreendido pelo lixo, criminoso e terrorista imperialismo
dos Estados Unidos da América do Norte e seus aliados capangas da Ditadura
Militar, que deve ser repudiado pelos povos do mundo que amam a liberdade e que
lutam por uma nova sociedade. O capanga militar do governo Molina (1972-1977), apenas
para se ter uma ideia, “por suas diretrizes violentamente repressivas – não hesitou
em massacrar pacificas manifestações da oposição (…)”. Segundo Aquino (1990:
474-475), que nos escreveu as palavras anteriores, acrescenta ainda que “Desde
o golpe de 1979, calcula-se que 75 mil pessoas foram mortas em consequência da
guerra civil, em cujo contexto as autoridades governamentais recorreram a
matanças indiscriminadas. Povoações e aldeias foram arrasadas, civis e
guerrilheiros [foram] fuzilados, colheitas destruídas, em meio a bombas de
napalm e desfolhantes”, mas a guerrilha não esmoreceu nunca.
O filme de Oliver Stone contextualiza as lutas
políticas em El Salvador. Segundo Diogo Cardoso, o “foro jornalístico e os desdobramentos
da crise salvadorenha conduzem o espectador em Salvador – o martírio de um
povo, filme que mostra um dos mais violentos embates políticos
latino-americanos”. Na ótima resenha escrita por Diogo, destacamos os seguintes
trechos que resume a importância do filme:
“Lançado
em 1986, Salvador é uma das primeiras obras de Stone, (…) O longa é inspirado
na história de Richard Boyle, fotojornalista e roteirista que cobriu os conflitos
salvadorenhos na década de 80 e que co-assina o roteiro com Stone. (…) Num
primeiro momento, o fotojornalista joga nos dois lados da guerra para conseguir
as melhores imagens e salvar a própria pele. Porém, o relacionamento com a
nativa María (Elpidia Carrillo) e o sofrimento cotidiano da população
sensibilizam o personagem, que muda de opinião a respeito do governo e do apoio
norte-americano ao regime.
(…)
Nada foge às lentes da mídia: execuções de nativos, crianças mutiladas, pilhas
de corpos em decomposição… Enquanto alguns tratam a guerra com indiferença,
outros buscam a glória em El Salvador (…). Tudo isto deixa o compromisso com a
informação e os direitos humanos em segundo plano. No front salvadorenho, o
importante é garantir espaço nos canais de notícias e continuar vivo por mais
um dia”.
(…)
“Salvador
– O martírio de um povo consegue mostrar sem pudor os conflitos armados em El
Salvador, mas exige um pouco de estômago. É uma violência justificada, pois
materializa a crueldade da guerra civil e a frieza de alguns jornalistas, que
deixam a ética de lado em nome de dinheiro e reconhecimento”.
Foram a estes “militares governistas” que os
“rebeldes” revolucionários e o povo salvadorenho tiveram que enfrentar de forma
destemida e aguerrida até por abaixo os capangas terroristas dos governos interno
e o imperialismo externo do 1° Primeiro Estado Terrorista do Mundo. Não titubearam
os revolucionários um só momento diante das execuções criminosas dos paladinos hipócritas
dos direitos humanos, antes pelo contrario, transformaram o sofrimento num
potencial de rebeldia sem jamais ter lugar o desencorajamento.
E em nome desta coragem, espirito de luta, despendimento
que perpassa os tempos e, também o espaço, nos encoraja a pugnar contra a
opressão, igualmente, temporalmente e espacialmente em toda a América Latina,
em especial no Sul, em particular no Brasil. Nossa coragem é incubada pela
transformação da luta em prol de um verdadeiro Estado do Povo, de um povo revolucionário,
assim como, foi o povo salvadorenho.
Deixamos nossos leitores e leitoras do blog o povo
na luta faz história com o filme, e como sempre serão bem vindos os
comentários, fundamentalmente, para podermos debatê-los e tirarmos as lições da
história, ou seja, olhando para trás, vendo o que foi a opressão, sendo contra a
opressão e anunciando o que será, assim como, foi o processo revolucionário em
El Salvador.
Bibliografia
Rubim Santos Leão de Aquino (2000). História das
sociedades: das comunidades primitivas ás sociedades medievais
Rubim Santos Leão de Aquino, Nivaldo Jesus Freitas
de Lemos. História das sociedades americanas
Fontes da
web:
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